segunda-feira, 30 de abril de 2012

PILOTOS QUE EU GOSTO - ARI VATANEN - PIKES PEAK

Sexta passada, ARI VATANEN, completou 60 anos de idade. Para mim foi o melhor piloto de Rally de todos os tempos. Começou nos ralis no ano de 1970 e estreou-se no WRC em 1974. Foi Campeão Nacional de Ralis da Grã-Bretanha em 1976 e 1978 navegado por Peter Bryant e David Richards respectivamente. Em 1977 passou a ser uma presença assídua em provas do WRC, ao volante de um Ford Escort RS 1800. Já em 1979, assina pela Rothmans Rally Team. Em 1980 consegue a primeira vitória no WRC ao volante do RS 1800 durante o Rali da Grécia e no ano seguinte torna-se Campeão do Mundo de Ralis. Já em 1984, o finlandês assina contrato para guiar um Peugeot 205 T16 da equipa de fábrica da Peugeot. Na apresentação do carro francês com 520 cv Vatanen disse, "este carro é muito para mim". Talvez o tenha dito por ter consciência da monstruosidade daquele carro, algo que nem todos perceberam de imediato. Do Rali da Finlândia de 1984 até ao Rali da Suécia do ano seguinte, Vatanen conseguiu um total de 5 vitórias em provas do WRC. Em 1985, durante um Rali da Argentina, sofre um grave acidente com o 205. Esteve entre a vida e a morte e só um ano e meio depois voltou a competir novamente, infelizmente fora do WRC. Passou a disputar o Rali Paris-Dakar conseguindo ganhar com a Peugeot em 1987, 1989 e 1990 e com a Citroen em 1991. Também fora dos ralis, obteve sucesso no Pikes Peak International Hillclimb, que chegou a vencer com o Peugeot 405 T16, baseado no 205 T16 depois do Grupo B ter sido banido.

O filme abaixo, Climb Dance, em que Vatanen mostra a todo o mundo como se conduz um carro de ralis, dirigido por Jean Lois Mourey e que ganhou vários prêmios internacionais em festivais em 1990, é uma aula de como se toca um carro com o giro todo sempre lá em cima, morro acima ou morro abaixo, à beira de precipícios ou não, com o sol na cara e tocando com apenas uma mão e a outra se protegendo dos raios solares e que dá um frio na barrica só de assistir. Puro rock and roll.

Vai tocar assim lá na Cochinchina.


O curta dirigido por Jean Lois Mourey e que ganhou vários prêmios

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A MÃOZINHA DE DEUS!!!

Faltavam apenas 8 minutos para o final das 12 horas de Interlagos, prova realizada em abril de 67. O KG Porsche nº 2 da Equipe Dacon, pilotado por José Carlos Pace (Mocco) e Anísio Campos, parou na curva da Ferradura com coroa e pinhão quebrados, quatro voltas à frente do segundo colocado. Mesmo assim, ele seria campeão se permanecesse parado onde estava.


 Repare o desespero do piloto do KG Porsche com a quebra da coroa e pintão. Ao lado passam a Carretera 18 de Camilo/Celidônio e Alpine de Luisinho Pereira Bueno.


Mas aí apareceu o Renault Rabo quente 1093 de Élvio Ringel que deu uma mãozinha ao KG/Porsche e acabou sendo desclassificado pela Comissão de Corridas, que acolheu ainda, na pista, protesto de Camilo/Celidônio e atribuiu a vitória à sua carretera 18.


Mas essa decisão da Comissão, punindo irregularidade flagrante, somente foi tomada depois de enorme confusão, agravada pela primeira deliberação que dera a vitória ao KG/Porsche. O clima de bagunça criado pela insegurança da Comissão de Corridas completou-se a noite, na sede da FPA, quando ela decidiu considerar de novo a Dacon vencedora, contra o voto de Eloi Gogliano, que se demitiu da presidência da FPA. No meio dessa balbúrdia, Camilo, que já quisera desistir da discussão, colocou no bolso o protesto que assinara e saiu da sala, dizendo que não haveria mais motivo para briga. Essa atitude dele fez a Comissão se acomodar e confirmar a vitória ao KG/Porsche.


A famosa Carretera 18 da dupla Camilo/Celidônio que fizeram o protesto.

Um ótimo final de semana para todos.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O BMW ESQUIFE DE JAN BALDER

Vi o Jan correr num Mil Quilômetros de Brasília no final da década de 60 com o belo BMW Ti que foi transformado neste Spyder abaixo.


Mas segundo relato do Jan em seu livro "Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro", que a idéia de cortar a capota da BMW 2002 Ti e transformá-la num spyder, veio de Ciro Cayres que havia visto numa revista uma Lancia italiana com esta "solução aerodinâmica".



BMW 2002 Spider 8 Esquife  pilotada por Roberto Dal Pont e Willy Otto Jordan perseguida pela Alfa GTAM nº 25 pilotada por Abilio Diniz na prova 6 Horas de Interlavos realizada em 4 de julho de 1971.


Fitti-Alfa na perseguição à BMW-Esquife


Atualizando: Este post está sendo feito de acordo com os comentários dos amigos: surgiu a dúvida se o BMW Esquife de Jan Balder torcia muito o chassi. Veja na foto ele na pole numa prova em Interlagos. Ao seu lado a Carretera 18 do Camilo Christófaro e o Snob Corvair de Eduardo Celidônio, carros que sempre andavam na frente em provas daquela época. Acredito que o problema de torção do chassi seria fácilmente resolvido naquela época.

Segundo o Mestre Joca, "ele desconfia que deu margem à criação do BMW-Esquife tenha sido a Lancia Fulvia HF Speciale Barchetta que correu a Targa Florio de 1969, sob o comando da dupla Sandro Munari-Rauno Aaltonen que terminou em nono lugar na geral e segundo na categoria P2 (protótipos até 2 litros), lutando em condições de igualdade com os Porsches 907, muito embora fosse equipada com um motor de 1,6 litros de 140 HP".

A foto abaixo foi copiada do FaceBook do Jan Balder.

Seria este o tal Lancia Fulvia HF que inspirou a criação do BMW Squife?

Lendas à parte, são dois belos exemplares.

Onde seria esta foto?

sábado, 21 de abril de 2012

O CAMINHÃO DO ROCK AND ROLL NO VCC DE BRASÍLIA

Numa madrugada sonolenta e depois de tomar umas e outras, William Cadilac aportou no Ebay e saiu passeando à procura de mais uma moto clássica, sua maior paixão,  mas deparou-se na seção de caminhões antigos e ele ficou impressionado com os caminhões bombeiros que estavam a venda e por um preço bastante acessível. A princípio, se interessou por um caminhão bombeiro amarelo V12 à gasolina, mas acabou dando um lance de mais ou menos U$ 7.000 num caminhão vermelho V8 Diesel e me mandou um email com as fotos dele e foi dormir.

Noutro dia, ao abrir o Ebay novamente,  para sua grande surpresa, o seu lance havia sido o vencedor.
Aí começa a novela para trazê-lo para o Brasil.

O Caminhão estava em Englishtown, em New Jersey, e ele foi rodando até o porto de Miami e todo o trâmite do processo de importação demorou em torno de 6 meses até aportar em Curitiba e o próprio William o trouxe rodando até Brasília.

Este é o Caminhão do Rock and Roll que já está fazendo grande sucesso aqui na cidade e a pretensão do William é dar oportunidade às novas bandas e levar a cultura roqueira para todo canto.
É impressionante a impecabilidade deste caminhão ano 1973. Tudo funciona:  relógios, mangueiras em perfeito estado e tem até um gerador de energia.

Com a organização e o apoio do VCC de Brasília, foi realizado este encontro onde os antigomobilistas trouxeram as suas belas máquinas dos anos 60 e 70 e os motoclubes para homenagear Brasília no dia do seu aniversário de 52 anos.

E eu tentando saber como se escrevia o nome da cidade de origem do caminhão e ele estampado bem grande na frente do caminhão.

Juarez e Nelson Piquet apreciando os puminhas!!!

Como sempre, o puma clube de brasília prestigia mais um evento do VCC de Brasília

O "Belo Antônio", digo, o belo caminhão pegando uma sombrinha

Mais puminhas e a movimentação em torno do caminhão

O bom destes encontros também é a presença feminina.

O Fúria Alfa do Tom Villas Boas premiado ano passado no Sema.


A tenda do Puma Clube de Brasília onde podia-se beber uma cervejinha bem gelada

Marcão, Marcia, Alexandre, Ernestinho e filho, William, o nosso novo presidente do PCB, Luiz e Adriano Mortagua.

Michele, a assessora de imprensa do VCC ladeada pelos belos pumas

Michelle e Adriano Mortagua

William, o cabra macho que importou o caminhão bombeiro.

A turma de motociclistas se reúnem para o retrato

Luquinha, futuro pumeiro, Magda, Maria Fernanda e Leo com o Pachard 38 no fundo.

Packard, vários clubes de antigos presentes como o dos Karmann Ghias, Opalas, Mavericks, Dodges...

Os clubes dos fuscas também fizeram presença no evento.

Para quem não sabe, o VCC fica no museu vivo da memória candanga. Aqui funcionava os primeiros hospitais de Brasília e que davam assistência aos primeiros candangos que chegaram para a construção da cidade. Aqui você verá os primeiros consultórios odontológicos, médicos, a sapataria, uma enorme maquete de como seria a cidade e muitos objetos da construção da cidade.



O clube dos jipes militares também presentes.




Até o puma do Jeff Beck também marcou presença.


Mais belas motociclistas

A banda  improvisou em cima do caminhão, pois ainda não foi instalada toda a aparelhagem de som no caminhão.


E eu posando para o retrato.

Abaixo, um pequeno vídeo do caminhão.
(As fotos são minhas e do Adriano Mortagua)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

PIQUET E O FORMULA SUPER V GLEDSON

A raríssima foto abaixo me foi passada pelo Luis (my boy) e ontem mesmo pegamos o autógrafo do Nelson na própria foto.
Formula Super V em 1976. Mas a dúvida é: qual é o autódromo desta corrida? Parece-me que é Brasília, pelo tipo de cerca lá no fundo. Mas a prova que vi o Nelson correr aqui com o Super V foi debaixo de muita chuva.
Então...um ótimo final de semana para todos.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

DESAFIO STOCK ATUAL E STOCK DE 1979

Confesso que não conhecia este desafio feito pelo Globo Esporte da Globo.

Trata-se de um desafio de gerações da Stock Car, entre o opala de Paulo Gomes de 1979 e um Stock atual, as conhecidas Bolhas, realizado em Interlagos.

Eu particularmente gosto mais do Opala do Paulão, apesar de que acredito que este não seja o opala que ele corria, mas enfim, é interessante o pega com uma volta completa no circuito de Interlagos, sendo que o Opala tem 40 segundo de dianteira.

Vejam o resultado no vídeo abaixo.



segunda-feira, 16 de abril de 2012

DO BAÚ DO VON NEGRI


Von Negri e... Quem seria o amigo ao lado dele? Seria o Paulo Guaraciaba?
Atualizando: segundo Carlinhos Pontual: "na foto 1, ao lado, Karl Raymond, estão o Paulinho Guaraciaba e o Waltinho Machado e Luiz Claudio Nasser de óculos à direita do Guaraciaba".


Segundo o próprio Von Negri, esta viagem foi quando eles foram correr em Fortaleza/CE. Os rapazes do retrato acima são: Zeca Zupa, Waldir Lomazzi, Zeca Vassalo (em pé), André Gustavo Stamph, Olavo Pires, Dirceu Bernardon, George Pappas, possivelmente o Paulo Cesar Lopes e Von Negri.


Valdir Lomazzi, Von Negri e Ramon Buggenhout.
Atualizando: segundo o Carlinhos Pontual: "na foto 3, duas poltronas atrás do Karl, sentado, é o Zeca Vassalo; no braço da mesma poltrona é o meu velho amigo João Luiz da Fonseca, conhecido internacionalmente no automobilismo como Jean Bodin".

O careca lá atrás é o homem que mandava no automobilismo brasileiro do final da década de 60 e início de 70. Um dos personagens mais importantes da história do automobilismo brasileiro, Ramon Buggenhout, considerado na época, como uma figura polêmica e contraditória, falava vários idiomas e tinha livre trânsito junto às autoridades da FIA daquela época.
Quem reconhecer mais personagens desta foto, é só ir nos comentários, que agora, está fácil de fazê-los.
Nota do Blog: Blog é um somatório de informações e agradeço ao Carlinhos Pontual, Catanha e o Rodolfo pelos esclarecimentos adicionais.
Aliás, o avião, pelo símbolo nos bancos, era da Varig, embora Penta News me afirmasse que era o avião da FAB.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

GRAND FUNK E MEU "PLURIBUS FUNK"

Na manhã de sábado de um ano qualquer do início da década de 70, levantei bem cedo e fui à discoteca Discodil, que fica no Conjunto Nacional Brasília, o primeiro shopping construído aqui na cidade.
Algumas semanas antes, um funcionário da Discodil havia me informado que estava chegando à Brasília o tão esperado álbum “Pluribus Funk”, o famoso e desejado “disco da moeda” de um dos maiores Power Trios daquela época, o Grande Funk Railroad.
Depois de várias passadas sem sucesso na referida discoteca, desta vez, para o meu deleite, havia duas enormes pilhas de discos que estavam expostas num canto do chão perto das Gôndolas dos discos, acredito que deveriam ter lá uns 40 discos.
 
O meu objeto de desejo

Rapidamente pedi o meu exemplar e fui para casa e me tranquei no quarto e fiquei boa parte da manhã ouvindo todas as faixas minuciosamente.
Já à noite liguei para os roqueiros e roqueiras de plantão e marcamos no sábado lá na residência do “Tonico Maluco” para apresentá-lo em nosso “Sábado Som”, plagiando um programa da Globo sobre rock muito visto pela nação roqueira. 
Da mesma forma como apresentamos aos amigos um carro quando o compramos para mostramos as qualidades da máquina, o mesmo acontecia com os discos, pois não tinha sentido para a gente ouvi-los apenas sozinho, tínhamos que participar a todos os malucos por rock. E ficamos até tarde curtindo a sonzeira do “Pluribus Funk” e tomando todas quando resolvi ir para casa.
No dia seguinte, procurei pelo meu tão cultuado disco, mas não o achei em minha casa, concluindo, logicamente, que ele havia ficado lá no “Sábado Som” na residência do Tonico Maluco. Mas cadê o disco! Ninguém havia visto e ele sumiu como um disco voador e eu nunca mais vi um exemplar dele, pois na Discodil, uma semana depois, não havia mais nenhum exemplar para venda e eu tive que me contentar muitos anos depois com uma cópia de um CD.
(Dando uma navegada pelos mercados livres da vida, vi um Vinil do “Pluribus Funk” anunciado pela bagatela de R$ 300,00.)
“Pluribus Funk” é uma pérola preciosa do Rock and Roll, a quinta de estúdio do até então power trio de Michigan com grandes sucessos como: "Footstompin' Music", "People Let's Stop The War", "Upsetter", "I Come Tumblin", "Loneliness", entre outros, mostrando a sonzeira dos caras com uma pegada hard pesada, abusando dos riffs e com muito suingue, uma das características da banda.
No vídeo abaixo, veremos a incrível performance do batera Don Brewer que  fazia vocais de fundo rasgados e assumia o vocal em algumas músicas também (o homi toca até com a cabeça), o ótimo baixista Mel Schacher ao seu lado completando a cozinha do grupo liderada pelo genial guitarrista Mark Farner e o seu vocal vigoroso, numa época em que se fazia rock por puro prazer e com muita alegria.

Dedico este vídeo ao meu amigo roqueiro Marconi Souza e ao mais novo amigo Eduardo Cardoso, grande piloto e grande batera de Uberlândia.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

OS PRIMEIROS CARROS DO PIQUET

Todos nós apaixonados por automobilismo conhecemos os carros do tricampeão Nelson Piquet da Formula 1. Mas antes dele chegar lá!!!
Ele correu em alguns carros que não são muito conhecidos da grande mídia, principalmente, aqueles  que ele começou a correr aqui em Brasília e em outras cidades também, até partir para as corridas de fórmulas e tomar rumo da Europa onde se consagrou.
As ilustrações destes carros foram feitas pelo meu amigo artistas e ilustrador Ararê Novaes  que ilustrou todos os seus carros desde o primeiro fusquinha, passando pelos fórmulas 1, até os últimos que ele correu.


Fusca Restaurante Beirute (VW 1600)- 1971 - O restaurante Beirute é bem tradicional em Brasília e existe há muito anos, desde o início da década de 70. É onde a juventude brasiliense "Cult" se encontravam para papos "cabeça" e houve uma época também que haviam pegas ali. Até hoje ele existe na 109 sul e mais recentemente na 107 norte.


Fusca Camber (VW 1900 cc) - 1972 - Este é o fusca que o Piquet pegou "emprestado" da mãe do Alex Dias Ribeiro e colocou um motor de 2 litros pegado emprestado do Ricarrdinho Nhen Nhen Nhen e foram para Belo Horizonte correr e ele ganhou na sua categoria.


Fusca preto nº 13 - IDEAL teto rebaixado (VW 2000 cc) - 1972 - Este fusca não me lembro de vê-lo correr aqui em Brasília, mas segundo "Penta News Asssociation", ele correu em Goiânia. Sei que eles colocaram um câmbio de 6 marchas e me parece que foi parcialmente destruído num incêndio.


Opala nº 15 - IDEAL/Induspina - 1973 - Opala da Ideal/Induspina. Se não me falha a memória, ele correu em Goiânia e deu show lá. Lembro-me dele treinando para alguma prova de longa duração aqui em Brasília, mas não me lembro de vê-lo correr aqui.


Maverick Crush nº 2 -1976 - Este maveco o Piquet fez dupla com o Paulo Guaraciaba nos Mil quilômetros de Brasília de 1976, prova em que o Catanha fez a pole, mas não me lembro se ele terminou ou não a prova.


Super Vê nº19 -1974 - Este foi o seu primeiro Super V que ele correu e era puxado por uma Kombi. Diz a lenda que numa viagem para disputar uma corrida, o motor da Kombi pifou e o Nelson tirou o motor do Super V no meio da estrada e o instalou na Kombi e continuou a viagem. Existe uma réplica muito bonita deste carro em sua garagem.


Fórmula Super Vê -1976 - Este Super V foi o que ele foi campeão em 1976. Vi uma prova dele aqui em Brasília debaixo de muita chuva.