quinta-feira, 6 de maio de 2010

CARRETEIRA MICKEY MOUSE - VOLANTE 13

Há mais ou menos quatro anos, o meu amigo José Umaras (um apaixonado por DKW), me enviou um texto sobre o DKW Mickey Mouse e o piloto volante 13, que reproduzo mais abaixo.

Quando o recebi, fiquei com este texto guardado em meu computador e o enviei a algumas pessoas, mas não foi dada a devida importância.

Confesso, que quando o li pela primeira vez, fiquei muito emocionado e não entendia o porquê das pessoas não se manifestarem.

Até que um dia, sem nenhuma pretensão, enviei o referido texto para o Saloma (blog do saloma) e o Joaquim (blog do mestre Joca) e, para a minha surpresa, o Saloma o postou em seu blog e foi um tremendo sucesso.

Trata-se de um texto maravilhoso e que fala da paixão por um carro, velocidades, e por amizades verdadeiras em uma época muito romântica do nosso automobilismo, aliás, a melhor para mim.

Luiz Braidatto relata com maestria a saga deste carrinho desde quando o comprou do extinto departamento de competições da Vemag, e o levou para sua oficina numa concessionária DKW, até o fim trágico do piloto Flodoaldo Arouca, o volante 13.

Como disse o Braidatto "Flores foram depositadas sobre a sepultura. Eu deixei uma lata de Castrol R, que para nós era como se fosse "perfume francês". Um produto que fazia parte integrante de nossas vidas" e acredito que de nós também.

Autorizada DKW do Luiz Braidatto


"HOUVE uma época que eu era Revendedor Autorizado DKW em São Paulo e o Mickey Mouse estava encostado nas dependências da Vemag porque ninguém tinha peito para tocá-lo e eu consegui comprá-lo.Levamos o Mickey para o IPT e no túnel de vento conseguimos efetuar modificações na aerodinâmica que tornou o carro mais estável.

Existia na época um engenheiro alemão da Vemag muito meu amigo que me passava uma série de dicas dos testes que eram feitos pela Equipe de Competição.O alemão queria ver a gente brigando com a Equipe da Vemag e nos facilitava em tudo, até a compra de componentes especiais importadas da Alemanha. Exemplo: desenvolvemos um motor de 92 cv (no dinamômetro) para corridas rápidas, alto giro, não tinha nem marcha lenta, provido de pistões especiais, um só anel por pistão, virabrequim especial (alemão), carburação Weber individual, bomba de gasolina dupla de alta vazão inexistente na época, e muitos outros componentes, todos tecnicamente melhorados, caprichosamente aprimorados que afinavam o conjunto.

Conseguimos algumas caixas de câmbio com outro alemão na ZF (que fabricava as caixas de câmbio para a Vemag) com relações de marcha especiais, para Interlagos tínhamos duas.Até o mecânico Crispim que era da Equipe Vemag me passava valiosas informações e dicas nas competições. Muitos dos que participavam das corridas na época manifestavam prazerosa satisfação e prazer de ver o "carrinho" andar na cola dos DKWs da fábrica, dos Porsches da Dacon, das Berlinetas da Williams, na frente de muita máquina mais possante.

O meu amigo chamado Arouca, o Volante Treze, era um piloto fora de série, um ás do volante, e o grupo que formamos era muito bom. Somente ele sabia tocar aquele bólido. Eu não era um piloto porque não tinha sangue frio ou equilíbrio emocional para no meio de uma disputa manter aquele controle nas tomadas de curvas ou na disputa pelos espaços. Era pé em baixo e acabava no guard-rail. Eu ficava postado à beira do campo como aquele sujeito contemplando e torcendo pelo seu time favorito de futebol de várzea.Esse motor, acima descrito e com o carro todinho preparado, redondo, pneus americanos (que paguei uma nota preta), tudo estava acertado para a Prova Três Horas de Velocidade, em Interlagos. Em um dos treinos, meu amigo desceu do Mickey no nosso box e sem delongas me intimou: “Luiz, toca você, a pista tá livre, pode descer o pau que o bicho agüenta. É todo seu...”.Um desafio de dar um frio na barriga! Meu Deus! Parti do box fritando pneus, fiz a Curva Um e a Curva Dois sem tirar o pé só do acelerador, corrigindo o volante aqui e acolá, Desci o retão a quase 9.000 giros (não havia velocímetro, mas deveria ser entre l80-190 km por hora).

Volante 13 ou Flodoaldo Arouca
O trovejar daquele motor era indescritível, o Mickey vibrava com um jato quebrando a barreira do som (exagero), não tinha fim, a relação de marcha era bem longa o Huuuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa do motor aumentava intensamente e a tendência do carro era girar entre eixos, faltava algo; bateu o medo terrível, fechou, porra! Falei comigo mesmo! Aliviei o pé da fera contornando a curva quatro no tú tú tú tú tú, subi direto para os box, quando estacionei no Box, o amigo pulou para dentro do carro gritando de alegria dizendo: “Viu, seu veado, afinou; conseguimos! Agora, senta de lado que vou te mostrar como se anda...” Acomodei-me no banco de passageiro segurando no Santo-Antonio (a carreteirinha só tinha um banco) e, ato continuo, o Arouca fez tudo que eu fiz de pé em baixo, mas quando entrou no retão nem sei a quanto andávamos, meu cagaço era bem maior. Não tirou o pé, foi frear no meio da Quatro, nessa altura o carro já não tinha as quatro rodas aderindo à pista, comecei a gritar, Virou! Virou!”. Todavia, o amigo desacelerou, corrigiu e quando ia capotar o pé em baixo e a tração dianteira se fez mais forte e entramos na reta em direção à Ferradura e o resto da volta, em consideração à minha gritaria e pânico, fomos mais devagar, também para poupar o carro.Chegou o dia da prova e o pessoal da Dacon apareceu a bordo de um Fusquinha, construído em fibra, mecânica Porsche, José Carlos Pace (o Moco) ao volante, o carro todo disfarçado em Fusquinha para provar que Fusca também era de briga. Estava provido de pneus especiais e gasolina de aviação, até aí tudo bem, eu também utilizava esse tipo de combustível. (100 octanas) com óleo Castrol R.Foi dada a largada. Rodaram em terceira e quarta num pau que foi o show da corrida.

Mickey Mouse numa prova em Interlagos

Um espetáculo para os olhos! Nas retas o Porsche andava na frente com o Mickey no "vácuo", mas nas curvas, no miolo, até à reta dos boxes o Arouca liderava, com o Moco no "vácuo", e foi assim até o final da competição. Até que, na última volta, o Arouca chegou na frente, uma cena que valia mais do qualquer troféu, que merecia ser comemorada mais do que qualquer outra coisa. O pessoal da VW ficou muito p. da vida, tinham fornecido tudo, tudo para a Dacon. Saíram frustrados. Foram pontos a menos para a minha firma, a Dekabras, mas valeu a pena, não me arrependo.Comentaram que nós devíamos deixar o Fusca (Porsche disfarçado) chegar na frente, para ficar bem com os alemães. Ganhar ponto com os gringos!Os dias foram passando. Outra corrida que o Arouca deu um show foi os Mil Quilômetros do Rio de Janeiro. A prova durou a noite toda e quando amanheceu, estávamos em primeiro na categoria. O outro piloto era nosso amigo Roberto Dal Pont, que corria na equipe da Vemag. O castigo infligido ao Mickey foi por demais severo. A pista era muito ruim, um bom número de carros quebrou, nas paradas do Box, o desejo era desistir de tudo, todavia, o Arouca gritava "deixa comigo, vamos chegar primeiro...” mas o combalido Mickey já não tinha mais embreagem, o amigo fazia milagre para manter a colocação.Faltava muito pouco, era a ultima volta, mas o que eu mais temia aconteceu, explodiu o motor, porra! Próximo dos boxes, ainda corremos para ver se dava para reparar. Deparamos com uma cena impressionante, o motor ainda girava em dois cilindros, mas, quando tirei a capô, explodiu na minha cara, os pedaços de cárter caíram no meu pé, todos entraram em choque, o Arouca queria empurrar até à chegada, consegui acalmá-lo, já não tinha mais forças; foi uma choradeira geral, foi muito duro golpe para a equipe, no entanto, faz parte da competição. Final melancólico de prova. Colocamos o Mickey no caminhão, todo equipamento, duas noites sem dormir, peguei meu DKW e joguei o Arouca no banco traseiro; coitado, estava exaurido de fadiga, e "pau na máquina" pela Dutra, tinha que abrir a Dekabras no dia seguinte. A vida teria de seguir sua rotina.Uma semana se passou e eu não tinha notícias do Arouca. Ele corria com o nome de Volante Treze, primeiro porque adorava o número treze, depois, acredite se quiser, a família era contra sua participação em competições, sua mãe era cardíaca, o pai e irmão viviam brigando com ele, visto que nas corridas punha em risco a saúde da mãe. Não queria fotos e implorava para a reportagem não citar seu nome. Tornou-se avesso à publicidade.Certa tarde, me telefonou todo esbaforido, apavorado, pedindo minha ajuda, pois havia se envolvido num acidente, uma trombada com outros veículos. Sai em disparada em socorro do amigo. Quando cheguei ao local não entendi absolutamente nada, meu amigo estava meio zonzo ao meio de cinco carros amassados, os donos em pé de briga, todos exaltados, uns o acusavam de estar drogado, outros por imperícia e tudo mais que se pode ouvir num acidente, uma confusão dos diabos!Entrei no meio da cena e consegui acalmá-los com a promessa de avaliar os danos e efetuar os reparos. Com muita conversa consegui convencê-los e nos dirigimos para a oficina, a Dekabras.


Gegê Bandeira, Recife 1965

Levei o amigo para sua casa, que não se conformava, nem ele sabia o que tinha ocorrido de fato, não estava bem, reclamava de dor de cabeça de rachar, mas nada que alguns comprimidos para sanar o incômodo não resolvessem. Quando se acalmou, deixei-o em casa e dirigi-me apressadamente para atender os outros.No dia seguinte, a meu conselho, levei o Arouca para uma avaliação médica, um check-up em uma clínica bem conceituada de São Paulo. Como ele escondia tudo da família, ninguém ajudou, provavelmente ignoravam seu mal-estar. Fomos sozinhos. Foram dois dias de exames e nenhuma anormalidade foi constatada, tudo normal. Cobraram uma nota, achei os valores extorsivos. Resultado: fadiga acima dos limites (atualmente denominado de estresse), recomendaram férias e muito repouso, serenidade de espírito e todo aquele papo que médicos recomendam a seus pacientes...Sou um sensitivo, estava preocupado, porque no acidente, pelo que me relatou, ficou praticamente evidente que ele tinha sofrido um súbito desmaio e, desacordado, bateu nos outros carros, não havia nem marca de frenagem na pista. Esse fato era intrigante.Fiquei por vários dias muito preocupado, não tirava o amigo do pensamento, Quando telefonava, diziam que tinha viajado. Pensei, menos mal, seguiu meus conselhos e isso fortaleceria sua recuperação.Entretanto, não conseguia me concentrar, o pensamento permanecia permanentemente ligado, martelando meu cérebro. Algo estava errado e não deu outra, dias depois o seu irmão me telefonou notificando que o Arouca tinha sido hospitalizado na Beneficência Portuguesa (hospital de renome na capital paulista) e deveria ser submetido a uma cirurgia cerebral. E nada mais consegui falar atacado pela emoção! Fiquei como que paralisado. Fui para casa extremamente pesaroso, arrasado, no entanto, não emiti nenhum comentário com meus familiares.Porém, durante o almoço com minha esposa e meus filhos, fui acometido de um momento de profundo pesar e comecei a chorar afirmando que meu amigo havia partido para sempre. Apavorei toda minha família; minha mulher nada conseguia entender. Acalmei meus filhos que eram pequenos e corri para o hospital. Quando cheguei ainda alimentava a esperança que tivesse sido um devaneio de minha parte, aquele momento de pessimismo que muitas vezes somos acometidos.Foi horrível, o pior havia ocorrido, o amigo tinha morrido e os irmãos e o pai estavam desconsolados.Quando a notícia correu, na equipe foi uma choradeira geral, ninguém se conformava, uma tragédia, algo inacreditável!No enterro do amigo, foi um momento desolador, de pesar sem precedentes, é muito difícil perder um ente tão querido, mas faz parte da vida e da qual sobrevém a todos. Razão pela qual somos denominados de mortais.Flores foram depositadas sobre a sepultura. Eu deixei uma lata de Castrol R, que para nós era como se fosse "perfume francês". Um produto que fazia parte integrante de nossas vidas.Após esse trágico fato, participar de competições perdeu todo o encanto; aquele deslumbramento, aquele ardor se desvaneceu e não sentia mais nenhum atrativo por essa atividade. Desmantelei toda a equipe e não queria mais ouvir falar de corridas.

Não mais dava assistência a carros, não fiz mais "venenos". Nunca mais pisei em Interlagos. Era o ocaso de uma era.Nem visitar outro amigo que eu chamo de "Rato”, o Emerson Fitipaldi, contemporâneo daquela era.A família do Flodoardo Arouca, (daquela conhecida metalúrgica fabricante de fechaduras Arouca), era visceralmente contra essas competições que nos participávamos, eram opositores dessa modalidade de atividade.Após sua morte fui contatado e cobraram a parte do amigo no Mickey Mouse e eu constrangido acabei cedendo para eles e, pasme, levaram o carro, o capacete, luvas, calçados, macacão e todos os troféus para ato contínuo, montarem em um salão da fábrica, um tipo de museu em sua homenagem, que permanece até os dias de hoje.Durante 44 anos não tive contato com eles, mas, há alguns meses atrás, o pessoal do DKW Clube resolveu efetuar uma corrida in memoram, uma forma de póstuma homenagem aos remanescentes daquela saudosa e conturbada época e achei que deveria participar da prova. O veículo estava intacto e conservado no tal museu. Embora, eu não tenha mais a oficina mecânica, ainda conheço um pessoal que poderia me ajudar a pôr o Mickey a rodar em Interlagos, seria uma merecida homenagem ao amigo, e embora eu esteja atualmente com setenta anos, sei que se desse na partida, aquele motor iria reviver e meu cérebro, ao captar aquele huuuuuuuáááááááááááááásáááa nem que seja o tútútútútútútú, viraria bicho, é como uma viagem ao passado, reviver os momentos de um tempo glorioso que jamais se repetirá.Entretanto, a afinidade que nos unia não era compartilhada com a família do meu amigo. Tentei alguns contatos com o seu irmão, Cassio Arouca, atual dono e diretor da fábrica, mas sempre sua secretária se dirigia a mim querendo saber o assunto, do que se tratava, eu me identificava como antigo sócio do seu irmão, o Flodoardo falecido, explicava o plano em prestar uma homenagem. Depois de inúmeras tentativas, não obtive êxito, jamais houve qualquer retorno. Para bom entendedor meia palavra basta. Jamais retornarei a procurá-los. Fico com minhas boas lembranças daqueles tempos felizes, vindos e findos...Aos leitores meus, perdoem meu desabafo. Tudo o que passou não escondo, quero que todos saibam algo de um passado de acertos e desacertos, que se torne público”.Luiz Carlos Braidatto (Luiz DKW)"


Carreteira Mickey Mouse restaurada num evento em Interlagos



Fotos, reprodução

18 comentários:

  1. Lindo depoimento de uma época romântica do automobilismo nacional. Espero que mais páginas da ainda pouco conhecida história do esporte a motor no Brasil venham ao conhecimento do público via blog do nosso amigo Jovino. Grande abraço.

    David Varchavsky

    ResponderExcluir
  2. Comentário do nosso amigo Paulo enviado para o meu email:

    "jovino, linda esta história do tempo que não volta mais. vale lembrar sempre os amigos, mesmo quando distantes.
    abraços
    paulo jansen"

    ResponderExcluir
  3. David, Paulo.
    Existem muitas histórias desta época maravilhosa do automobilismo brasileiro, aos poucos vou postando algumas aqui, apesar, que muitos ainda estão tímidos para contar sua experiência aqui, mas a gente vai rompendo com isto.
    Jovino

    ResponderExcluir
  4. jovino, belo texto. bem valorizado por você.
    sobre os arena, não consegui falar contigo, mas hoje 'as 10h30, na catedral, foi a missa de 7o. dia do luigi arena e, com certeza, toda a família - e fontes - esteve lá.

    o paulo jansen do comentário acima, morou em brasília na sqs 305?


    a história que ouvi a respeito da carretera diverge um pouco. morto o arouca, tendo em vista os arrepios familiares, o automóvel ficou guardado na casa da namorada, noiva, enfim, uma moça com ligações entimentais.

    quando a metal leve organizou a exposição de automobilismo, com meia dúzia de carros de corrida de época, num prédio na avenida paulista, teria cedido, devolvido, ou falecido e os herdeiros o fizeram. a forma não sei, mas houve a tradição - o automóvel voltou 'a família.

    será que você contata o braidato para esclarecer. salvo engano quem me contou foi alguém da época - ou o wladimir, preparador de vemas e construtor da primeira réplica de Fórmula Brasil, ou o pessoa de mello.

    ResponderExcluir
  5. Nasser, tentei contato com o Braidato quando recebi o texto, mas não obtive resposta. Quem talvez possa ter é o Umaras e vou ver com ele, inclusive, recebi um outro belo texto do Braidato, mas não sei se o tenho ainda.
    Falei com o Penta e vamos combinar para irmos na casa do Lomazzi conversar com ele, possivelmente, nesta semana.
    Te comunico.
    Jovino

    ResponderExcluir
  6. Tem jeito não.
    quem é do ramo, prefere mil vezes o óleo que operfume.
    Tinha lido no Saloma e fiquei arrepiado, pois também conheci o volante 13 do qual ninguém sabia o nome.
    Tinha outro piloto também, médico de renome, que corria escondido. Namorou (biblicamente) uma menina que eu adorava. Fazer o que? Quem tinha grana era ele não eu e além do mais tinha carrão e já era médico conhecido e eu um ex-moleque, durango da silva.
    Mas a saga contada pelo Braidatto é comovente de tão bonita.
    Naqueles tempos, honra e amizade eram qualidades apreciadas e utilizadas o tempo todo. Hoje são a excessão da regra.

    ResponderExcluir
  7. Jovino,
    Bela e tocante história, realçada pela sensível narrativa do Braidato. Eu não tive chance de conhecer bem o "13", pois ainda estava no Rio, mas sempre ouvia suas histórias. Seu final foi triste e prematuro,uma pena. Fez-nos falta esses anos todos.
    Um abraço e parabéns pelo seu blog.

    ResponderExcluir
  8. Regi, acho este texto do Braidato muito bom, pois foi feito com sinceridade numa época, como você falou, de amizades verdadeiras.
    Como disse acima, tenho um outro texto dele falando de corridas, e tão logo ele apareça, o postarei aqui.

    Bob, muito legal a sua presença aqui e sei que a Vemag fez parte da sua vida durante algum tempo, como fez de muita gente, inclusive, da minha, pois foi o carro que aprendi a dirigir aqui nas ruas de Brasilia no início da década de 70.
    Abraço.
    Jovino

    ResponderExcluir
  9. Eu tive a oportunidade de participar, ainda que quase que no anonimato, desta era maravilhosa - Braço e peito.
    Conheci a grande maioria de todos que lá estiveram e o Flodoaldo Arouca (Volante 13) me deu uma carona uma vez pra Santos.
    Fomos pela Serra Antiga e quando lá chegamos (havia apenas um caixote de maçãs como banco copiloto) e o Arouca me disse:
    - Se segura, não dê um pio porque preciso fazer um teste - tenho de descer a serra no pau e de olhos fechados e na contagem.
    Isto disse, sem capacete, sem banco e só um caixote desceu.
    Olhos fechados, contando e correndo.
    Fui, apavorado mas confiante até Santos - descemos a Serra do Mar Antiga em 9 minutos, na contagem e voando baixo - Já não fazem mais pilotos com ele, nem os mais antigos - Todos já foram.

    ResponderExcluir
  10. Não temos mais pilotos e "caronas"como antigamente...
    ayrton

    ResponderExcluir
  11. Esta "Lenda" eu tive o prazer de ver de perto em Interlagos, carro e Piloto.
    Me sinto feliz podendo relembrar este tempo romântico do automobilismo.
    Havia menos telemetria, menos box e muito mais "BRAÇO" e PILOTOS.

    ResponderExcluir
  12. Jovino,
    Sou a filha do Luiz Carlos Braidatto e descobri super por acaso seu Blog na qual li o texto do meu pai sobre o volante 13 e fiquei emocionadíssima.Gostaria de manter contato. um abraço Cristina Braidatto,se quiser me achar no facebook crica vergueiro

    ResponderExcluir
  13. OK Cristina. Há muito tempo queria um contato com o seu pai, mas não consegui. Vou te contatar lá no seu face.jovino

    ResponderExcluir
  14. OK Cristina. Há muito tempo queria um contato com o seu pai, mas não consegui. Vou te contatar lá no seu face.jovino

    ResponderExcluir
  15. Caro Jovino, só os que viveram aquela época sabem realmente o que é pertencer a uma "Época de Ouro". Mais da metade de meus amigos vem dali, onde a graxa era o ingrediente padrão e a lealdade sempre presente. Conhecemos vários outros exemplos do 13, que tudo fizeram com extremo amor. Triste a família não participar de tão expressiva homenagem. Tem almas assim, deixe-os prá lá. Curtamos nossos momentos que são únicos. Votos de Feliz 2017 a todos. Este ano garanto minha presença mais a miúde em Brasília. Abraços.

    ResponderExcluir
  16. O carro DKW do Volante 13 estará exposto na FEICON2018 de terça a sexta das 10:00 as 20:00, uma ótima oportunidade para ser visto novamente, no STAND F080 da Arouca Fechaduras.

    ResponderExcluir
  17. Pena que os irmãos do rodovalho só pensão em dinheiro e se apossar do gue não os não pertence se algum dos amigos do rodovalho souber se ele tem herdeiros me procurem grato a todos.

    ResponderExcluir
  18. E frodoaldo Arouca e não rodovalho

    ResponderExcluir