terça-feira, 28 de junho de 2011

OS ANTIGOS DE BRASÍLIA PREMIADOS EM ÁGUAS DE LINDÓIA 20011

Seis carros de Brasília foram premiados no Encontro Paulista de Autos Antigos de 2011, o conhecido Encontro de Águas de Lindóia.

O belíssimo Fúria Alfa do Tom Villas Boas
O Fúria Alfa pertence ao Tom Villas Boas e é um carro que fez história no automobilismo brasileiro.

Vi a estreia da primeira unidade aqui no conturbado Mil Quilômetros de Brasília de 1970 debaixo de um grande aguaceiro quando ele largou na primeira fila. Equipado com motor FNM 2150 e pilotado pelo Jaime Silva e Ugo Galina, liderou por algumas horas até ter um problema de vazamento, parar nos boxes, sanar o problema e voltar para a prova chegando na quarta colocação, se não me falha a memória.

Esta unidade premiada em Lingóia, trata-se do chassi nº 2 que pertenceu a Pedro Victor de Lamare e posteriormente ao piloto brasiliense Olavo Pires.
A restauração foi feita pelo Tom Villas Boas e ele instalou motor Alfa de 4 cilindros.

Correção do Blog: segundo o meu amigo Sidney cardoso, o Fúria FNM 2150 estreou nos Mil Quilômetros da Guanabara de 69, portanto, antes dos Mil Quilômetros de Brasília de 1970.

Abaixo a mensagem do grande Sidney Cardoso:

"Jovino e Joaquim
Acho que a memória dos dois está rateando um pouco, pois vi o Fúria com Motor Alfa Romeo 2150 correr os 1000 Kms da Guanabara em 1969. Ele correu com o numeral 81 e seus pilotos foram os mesmos, ou seja, Jaime Silva e Hugo Galina.Tenho certeza disso, tenho inclusive uma foto do Jaime Silva olhando o GT 40 e outras com o Toni Bianco.
É a idade meus amigos. A minha memória também anda rateando, mas como participei dessa corrida e tive um amor à primeira vista com o Fúria não me esqueci".


Valeu Sidney, o Alemão está nos atacando, mas blog é isto mesmo: é um somatório de informações e seja bem vindo novamene à blogosfera.



O Furia FNM nos Mil Quilômetros de Brasília de 1970
Antes, ele passou nas mãos de outros pilotos, como o Olavo Pires e andou abandonado por muitos anos até que o piloto Vicente o comprou e fez algumas modificações em sua carroceria, mexendo na carenagem dianteira e mudando a sua frente. Ele participou dos Mil Quilômetros de Brasília, se não me flha a memória, em 2002 com mecânica Alfa V6 e andou até bem, mas também não conseguiu concluir a prova. Quando o Tom o restaurou, voltou a sua frente para o que ele era na época de sua construção.

Para mim, é um dos mais belos protótipos construídos naquela época romântica do automobilismo brasileiro e fico muito feliz que ele tenha sido premiado. É um prêmio para aqueles que labutam para a preservação da história do nosso automobilismo.

Juarez Cordeiro e seu belo Mini Cooper. A restauração foi concluída quase que em cima da hora.

Antes, ele tinha as rodas de liga leve aro 10 e com os bancos em xadrez e o verde do carro era mais claro.O grande barato deste Mini Cooper ou Mini Morris é o volante do lado direito, como o usado lá na Inglaterra.


Este Volvo premiado pertence ao Renato Malcotti e o estado dele é impecável. O Renato é um dos grandes colecionadores aqui de Brasília e sempre está sendo premiado em diversos eventos.


O Belíssimo BMW conversível é do colecionador Fernando Marques


Este Willys Interlagos cupê 1965 pertence ao colecionador Tom Villas Boas e foi restaurado pelo Paulo Mostardeiro de quem o Tom o comprou.


Olha que belezura de puma Spider do Paulo Mostardeiro premiado em Lindóia que faz parte do Puma Clube de Brasília.

Abaixo um pequeno video mostrando como foi o encontro de Lindoia 2011.





Então, parabens aos nossos antigomobilistas.

(O video do You Tube e as fotos me foram encaminados pelo meu amigo Barata.)

sábado, 25 de junho de 2011

CINE DRIVE-IN DE BRASILIA - PURA NOSTALGIA


No mês passado, tive o prazer de visitar, depois de muitos anos, o Cine Drive-In de Brasília quando fui recebido pela Sra. Marta, a proprietária que o administra desde o falecimento de seu pai, o Sr. Jair Fagundes, e pudemos assistir de dentro da sala de projeções o filme "Rio" e saboreando um bom vinho
A Marta é uma verdadeira apaixonada pela sétima arte e mantém o cinema com o apoio de alguns funcionários dedicados, que, apesar da falta de maior apoio oficial para mantê-lo  e com toda a dificuldade que se tem para mexer com cultura, ela o mantem funcionando e é o único cine Drive-In em atividade no Brasil.

O projetor da época da inauguração do Cinema e preservado até hoje
Os maquinários, os projetores, os enormes rolos de fitas são da época de sua inauguração e preservados até hoje e a gente faz uma viagem ao passado com aquele ar de nostalgia dos anos 50 e 60, quando eles eram bastantes frequentados. Época dos Belairs, Corvetes, Thanderbirds, dos vestidos de bolinhas, das calças Jeans, do Rock and roll começando a aflorar, das jaquetas de couro, das belas jovens inocentes que caíam nas conversas dos Play Boys da época e eram seduzidas dentro dos carros e que inspiraram diversos cineastas a produzirem diversas cenas que ficaram imortalizadas no cinema hollywoodiano.

Os rolos chegam assim, depois a Marisa faz a união deles e passa para o rolo maior,
de onde é projetado na tela.
A movimentação do cinema é razoável e melhorou bastante depois de uma matéria que o programa "Fantástico", da Rede Globo de Televisão fez e  muito dos brasilienses que nem sabiam de sua existência lá dentro do Autódromo Nelson Piquet, passaram a frequentá-lo e o cinema passou a ser mais conhecido.

Aqui, o rolo já unificado e preparado para exibição
O Cine Drive-In foi inaugurado em 25 de agosto de 1973,  antes mesmo da inauguração do autódromo, quando o Paulo Figueiredo, filho do ex presidente João Figueiredo, o inaugurou. Posteriormente, o cinema passou para o Sr. Jair Fagundes que o administrou durante muitos anos, época em que sua filha Marta, com apenas 15 anos de idade, foi contaminada pelo virus da sétima arte e participava das atividades do cinema. Quando o Sr. Jair veio a falecer, ela assumiu a sua administração e o mantém até hoje.

O telão, o maior do Brasil, ao lado da churrascaria abandonada e que
precisa de restauração completa
O Cine Drive-In já recebeu ajuda da Ancine através de um projeto em que eles fazem um sorteio e contemplan alguns cinemas com uma pequena quantia para eles se manterem. Os filmes que são exibidos lá são alugados semanalmente através das distribuidoras, Focus, Paris Filmes, Paramount, Play Arte, entre outras.
Quando adolescente, estudava no GISNO, colégio de ensino médio de Brasília, ao lado do autódromo quando ele ainda estava em construção. Eu e uns amigos, matávamos aulas e íamos assistir aos diversos filmes que passavam por lá, principalmente, as pornochanchadas, que faziam sucesso quando podíamos apreciar as gostosonas da época, como a Angelina Muniz, a Aldine Miller, a Zaira Bueno e a rainha delas, a Helena Ramos, apesar da censura estar funcionando a pleno vapor.

Os dois rolos onde é passado o filme de um para
o outro quando da exibição da película

A câmara aberta onde passa a película

Brevemente, o Cine Drive-In estará promovendo uma sessão extra exclusivamente para os antigomobilistas de Brasília, quando poderemos assistir algum filme de época com o tema ligado a esta época romântica.

Provavelmente deverá ser numa quinta ou sexta à noite e todos poderão levar o antigo que quiser e ainda haverá também, uma outra sessão extra para o lançamento do filme "Faroeste Caboclo", baseado numa música do Renato Russo, exclusivamente, para os antigomobilistas.

Avisarei aqui no blog quando das sessões extras.

Marisa e o projetor, a operadora cinematográfica 

Ricardo Penta, foi quem instalou os projetores na inauguração do autódromo, Dona Marta,
a proprietário do Drive In e Marisa, a operadora cinematográfica
 
Por trás do prédio onde fica o projetor
Abaixo, para quem não assistiu, o video do Programa "Fantástico" com a ótima e emocionante matéria do Reporter Marcelo Canellas. Uma volta no tempo.
Bom fim de semana para todos.

domingo, 19 de junho de 2011

QUIZZ BRASILIENSE

Ele foi um dos grandes pilotos que participou do cenário automobilístico brasiliense e brasileiro no final da década de 60 e início da década de 70.

Pilotou um dos mais belos e famosos protótipos concebidos em Brasília e faleceu aos 52 anos. Um grande bota.

Alguém sabe quem é este piloto do retrado abaixo e qual corrida importante de Brasília de longa duração ele venceu?


(Fotos, do acervo do Fernando Ramos)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

TÚNEL DO TEMPO - DARCY BLANCO


Pinga no meu email as fotos abaixo e que me foram encaminhadas pelo meu amigo Rafael Linhares.

As fotos poderiam ser um Quizz sem resposta, como diz o Rafael, pois a colega de trabalho dele foi quem as encaminhou para ele.

Seu nome é Cristina Flores Garcia, e as fotos são do pai dela, já falecido, num tempo que toca muito nos sentimentos de quem viveu esta época de descobertas e experimentações em que o automóvel era para levar ao trabalho, crianças na escola e a família para viajar nas férias e ainda eram usados para participarem de Rallyes.

O Sr. Darcy Blanco teve o carro por um bom tempo e em uma das fotos tem a identificação com o ano de 1968.

Mas ele também, como o meu amigo Fernandinho Lapagesse, participou do Rallye das Esmeraldas e do Rallye das Estrelas e outras provas em Brasília e Goiânia.

Alguém conhece o Darcy Branco para ilustrar melhor as fotos?

O fusquinha 68 passando pelo paredão da rodoviária.

Interessante o patrocinio identificando onde ele ficava "ao lado da Torre de TV",
um lugar não muito difícil de se localizar em Brasília

Olha o fusquinha na garagem de sua residência descançando

Rallye das Esmeraldas. O Fernandinho Lapagesse participou dele também de Gordini 1093



A identificação do carro e sua colocação.
Um ótimo final de semana para todos.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

FAROESTE CABOCLO, O FILME

Terminaram no mês passado em Brasília as filmagens do longa "Faroeste Caboclo", uma adaptação da música homônima escrita por Renato Russo e gravada pelo grupo Legião Urbana. As filmagens foram realizadas no período de 10 de abril a 25 de maio, com direção do brasiliense Rene Sampaio e narra a trajetória de João de Santo Cristo, personagem eternizado por Renato Russo numa das musicas mais celebradas da historia do rock brasileiro.

No elenco, entre outros, está a gatíssima Isis Valverde, e que teve a participação do próprio filho do Renato, Giuliano Manfredini, e também de um puminha do Puma Clube de Brasília na sena em que João de Santo Cristo é morto. 

O puminha GTC do pumeiro William participando das filmagens
A estreia está prevista para o próximo ano, mas antes, haverá uma sessão somente para os antigomobilistas de Brasília lá no Cine Drive In.

Para quem pensa que esta história é lenda, acompanhei este entrave, na época, pela rádio Alvorada de Brasília, emissora AM em que o locutor narrava o desafio entre os oponentes, se não me falha a memória, lá na Ceilândia. Na época, achava que era apenas mais um sensacionalismo da emissora para conseguir audiência e o Renato Russo conseguiu escrever uma letra incrível narrando todo o desafio.

Antes dele fazer sucesso nacional, o Renato Russo tocava esta música e outras lá na área de lazer do lago norte, sempre acompanhado de sua craviola, época em que ele já juntava um monte de fãs para vê-lo desfilar um monte de músicas que viriam a fazer sucesso nacional quando a onda Punk pegou em todo o país.

Site do filme com fotos da equipe, fotos do elenco, matérias e videos sobre o filme:
http://www.faroestecaboclo.com.br/

Abaixo,  uma apresentação antológica do Legião Urbana executando a música "Faroeste Caboclo,  no Rio de Janeiro, em 1994, quando o publico vai ao delírio.
Uma das maiores bandas de toda a história do rock brasileiro.


sábado, 11 de junho de 2011

DIA DOS NAMORADOS II - QUAL É A CENA MAIS ROMÂNTICA DO CINEMA?

Entre tantas, que, principalmente, o cinema hollywoodiano produziu, esta é uma das mais românticas cenas do cinema, o romance do triângulo-amoroso Rick, Ilsa, Laszlo é apaixonante e uma imensa lição de que fatos pessoais são pequenos perante aos coletivos.


Diz Rick a Ilsa:

"Não é preciso muito para ver que os problemas de três meras pessoas não contam muito neste ' mundo de loucos' ** " (a insanidade que foi a 2ªGuerra).

E o beijo que todos esperavam, não aconteceu.

Como o compartilhamento da cena final não está disponível no You Tube, é só acessar diretamente o link abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=cfxJCdBFuLk&feature=related

FELIZ DIA DOS NAMORADOS - How Can You Mend A Broken Heart- Al Green

Al Green começou a cantar aos nove anos junto com outros três irmãos em um grupo gospel de seu pai, o Green Brothers. O quarteto chegou a realizar excursões pelo sul dos Estados Unidos durante a década de 50. Naquela época, a família Green mudou-se para o Estado do Michigan. Lá, o jovem Al Green formou seu grupo de R&B, chamado Al Green and the Creations (que em 1968 seria rebatizado como Soul Mates). Em 1968, o Soul Mates alcançou o Top 5 da parada Black Singles da Billboard, com a canção "Back Up Train".

Para comemorar o dia dos namorados, uma canção romântica dos Bee Gees com a magnífica interpretação de All Green, numa das músicas mais românticas que conheço.

Para quem tem sua amada, neste domingo friorento, um bom vinho à  beira de uma lareira ao som de "How Can You Mend A Broken Heart" e dançando bem agarradinho, pois esta música pede exatamente isto.
.
Para quem não tem, ouçam e sonhem...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

QUIZZ HISTÓRICO

Retrato de uma tragédia anunciada.

Que lugar é este? O retrato é  da largada de uma corrida que marcou para sempre o automobilismo brasileiro.

Quem são os personagens desta corrida e o que aconteceu?

(clique na foto para ampliá-la)


(Foto, Captada da Internet)

terça-feira, 7 de junho de 2011

O ROYALE DE LEO FALEIROS

Há algum tempo atrás fiz uma matéria investigativa a respeito dos Royales brasilienses que correram em Brasília e publicada no Blog do Saloma.

Na época, havia uma grande confusão em relação aos Royales pilotados pelos pilotos Luis Estêvão e Luiz Barata, quando os mesmos derrotaram a poderosa equipe Hollywood numa prova no antigo autódromo improvisado no estacionamento do Estádio do Pelezão e o Royale em que o piloto brasiliense Leo Faleiro também correu tempos depois aqui em Brasília, pois muitos acham que os dois carros fossem os mesmos.

Segundo apurei através de jornal encaminhado pelo filho do Luiz Barata, Fábio Barata (quando fiz uma homenagem para o seu pai), Luis Estêvão vendeu seu protótipo Ok-VW e ao fazer a contabilidade anual descobriu que o que levantara de prêmios compensara em muito o investimento, sem contar o retorno publicitário e financeiro que rendera para sua rede de revenda de pneus. Isso o animou a buscar um patrocinador maior e montar uma equipe em moldes profissionais e compraram um Royale acidentado e o trouxeram para Brasília.

Então, pelo que foi apurado, houve apenas um acidente dos Royale e de tal monta que justificasse uma reconstrução do protótipo inglês: foi nos 500 Km de Interlagos de 1971, quando o paranaense Sérgio Benoni Sandri deu uma panca memorável com um Royale-Ford, ex-equipe Greco. E pelo que foi apurado pelo meu amigo Joaquim ( o Mestre Joca), a mecânica original do Royale brasiliense era de um Ford Cortina 1600 cc. Daí, parece não gerar mais dúvidas de que o chassi brasiliense (pilotado pelo Luiz Estêvão e Luis Barata)  fosse o mesmo que foi acidentado com o Sérgio Sandri.

Como dito, um outro Royale também apareceu mais tarde em Brasilia, pertencente ao falecido piloto Evandro Faleiros e que correu também na inauguração do Autódromo de Goiânia em 1974, se bem que equipado com motor VW, primeiramente, com motor a ar e depois com motor AP, ambos de 2 litros, mas acredito que o motor AP 2000 somente foi instalado nele para decoração, pois não existe nenhum relato do Leo Faleiro correndo com esta motorização.
Este é o Royale que pertenceu ao Luis Estêvão e que fez dupla com o Luis Barata
quando enfrentaram os poderosos Porsches 908 e 910 da equipe Hollywood de Anisio Campos

Assim, os dois Royales que pertenceram à equipe Greco e que terminaram seus dias em Brasilia: um transformado no Royale-GM e o outro com a família do Evandro Faleiros.


Eu e o Royale que é guardado até hoje pelos familiares
 de Leo Faleiro em uma chácara no Lago Sul.

Este é o Royale que pertenceu ao piloto Evando Leo Faleiros que estava "escondido" aqui em Brasília e que fez muito sucesso nas pistas brasileiras na década de 70, este nas mãos do piloto brasiliense Leo Faleiro, que o manteve guardado e bem conservado até hoje em uma chácara no Lago Sul com mecânica Volkswagem AP 2.000.

Repare no detalhe das portinhas que se abriam e mostrando,
aparentemente, que estes carros seriam muito inseguros.

Na época, quando estava atrás de material para a Hot Dodge brasiliense, descobri a possível existência do Fitti-Porsche, que, infelizmente, não teve um final feliz como todos nós desejávamos, mas, no caso do Royale, este sim, teve um final feliz. Fiquei sabendo que este carro estaria na cidade e tentei localizar o dono, mas ele veio a falecer naquele ano e o carro ficou guardado por sua ex-esposa, a Sra. Consuelo Joffily quando eu entrei em contato com ela e ela me recebeu em sua residência.

Consuelo Jofilli e o Royale guardado em uma chácara no Lago Sul

A Consuelo teve participação marcante na história do carro, pois acompanhava o marido em suas corridas fazendo a cronometragem como acontecia naquela época, quando as esposas assumiam esta função dentro da equipe.

Segundo relato do Leo Faleiro feito do próprio punho deixado guardado num baú de recordações com um monte de fotos, o Royale, na ´poca, tinha suspensão independente nas 4 rodas, freios Girling a disco nas 4 rodas, 2 carburadores Weber de 48 mm, câmbio Hewland de formula 2 e motor Volkswagem de 2.000 cc com virabrequim roletado, com rodas dianteiras de 8 polegadas e traseira com 13 polegadas e peso total de 420 kl/ tanque com capacidade para 110 litros (aqui a configuração, pelo que entendi, de um motor a ar).

Detalhe do Motor Volkswagem AP de dois litros instalado pelo
 Leo Faleiros e que continua até hoje.
Este carro, segundo o Leo, participou do campeonato Brasileiro de Viaturas esporte em 1971 chegando em 2º lugar, do Campeonato Brasileiro de viaturas Esporte em 1972 chegando em 3º lugar, entre outras participações e também teria sido pilotado por José Carlos Pace, Luiz Pereira Bueno e Tite Catapani e foram trazidos para o Brasil 2 Royales pela equipe Bino/Ford do Luiz Antonio Greco, sendo patrocinado pela Ford do Brasil e Banco Comercio e Indústria de São Paulo.

Detalhe do interior do Royale AP 2000 (o Câmbio Hewland
 de formula 2 ainda continua com ele).

O carro foi comprado pelo Leo em 1973 ou 74 em São Paulo do Emilio Zambello, segundo relato do piloto goiano Romeu Calil, que acompanhou o negócio na cidade paulista e o levou para sua oficina Veneno Motor Center em Goiânia onde o preparou para as provas. O Royale ainda estava com motor Ford Cortina 4 cil. e depois o Leo instalou o motor Volkswagem.

Segundo o Romeu Calil, quando foi a São Paulo pegar algumas peças do Royale que estavam faltando havia um outro por lá, mas ele não sabe precisar se era também do Emilio Zambello ou estava lá para ser preparado para corrida e este teria sido comprado pelo Luiz Estevão e trazido para Brasília, após o acidente já citado mais acima.

A placa de indentificação do Royale

Pelo que eu conversei com a Consuelo e o Romeu Calil, na época, os dois carros são distintos, sendo que o Luiz Estevão pilotou um carro e o Leo Faleiros o outro, pois o que eu imaginava era que eles haviam pilotado o mesmo carro pelo fato de serem de Brasília, mas que ficou esclarecido após o encaminhamento de matéria publicada no Jornal dos Sportes da época.

Até hoje é mantido o logo da equipe Creco

Quero, através do Mocambo Blog, prestar mais esta pequena homenagem a este grande piloto de Brasília e que nos deixou recentemente que foi o Leo Faleiros, que participou do cenário automobilístico brasileiro desde o início da década de 70, quando tinha apenas 17 anos e até a pouco acelerava forte nas várias categorias que participou ao longo de sua carreira, e, apesar de ter sempre gente querendo comprar o carro, ele o preservou e graças a sua consciência, ele não acabou tendo um final triste como a maioria dos carros de corrida que fizeram a história do automobilismo brasileiro. Agradecimento especial a Consuelo Joffili, que contribuiu com material e foi muito simpática e esclarecedora toda vez que precisei dela e ao Romeu Calil, que esclareceu a origem da compra do carro.

Nota especial de Consuelo Joffily.
Meu amigo Jovino, (a titulo de esclarecimento)
O Royale faz parte do patrimonio deixado pelo Evandro Leuman Faleiro (Leo) aos filhos Tatyana, Juliano e Enzo. Se por qualquer razão, eles (os filhos) nao puderem mais cuidar do Royale, eles teem certeza para quem passariam a responsabilidade de cuida-lo: seria para o Nelson Piquet, pois desde a Inglaterra ele sempre manifestou interesse no Royale e na possibilidade de conservar a historia nova de Brasilia, seus automobilistas e suas maquinas.
Seria bom ressaltar que os cuidados especiais, limpeza, lubrificacao e funcionamento do motor, eram o passatempo predileto do Leo. As fotos do Royale foram feitas em sua chacara, no Lago Sul, aonde ele morava com nosso filho Julliano, desde a nossa separacao em 1996.
É Leo que merece todos nossos elogios. Ele fez por merecer.
A familia Faleiro agradece a homenagem.
CONSUELO JOFFILY

(abaixo, um filminho que fiz na residência da Consuelo.)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

GP DO CANADÁ DE 1991 - ÚLTIMA VITÓRIA DE NELSON PIQUET

A sua trajetória rumo a Formula 1 começou em Brasília naquele dia em que ele entrou no autódromo dentro do porta-malas de um carro de um amigo.

Na terça passada, na realização do Encontro de Motos e Carros antigos aqui no autódromo, o próprio Piquet me mostrou o box em que ele ficou trancado (se não me falha a memória, o nº 13). Ele passou a noite lá dentro e que foi ocupado pela Brabham quando em 1974 houve a sua inauguração com a realização de uma prova extra-campeonato, uma semana após o Grande Prêmio Brasil de Formula 1 e que foi vencido pelo Emerson Fittipaldi. Mas quem liderou boa parte da corrida foi o argentino Carlos Reutemann (Brabham), que, no retrato abaixo, aparece com o sul-africano Jody Scheckter na sua cola.

A passarela hoje não existe mais. Foi retirada para abrigar
desfiles de escolas de Samba

Eu e uns amigos, para variar, pulamos a cerca do autódromo e o adentramos lá pelas 10h da noite, mas fomos expulsos por PMs e seus ferozes pastores alemães, mas pela manhã, pulamos novamente a cerca e assistimos a prova no elevado 1.

Antes, no sábado, conseguimos entrar lá nos boxes e ficamos namorando os carros da F1 e  um dos boxes mais visitados foi o do Emerson Fittipaldi. da Maclarem.

Reutman e Scheckter na reta dos boxes

Lembro-me que um mecânico retirou as velas do Maclarem do Emerson e as jogou dentro de uma lata de lixo e a gente pulou para cima dela e eu consegui pegar duas velas e as guardei por muitos anos, como lembrança daquele dia histórico para a gente.

Abaixo, um video do Grande Prêmio do Canadá de 1991 com vitória inesperada de Nelson Piquet após a atrapalhada do inglês Nigel Mansel.




(Video, You Tube (Rede Globo) Fotos, Napoleão Ribeiro)