domingo, 27 de fevereiro de 2011

QUIZZ BRASILIENSE HISTÓRICO

 



Quem é o piloto da foto abaixo e que brevemente será motivo de uma homenagem aqui no Mocambo?
Ele fez muito sucesso no início da década de 70 nas pistas, parou por um tempo para cuidar da famiília e retonou algum tempo depois em pistas Européias é só, não posso falar mais.
Aliás, é um piloto brasiliense.


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Foto, arquivo pessoal cedido pelo filho do referido piloto
   

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A CORRIDA QUE O FÂNGIO VENCEU SEM CORRER

O papo surgiu ontem na mesa da nossa reunião das terças feiras num restaurante no Lago Sul onde nos encontramos com um monte de apaixonados por automobilismo.

O Ricardinho Melo contou uma história (ou estória) a respeito da prova que foi realizada em comemoração à inauguração de Brasília em 1960. Aliás, prova não, provas estas realizadas no eixão sul constando de uma reta que os pilotos tinham que ir e vir, separada por cavaletes.

Foram realizadas três provas: a primeira uma corrida do Grupo III, em seguida uma do Grupo I (carros praticamente originais) e por fim as duas provas (Mecânica Nacional e Esporte).

Mas a minha dúvida era em relação ao vencedor da prova principal, que segundo algumas pessoas, o vencedor teria sido o Chico Landi, mas como houveram duas provas, mecânica Nacional e Esporte,na realidade, O Chico Landi teria vencido outra prova com um JK,segundo informações do Ricardo Penta que esteve presente nesta prova e confirmado pelo Tom Villas Boas, que também esteve presenta na prova e que afirmam que houve uma corrida com 15 JKs e eles foram sorteados para diversos pilotos e o vencedor foi o Chico Landi, carros estes que têm tudo a ver com a cidade, por isto, a imagem no filme abaixo com o Chico Landi sendo carregado por populares.

Além destas provas, houve uma outra num circuito oval que saía da rodoviária, fazia o retorno perto da Catedral e retornava, vencida por um Aero Willys.

Portanto, o vencedor da prova principal não foi o Chico Landi e sim o Jean-Louis Lacerda Soares (até que provem o contrário), o qual faz um relato interessante sobre esta prova e os conselhos que recebeu nos bastidores de um hotel do grande Juan Manuel Fangio de como teria que fazer para vencer a referida corrida.

Jean-Louis, em 1960 teve sua estréia nas pistas pilotando uma Ferrari Monza. Com a Testa Rossa, venceu a prova em um circuito de rua na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e o "Grande Prêmio Presidente Juscelino Kubitscheck", prova que integrou as comemorações oficiais da inauguração de Brasília “O circuito era sem graça, mas foi uma corrida muito especial pelo momento histórico e também porque recebi o troféu das mãos de Juan Manuel Fangio”, recorda.

Jean-Louis também disputou a Mil Milhas Brasileiras por duas vezes em parceria: uma com Chico Landi em uma carretera Chevrolet e outra com um Fiat com Emilio Zambello. Parou de correr em 1962.

Vejam o filme e o relato Jean-Louis Lacerda Soares ,que é grande, mas vale a pena.

A Ferrari Testa Rossa

O RELATO DO JEAN-LOUIS LACERDA SOARES:

"Nunca imaginei que a história da minha Ferrari 1958 pudesse interessar a mais do que dois ou três amigos durante um jantar. Mas, pensando bem, acho que de fato ela é, no mínimo, original e com um desfecho que supera qualquer fantasia.

Com ela participei da corrida que fez parte dos festejos da inauguração de Brasília, em abril de 1960. Ou melhor, embora disputado nas avenidas de um Plano Piloto ainda em obras, o Grande Prêmio Presidente Juscelino Kubitschek era seu principal evento. Houve desfiles, convidados e autoridades do mundo todo e intensa cobertura nacional e internacional.

Na véspera, de casaca, participei do jantar de abertura oferecido pelo presidente no Hotel Brasília Palace, do qual o argentino Juan Manuel Fangio era o convidado de honra. Correndo de Alfa Romeo, Maserati, Ferrari e Mercedes-Benz, Fangio tinha acumulado a essa altura cinco títulos de campeão mundial. E eu, com 29 anos, tinha uns dois anos de experiência em provas oficiais no Brasil. Com a Ferrari Testa Rossa que pilotaria no dia seguinte na nova capital, eu tinha no currículo algumas vitórias, como o primeiro lugar no circuito de Pirajuí, no interior de São Paulo, e na Barra da Tijuca, um bairro à época ainda em construção no Rio de Janeiro.

Tive a sorte de me sentarem ao lado de Fangio. Ele, muito simpático, me contou sobre corridas, riscos que enfrentou, lealdade e deslealdade de adversários. Eu, embevecido, só ouvia. Terminado o jantar, ele sugeriu prosseguirmos a conversa no bar do hotel. E foi ali que ele me disse, com a maior naturalidade: “Se você quiser ganhar amanhã, eu te digo como.”

Ouvindo-o com a atenção que um aluno prestaria a uma aula particular de física dada por Einstein, só consegui dizer que sim, claro. Fangio continuou: “Tenha calma, deixe os outros passarem você com a afobação da largada e da briga pela ponta. Após dez ou doze voltas, ninguém terá mais freio, com aquelas retas enormes.”

Aqui, cabe uma explicação. Naquele tempo não havia freios a disco. Os freios eram a tambor e, quando esquentavam, perdiam eficácia. Tinham de ser poupados ao máximo. Fiz o que ele mandou. Apavorado, mas fiz. Fui deixando todo mundo passar e ficando para trás. E vendo meu pessoal no boxe fazer sinais de que não estava entendendo nada.

Até que, como Fangio previra, os outros começaram a frear cada vez mais longe das curvas. Alguns, quando tentavam frear mais perto, saíam da pista. E eu fui passando, passando, descendo uma reta, freando, passando para outra faixa, sem o menor esforço ou risco e... ganhei! Ou melhor, o Fangio ganhou.



A prova em comemoração a inauguração de Brasilia em 1960

Fui chamado ao palanque pelo presidente Kubitschek, que me agradeceu (Por quê?!) e me premiou com um relógio. Fui fotografado, entrevistado, abraçado, uma loucura. Os jornais e a tevê deram enorme destaque à notícia.

Para coroar, houve uma cerimônia nos estúdios da Rádio Nacional em que Fangio me entregou a taça! Ele me abraçou e disse: “Você tem mãos de profissional.” Me senti como um soldado raso a quem Napoleão, depois de uma batalha, tivesse dito: “Você é um bravo!”

Na hora não me dei conta de que, além de pentacampeão de automobilismo, ele era também um pentacampeão de gentileza. Assim foi a corrida, vencida por quem não participou dela, num circuito sem qualquer característica que o torne remotamente merecedor do nome.





Atualizando: depois de rever o video várias vezes e fazer a comparação entre os carros, acredito que a Ferrari pilotada pelo Jean Louis é a que eu extraí do próprio video e nº 80 e não 81, comparando com a amarelinha restaurada e vendida por mais de dez milhões de dólares.
Jean-Louis Lacerda Soares (carro 80), liderando o "Grande Prêmio Presidente Juscelino Kubitschek" em 1960. Arquivo: Jean-Louis Lacerda Soares

Agora vamos ao desfecho, que é o destino daquela Ferrari 250 Testa Rossa Pontoon Fender, uma história que nem mesmo o maior dos mentirosos teria coragem de inventar.

Tive, na minha escuderia, duas Testa Rossa. Quando parei de correr em 1962, vendi a que me restava por 2 mil dólares – equivalentes, em dinheiro de hoje, a pouco mais de 14 mil dólares. Logo depois, um rapaz a partiu em duas contra um eucalipto em Interlagos. O motor foi parar num barco. O chassi e o resto da carroceria, num canto de garagem.

Normalmente a história terminaria aqui. Mas não com a Ferrari. Alguns anos depois, recebi o telefonema de um senhor, que disse estar à minha procura fazia tempo. Ele havia comprado o motor, o chassi, o que havia sobrado da carroceria e recuperado o carro. E me perguntou se eu tinha alguma prova ou documentação que identificasse a Ferrari como sendo uma Testa Rossa, pois sua suspensão traseira era diferente. Sim, respondi, era uma suspensão De Dion, instalada a meu pedido, por ser mais adequada aos circuitos brasileiros.

Eu lhe disse que tinha fotos e textos de jornais confirmando o pedigree. Como eu iria a Paris dali a pouco, levaria comigo a papelada. O interessado era gerente do Berkeley, um centenário hotel de cinco estrelas em Knightsbridge, Londres, e me agradeceu efusivamente (logo veremos que tinha razões para isso). Convidou-me para ir a Londres, para conversarmos.

Aceitei. Lá chegando fui instalado numa suíte do tamanho de um aeroporto, e fomos jantar. Ele contou que iria tentar certificar a Ferrari como Testa Rossa – quer dizer, “Cabeça Vermelha”, porque vermelha era a cor com que a Ferrari passara a pintar a tampa do motor – e explicou que, uma semana antes, uma delas fora vendida pela Christie’s, em Monte Carlo, por 800 mil dólares! Se conseguisse...

Passados quase cinquenta anos do Grande Prêmio de Brasília, os jornais de 2009 noticiaram a venda de uma Testa Rossa igual à minha no leilão “Leggenda e Passione”, em Maranello, o berço da Ferrari no norte da Itália. Fora arrematada por 11 milhões e 400 mil dólares, batendo todos os recordes mundiais em leilões de automóveis. E isso, sublinhou na época o leiloeiro, “em meio a uma das piores recessões econômicas desta era”.

Tratava-se de uma Ferrari Pontoon Fender, mesmo modelo que passei adiante com deságio de 81 400% nos anos 60, e do qual apenas 21 exemplares foram produzidos pela fábrica italiana na época em que os pilotos amadores começavam a ceder lugar nas pistas aos corredores profissionais, contratados por grandes marcas e apoiados por patrocínios estratosféricos. Era “um carro de Fórmula 1 com para-lamas”, segundo seu designer Sergio Scaglietti, autor de várias outras carrocerias clássicas da Ferrari.

O nome Pontoon Fender vinha dos para-lamas dianteiros criados por Scaglietti, salientes como flutuadores de hidroavião. Pelos critérios da RM Auctions, o leiloeiro de automóveis para colecionadores que vendeu a Testa Rossa recordista, trata-se de “um dos mais belos desenhos automotivos de todos os tempos”.

Desde o ano passado, contudo, vejo que no catálogo da mesma RM a frase acima descreve a Testa Rossa número 0738/TR – a “minha” Ferrari.

Ela voltou a ser amarela. Não traz mais no capô o emblema da Escuderia Lagartixa (pronuncia-se “largatisha”, segundo o catálogo). Lagartixa foi meu apelido de corredor, antes que eu passasse a me inscrever nas provas com o nome de batismo.


Aqui a Ferrari Testa Rossa que pertenceu ao Jean num festival de A 250 TR (0738TR)no Goodwood Revival em 2007.

Parece nova em folha, depois de rodar várias décadas como Ferrari GTO cupê.

Recuperou a carroceria de Scaglietti, refeita à mão nas oficinas do restaurador David Cottingham, da Inglaterra. “Não dá para superestimar o quão original e intata esta Ferrari se encontrava antes da restauração”, ressalta o catálogo da RM.

A 0738/TR foi a leilão no ano passado em Monterey, na Califórnia. Recebeu uma oferta de 10 milhões e 700 mil dólares. Mas a RM se recusou a bater o martelo por menos de 12 milhões de dólares.

Realismo mágico é isso aí".


Obs: Blog é um somatório de informações. Como foi uma prova realizada a mais de 50 anos, quem tiver informações para somarem a este post, agradeceria.

(o texto me foi encaminhado pelo Ricardo Melo e extraído da Revista Piauí(fotos, reprodução, Vídeo You Tube)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

VIDEO PARA O ENCONTRO NACIONAL DOS PUMAS


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Neste domingo passado, o Puma Clube de Brasília,o Puma Clube de Goiânia e Pirenópolis se reuniram no Pontão do Lago Sul para a realização de um vídeo pela UnB TV para a divulgação do Encontro Nacional dos Pumas que será realização aqui em Brasília nos dias 15 e 16 de outubro deste ano.

Além da confraternização entre os pumeiros destas cidades, tivemos a oportunidade de vermos a nossa força para a realização deste evento com presença de associados do Veteran Car Clube de Brasilia, do Museu do Automóvel de Brasília e dos antigomobilistas da cidade.



No Pontão do lago sul, o almoço e o chopinho

Agradecimento muito especial ao Puma Clube de Goiânia e Pirenópolis que se locomoveram de suas respectivas cidades atendendo a um pedido nosso; aos nossos pumeiros aqui da cidade; ao Dário da UnB TV; ao Museu do Automóvel de Brasília, em especial ao Curador deste museu, Roberto Nasser, que trouxe o GT Malzoni bege conduzido pelo Linhares para exposição; ao Renato Malcotti, proprietário do outro GT Malzoni Branco e que me proporcionou uma surpresa emocionante, pois tive o prazer de dirigir o seu GT Malzoni pelas ruas da cidade quando do nosso desfile do Pontão até o estacionamento do STF.

Chique, não!!! Reunir dois GTs Malzonis num evento para a realização de um video, nos enche de orgulho, pois, se não me falha a memória, existem apenas 6 máquinas destas funcionando no Brasil.



Saindo para o passeio até o STF (fiquei um pouco perdido, pois a terceira era a quarta e a quarta era a terceira)

Foi através do Departamento de Competições da Vemag que encomendou a construção de um carro competitivo para fazer frente às Berlinetas Interlagos que já dominavam o cenário do automobilismo nacional, época, em que, as fábricas investiam muito nestas competições automobilísticas, nascendo assim,o Puma DKW e os Pumas Volkswagens.

Mas para quem viveu esta época romântica do automobilismo Brasileiro como eu, andar numa máquina destas que povoou o meu imaginário e de muitos amantes do automobilismo brasileiro, me fez sonhar e viajar no tempo e me sentir um Marinho, um Anisio Campos, um Normam Casari, ou mesmo um Volante 13, malucos maravilhosos que ousaram andar em pistas de ruas sem nenhuma segurança ladeados por postes, árvores e um muro humano de curiosos que assistiam estas corridas, como aconteciam aqui em Brasília.



Jovino e o Ernestinho voltando para devolver o GT Malzoni quando fomos surpreendidos por uma chuva forte quando passávamos pela ponte JK.


Jovino, Genaro, Jânio, Odilon, Zé Maria, Mineiro e seu filho





Os GTs Malzonis expostos





a turma toda reunida no estacionamento do STF

(videos e fotos, aquivo pessoal)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

QUIZZ AUTOMOBILISMO BRASILIENSE

Mais um quizz, este de pilotos brasilienses que se aventuraram no automobilismo lá pelo final da década de 70.

O opalão 55 é de um piloto muito amigo de um piloto famoso aqui da cidade e o outro andou correndo com o maveco nº 10 da Thomsom e em vários carros e categorias e acelerava muito.

E os outros carros?

Para onde o opalão está querendo ir? Um novo traçado?


Saudades desta época de puro automobilismo e autódromos cheios.


Aqui já no autódromo Internacional Nelson Piquet. Uma prova de longa duração e que teve um piloto brasiliense na Pole Position.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CORRIDAS DE KARTS EM BRASILIA

Quando cheguei na Capital Federal, em 1965, já trazia a paixão pelo automobilismo e motociclismo.
Acompanhei de perto, na Av. Goiás, em Goiânia, provas de lambretas e vespas todas peladas e o piloto que já começava a se destacar era o Edmar Ferreira, que viria a se consagrar, nacionalmente e internacionalmente.
Em Brasilia, as corridas de rua já eram tradicionais desde 1960 quando da inauguração da nossa cidade com uma prova no eixão sul vencida pelo Chico Landi pilotando uma Maserati.
O kart surgiu na minha vida nas provas que eram disputadas no estacionamento da antiga Fonte Luminosa, ao lado da Torre de Televisão.

Juarez e Nelson Piquet

Lembro-me do Alex Dias Ribeiro, balançando o seu kart para poder misturar o combustível que ele estava testando, mas que não foi aprovado, pois o kart dele não estava andando bem.
Zé Alexandre estreando no Kartismo

Outros lugares também haviam disputas de karts, como o estacionamento do Estádio de Futebol, ao lado do Autódromo, acredito, que no final da década de 70 com um desenho de traçado que foi levado para o Kartódromo do Guará.
Zé Alexandre e sua primeira vitória ladeado por Roberto Moreno e Ortega
Mas não me recordo do circuito da Cenabra, hoje mais conhecido como Feira dos Importados.
Zé Alexandre e Carlos Cesar
Enfim, Brasilia, desde muito cedo, já era um celeiro de grandes pilotos.
Juarez e Zé Alexandre
As fotos abaixo, verdadeiras raridades, me foram enviadas pelo Tadeu http://www.tadracing.com/que tem um ótimo Site sobre o Kartismo Brasiliense.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CHRISTIAN HEINS

Christian Heins, já no início da década de 60 era considerado um dos pilotos jovens mais promissores brasileiros e já se destacava na Europa, mas um acidente nas 24 horas de Le mans de 16/06/1963 pilotando um Alpine M63 Renault nº 48 - 996cc - Cat. Prot. abaixo de 1.150 - encerrou prematuramente aquele que poderia ter sido o primeiro piloto brasileiro a ser campeão em grandes categorias Européias.

O Alpine M63 em que ele sofreu o acidente fatal em Le Mans feito em escala em sua homenagem


Abaixo, a revista Quatro Rodas de 1961 já fazia um prognóstico dele como um futuro campeão.



(Clique na foto para ler a matéria)


(Fotos e matéria, revista Quatro Rodas- a dica foi do Ruy Donizeti)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

REMINISCÊNCIAS BRASILIENSES - HOT DODGE

Com o terrível acidente sofrido pelo Robert Kubica numa prova de Rally no início do mês, me veio na memória um momento muito delicado na época da categoria Hot Dodge aqui em Brasilia, quando houve um grave acidente sofrido pelo Oswaldo Toller Junior, que descrevo abaixo:

Estávamos reunidos numa bela manhã de sol no autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília, no verão de 82 e batendo um bom papo, quando apareceu o nosso amigo Viana e nos pediu ajuda para que pudesse comprar um carro.

Aí o Cesarino disse que tinha um amigo dono de uma agência de carros que ele poderia indicar, mas o Viana retrucou que ele estava interessado era em comprar um Dodge de corrida.

Todos ficamos com uma indagação na mente se ele realmente poderia participar da categoria, pois o Viana tinha um problema de visão e imaginávamos que ele não poderia pilotar um carro em alta velocidade.

Enfim, o Viana comprou o tal Dodge e o pintou nas cores do seu clube do coração, que é o fluminense.

Participou de algumas corridas e andou até bem e o ano se findou. Em abril do ano seguinte, os pilotos estavam com uma fome danada para acelerar e eu peguei o meu Dodge e fui para o autódromo.

Viana e o Dodge que sofreu acidente sendo todo destruído pilotado pelo Toller Junior

Dei uma volta de reconhecimento e fiquei um pouco assustado com o que vi. A administração do autódromo havia retirado algumas lâminas do Guard-Rail para serem trocadas exatamente na curva 1, ou curva da vitória, e ficou aquele espaço enorme que dava para entrar uns 4 Dodges e uma lâmina superior ficou apontada para a gente.

Confesso que fiquei apreensivo e imaginando que se alguém desse uma escorregada ali e batesse na lâmina, as consequências poderiam serem terríveis.

Voltei para os boxes, parei o carro e falei para o pessoal, mas ninguém deu a mínima.

O Viana estava todo radiante, pois teria comprado um carburador “canhão” do OswaldoToller Junior, que era o bicho papão da categoria Hot Dodge e o estava esperando chegar. Passou alguns minutos e o Junior apareceu com o carburador e 2 mecânicos e o instalaram no Dodge do Viana.

Como estava todo mundo fissurado para andar, o próprio Junior pediu para testar o carro e saiu para a primeira volta e logo retornou ao boxe.

Pediu para fazer mais alguns ajustes e saiu a toda acelerando forte e vinha descendo o mergulho em direção a bruxa, saiu com força e motor cheio na reta oposta reduziu e contornou o cotovelo em direção a curva do placar, jogou uma terceira e saiu com a traseira dando uma leve escorregada controlada, subiu o giro e mandou uma quarta e foi em direção a curva da vitória, jogou novamente uma 3 e deu uma quebrada de leve, acelerou forte e ouviu-se um estrondo muito forte de onde nós estávamos.

A curva 1, ou curva da vitória onde o Toller Junior bateu o Dodge do Viana depois de um pneu estourado.

Um pneu acabara de estourar ali naquela curva, onde eu temia por algum acidente e ele entrou exatamente onde estava a lâmina do guard-rail exposta. Deu uma porrada muito forte que chegou a tremer o guard rail em frente a arquibancada coberta e uma poeira enorme encobriu o carro. Todos nós saímos correndo em direção àquela curva para socorrer o Junior que ficava a uns 200 metros dos boxes. Chegamos lá exauridos de cansaço, quando nos deparamos com uma cena horrível: o carro estava com a frente toda destruída e a tal da lâmina estava toda dentro do carro encostada no pescoço do Junior.

Como estávamos tendo dificuldades para abrir a porta, entramos pela janela mesmo. O Junior estava desmaiado e eu temi pela vida dele. Conseguimos soltar os cintos, o retiramos e o colocamos deitado na grama.

Não havia médico, nem bombeiro, nem socorro algum e o desespero começou a tomar conta de todos, mas ele começou a recuperar a consciência e aparentemente estava bem até se levantar ainda meio zonzo e nós vimos que ele estava realmente bem.

A sua sorte foi que o Viana, como a maioria dos pilotos da categoria daquela época, usavam os próprios bancos dos carros e ele cedeu para trás e quebrou inclinando com a pancada, tornando-se uma espécie de cama e a lâmina não o pegou no meio do peito por um milagre.

Depois que o socorremos, fomos ver os estragos do carro. A frente, principalmente, o lado do piloto, estava toda destruída e descobrimos a causa do acidente. Pasmem, o pneu que o Viana usava no carro era recauchutado e estava bem ressecado e frisado, comprado em um borracheiro de um posto qualquer da asa norte.

Graças a Deus, o Junior só teve escoriações e luxações pelo corpo e depois deu de presente para o Viana uma carcaça de um Dodge 4 portas como forma de ressarcir os prejuízos causados no seu carro, pois ele já tinha comprado um opala tinindo de novo para correr na Turismo Força Livre, naquele ano, e desgraçadamente, no treino de sua primeira corrida da TFL, ele escapou na mesma curva, bateu, capotou e destruiu todo o carro.

Abaixo, a reconstrução do acidente de Roberto Kubica

(Fotos, Carlos Marques e Viana, Video, You Tube)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

LUIZINHO PEREIRA BUENO NOS DEIXOU

Mais uma triste notíicia: Luizinho Pereira Bueno, o Peroba, faleceu hoje, às 7 horas da manhã em sua casa, em Atibaia/SP.

Para mim e para muitos entendidos, um dos maiores pilotos de todos os tempos e vencedor em todas as categorias em que passou.

Tive o prazer de vê-lo tocando nos mil Quilômetros de Brasilia de 1968 quando venceu a bordo do Bino Mark e depois sua tocada magistral no autódromo improvisado do Pelezão a bordo do Porsche 908 dando apenas algumas voltas e posteriormente vencendo pilotando um Porsche 910.

Que descanse em paz juntamente com um monte de amigos que estão no andar de cima.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

AUTOMOBILISMO ARGENTINO - FORMULA 4

Mais raríssimas fotos do que seria a Formua 4 Argentina com motores Renault de 850cc no Autódromo de Rafaela nos anos 60/70.
Esta é uma categoria que existe até hoje na Argentina com calendário com várias provas e os carros usam hoje motores Renault 1300 - 1400 e 1600, além do Audi 1.6.



















A categoria em 2011 com opção de se usar motores Renault de 1.300, 1.400, 1.600cc, além dos motores Audi de 1.600cc.

(Fotos, do acervo do Fernando Ramos)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

MORRE GARY MOORE

Triste notícia para os amantes do Rock: foi encontrado morto neste domingo, na Espanha, um dos grandes guitarristas que o rock produziu nos últimos tempos, Gary Moore.

O guitarrista nasceu em Belfast, Irlanda do Norte, em 4 de Abril de 1952, tendo começado a sua carreira musical no início dos anos 70 e se destacou em grandes bandas como «Skid Row» e poucos anos depois passou a integrar a legendária banda Thin Lizzy.

A carreira solo tornou-se significativa depois de 1979, com o disco «Parisienne Walkways», ao que se seguiram outros trabalhos de sucesso como «Wild Frontier» (1987) e (1987).

Em 1994 passou pela banda «BBM», mas retomou a carreira solo e gravou discos como «Dark Days In Paradise» (1997), «Back To The Blues» (2001), «Power of the Blues» (2004) e «Live at the Monsters of Rock» (2003).

Em Agosto de 2005, alguns membros do Thin Lizzy, incluindo Moore, deram um concerto em Dublin.Os últimos trabalhos gravados em estúdio pelo guitarrista foram "Old New Ballads Blues" (2006) e "Close as you get (2006)".

Para os fãs ou não do Blues, vale a pena dar uma olhada nesta apresentação dele em show ao vivo em uma casa noturna juntamente com o BB King, quando ambos duelaram em "The Thrill is Gone", grande sucesso de BB King, quando o mestre do Blues disse: "você hoje está tocando muito, meu filho.


(Video, You Tube)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

LIVRO DO LUIZINHO PEREIRA BUENO

É com grande satisfação que anunciamos o lançamento do livro do nosso querido Luizinho Pereira Bueno - Paixão e Técnica ao volante. Quem quiser adquirir o livro é só entrar no link abaixo: Pedimos a ajuda de vcs que divulguem nos seus mailing para juntos podermos fazer uma grande corrente em favor do nosso querido Peroba.

http://www.luizpereirabueno.com.br/index.php




(Fotos, reprodução)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

QUIZZ DE PILOTOS

Estou com ótimo material para ser postado aqui, mas como exige mais tempo para pesquisar e fazer algo interessante, e tempo é o que eu não estou tendo no momento, vou de mais um Quizz, que, geralmente, são para sabermos a respeito de carros e pistas.

Mas este é diferente:

Quem são os pilotos das fotos?

Tem ex-piloto da Formula 1, que por sinal, nunca havia visto uma foto dele, da Formula 3, piloto goiano, paulista, do sul, etc.






(Fotos, do acervo do Fernando Ramos)