domingo, 30 de setembro de 2012

KIZZZ BRASILIENSE ESPECIAL

Turismo Força Livre no início dos anos 80.
 
Quem é o piloto que está tocando o opalão da TFL e quais foram os outros pilotos brasilienses que correram com este carro da equipe Rotor?
 
A TFL foi uma das melhores e mais competitivas categorias que surgiu no final dos anos 70.
 
(foto, do Baú do Rafael Oliveira)

sábado, 29 de setembro de 2012

R.I.P HEBE

A grande interpretação de Hebe Camargo para uma música de Roberto Carlos mostra bem a força desta mulher, a diva da televisão brasileira que nos deixou hoje.
 


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

TEASER DO DOCUMENTÁRIO "A TURMA DA CAMBER "

Teaser de divulgação do documentário "Turma da Camber" que está sendo rodado em Brasília e São Paulo mostrando como era a oficina que revelou três pilotos brasilienses na Formula 1. A Fantástica História do Patinho Feio. Direção de Denilson Félix, produção de Renato Marques, fotografia de André Luís da Cunha, Arte de Pedro Daldegan e Montagem de Jackson Villela. Produzido por TMTA Comunicações. O Documentário será exibido no Festival de Cinema de Brasília do ano que vem e conta com depoimentos de vários pilotos, entre eles, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Alex Dias Ribeiro, e até eu, também faço um depoimento, e muitos outros que fizeram a história desta turma.
 


sábado, 22 de setembro de 2012

FORMULA VEE BRAZIL TESTA EM BRASÍLIA

O piloto Kenner Garcia treinou neste sábado em Brasília com o seu Formula Vee Brazil, carro concebido e construído pela equipe de Roberto Zulino e Joaquim Lopes Filho, o Mestre Joca, carro este que nasceu de uma série de discussões no Blog do Mestre Joca há alguns anos atrás.
Muita gente não levou muita fé que daquela discussão pudesse realmente nascer uma categoria de monoposto nos moldes em que existem em vários países da Europa e América do Norte.
A Formula Vee Brazil, após dois anos de sua criação, veio crescendo aos poucos, largando inicialmente com 8 carros e hoje chegou-se nas últimas provas com média de 25 carros.
O Kenner Garcia é piloto de Uberlândia/MG e entrou em contato comigo nesta semana e acertamos um teste no espaço de tempo entre os treinos e o almoço dos pilotos do campeonato brasiliense de motos.
Foram poucas voltas, e até eu, depois de 30 anos sem andar num carro de corridas, também dei algumas voltas.
À princípio eu me estranhei um pouco dentro de um formula, mas o carro é bastante confortável para um cara como eu com 1m86 de altura e 79 kg. O posicionamento do volante também é muito bom e as pedaleiras ficaram numa distância que me deixou também confortável, embora tenha estranhado no início das duas primeiras voltas, pois andei pisando no acelerador quando queria pisar no freio, mas isto deveu-se a falta de uma sapatilha adequada, pois estava usando tênis comum e ele é bem mais largo do que as convencionais sapatilhas, mas depois que peguei o macete, foi pura diversão.
O carro anda forte, embora a relação de marchas que estava equipando este carro era um pouco curta para o circuito de Brasília que é de média para alta.
No meio da reta dos boxes já estourava o giro e na reta do colégio militar também. Usei a quarta marcha na curva da vitória e na curva 1, pois não senti necessidade de reduzir, embora não estava andando para virar tempo.
O carro é firme na curvas, mas um pouco arisco, mas tudo isto é em função da adaptação do piloto ao carro, por isto, quando estava me animando a acelerar mais forte, depois de já estar passando as marchas no tempo certo e freiando nos lugares certos, acabei me animando demais e dando uma pequena rodada.
Pelo o que eu conversei com o Kenner na sua rápida passagem por Brasília (pois ele deu apenas 4 voltas e eu também 4), ele me afirmou que gostou do circuito de Brasília e o achou mais rápido do que o de São Paulo. Acredito que em Interlagos, que tem uma reta maior, mas grande parte dela é em subida e aqui a reta é mais em plano para descida.
Mostrei o carro lá no VCC para alguns pilotos e ex pilotos de Brasília, pois estava havendo um evento da Mercedes Benz lá e eles não puderam ir ao autódromo, e todos eles adoraram o carro. Até o Zeca Vassalo (Camber) também gostou muito do carro.
Enfim, quero parabenizar o Joaquim Lopes Filho, o Roberto Zullino, que acreditaram neste sonho de construir uma categoria de monoposto e com mecânica volkswagem a ar e fazer dela uma categoria consistente e de grande sucesso em tão pouco tempo.
Agradecimento muito especial também ao Kenner Garcia e sua equipe que me propiciou dar umas voltas no Formula Vee, à sua equipe, ao Clay Lopes, ao Joaquim Lopes Filho, e ao Zé Alexandre que intermediou para que a gente conseguisse um espaço no treino das motos com o Carlos, presidente da Federação de Motociclismo de Brasília, para podermos andar no autódromo Nelson Piquet com o Formula Vee Brazil.
Em outubro haverá Track Day e Regularidade de carros Antigos e Copa de Turismo aqui em Brasília e o Kenner já confirmou que virá andar aqui.
Se algum piloto de São Paulo quiser vir andar, testar o seu Formula Vee aqui em Brasília, será muito bem vindo, pois teremos o sábado todo para nós (a data ainda a ser confirmada é o dia 22).


 O Formula Vee Brazil já no autódromo Nelson Piquet. Kenner Garcia e Jovino
Veja como o carrinho é bonito. Aqui já com a configuração atualizada com rodas de liga leve e o conjunto de injeção eletrônica.
 O Formula Vee leva o nome de Naja
Ocupamos o último boxe. Aqui até me lembrei da época em que corrida na Hot Dodge. Este boxe era ocupado pelos pilotos de funcionários da Câmara dos Deputados com o um Dodjão preto número 77 e os caras tomavam todas antes das corridas e rodavam quase que em todas as curvas. Pura loucura.
 Esperando a pista ser liberada. 
 Na curva da vitória (veja que pelo fato de não chover em Brasília há muito tempo e o clima estar bem seco, o visual está meio desértico).
 Entrando na curva 1. Aqui dá para fazer a curva de 4ª marcha.
 Eu me adaptando ao cockpit do Formula Vee
e saindo para a pista. (repare que o capacete é preto e aberto, mas..., durante a primeira volta, o capacete quase saiu da minha cabeça, estava frouxo e a pressão do vento o jogou para tras...
 Tive que parar no boxe e colocar o capacete fechado ( o do Kenner)
   De volta à pista com o capacete branco do Kenner
Aroldo Lettieri (futuro piloto de Formula Vee) e amigo, o agora magrelo Claudio Gente fina que correu em Interlagos de Formula Vee e seu filho, o Kenner Garcia, um amigo e o seu chefe de equipe.
 Eu e o Kenner sentados nas rodas do Formula Vee e o mesmo pessoal atras.
Eu, filho do Gente Fina, Kenner, o chefe de equipe e amigo
 
Abaixo, dois vídeos: o primeiro é do Formula Vee estacionando no box e mostra detalhes da máquina.



O segundo está tremido e mal focado, mas dá para sentir o fórmula Vee andando em Brasília.

Esta foi a primeira volta do Kenner na pista e ele ainda estava conhecendo-a.
 


E para terminar, veja como é a categoria em São Paulo Hoje.

 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

LA MISIÓN ARGENTINA, 1969

A matéria abaixo é do Blog do meu amigo Mestre Joca sobre a famosa 84 Horas de Nurburgring, a mais longa corrida de endurance, realizada em 1969.

O representante argentino o Torino 380W chegou a liderar por 67 horas e só perdeu a prova por causa de uma punição que os Argentinos não engolem até hoje.

Mas  vamos ao relato do Mestre Joca:

"Um dos grandes prazeres que tenho neste espaço é quando os blogueiros sugerem e fazem a pauta do blog. Um dos mais assíduos é o misterioso Mr. M., que desta vez me encaminha material sobre talvez o maior feito internacional do automobilismo argentino, a participação de três automóveis Ika-Renault Torino 380W nas famosas 84 Horas de Nurburgring, em 1969. Relembremos então:

O Ika Renault argentina lançara o modelo Torino no final de 1966 e, apesar da excelência do carro, vendera pouco mais de 15.000 unidades em três anos. Num esforço de marketing encomendou a preparação de três Torino 380W ao mago Orestes Berta para participar das famosas 84 Horas de Nurburgring, a maior prova de resistência para carros normais de série (grupo 1) ou com preparação (grupo 2 e 3 FIA).


O Torino 380W em preparação na fábrica argentina.  





O embarque dos três Torinos para a Alemanha.

A equipe teria como chefe o lendário pentacampeão argentino Juan Manuel Fangio que comandaria seu sobrinho Oscar "Cacho" Fangio em dupla com Luis di Palma no carro nº1; Carmelo Galbato, Gastón Perkins e Jorge Cupeiro dividiriam o nº2 e o nº3 seria pilotado pelo trio Eduardo Rodriguez, Eduardo Copello e Oscar "Larry" Franco.

A concorrência era respeitável: Mercedes benz 220, BMW 2002 TI, Lancia Fulvia, Porsches 911, Volvo 142 e Triumph TR5 eram os principais oponentes do carro argentino. E eles não fizeram feio com seus motores de 3.8 litros, seis cilindros em linha, três carburadores Weber 45 horizontais, debitando coisa de uns 250 HP, e o acerto mágico de Orestes Berta.

O Torino #3 que ganhou mas não levou....

Apesar dos dois primeiros Torino desistirem por problemas mecânicos, o nº3 depois de exatos 9.119 km e 322 voltas no circuito de Nordschleife, terminava em quarto lugar na geral e primeiro na categoria, depois de liderar por 67 horas a competição e ser penalizado nas últimas horas em cinco voltas por reparos no escapamento. Mesmo assim foi o carro com o maior número de voltas completado, derrota que até hoje os argentinos não engolem muito bem.

Os Torinos 380W em Nurburgring

A prova foi inteiramente transmitida via rádio por toda a Argentina e, com sua proverbial verve melodramática, os locutores iam narrando as peripécias da corrida hora a hora, o que transformou a participação dos Torinos em verdadeiro épico e provavelmente o maior feito de um carro latino de série numa competição de caráter internacional.
 

Consagração de carros e pilotos em Buenos Aires.

De volta a Buenos Aires, carro e pilotos foram recebidos como verdadeiros heróis, com direito a passeata pelas ruas da capital portenha. Daí, começa a segunda novela, o fim que levou esses famosos carros. O Museu Fangio, em Balcarce, alega ter o autêntico Torino nº3, que venceu moralmente em Nurburgring e o expõe ao público, inteiramente restaurado.
 

Réplica construída sobre o primeiro Torino argentino.

Já o Torino nº2 desapareceu por completo, no seu lugar foi feito uma réplica utilizando para tal outro carro histórico, o primeiro Torino 380W construído na Argentina! Já sobre o Torino nº1 recaem as maiores dúvidas, com dois colecionadores argentinos clamando a posse do carro verdadeiro.

No momento que se aproximam as comemorações dos 40 anos do grande feito em Nurburgring, as polêmicas sobre a autenticidade do Torino 380W nº1 tomam o centro das discussões dos colecionadores e preservacionistas da história do automobilismo argentino".

Imagens raras desta prova no video abaixo: achei interessante estas duas partes das 5, a 4ª e a 5º, mas todas estão no You Tube.

Mas como o automobilismo naquela época mexia com o povo. Os pilotos e equipes são recebidos como heróis na argentina.


 


 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

KIZZZ PAULISTANO ESPECIAL

O retrato é raríssimo. Quem é o piloto da máquina abaixo?

Foi um dos maiores pilotos brasileiros e sempre correu com este numeral abaixo.

Mas nunca havia visto ele com um carro com esta cor?

Fácil de identificar!!!!


Atualizando em 19/09/12: como já houve a identificação do piloto Pedro Victor Delamare e seu opalão lá nos comentários, vai mais uma foto deste carro deste grande piloto.

Em 1973, mudou do azul para o amarelo para atender seu patrocinador, mas o mítico nº 84 estava, lá, no capô.

Foi com este carro que ele sagrou-se tricampeão brasileiro da Divisão 3, tendo proporcionado disputas eletrizantes com seu amigo Luiz Pereira Bueno, especialmente, no ano de 1972 onde o Peroba defendia a poderosa Equipe Hollywood (apesar de, no ano de 1973, ele ter utilizado a cor predominantemente amarela, devido ao patrocinador da Eletroradiobraz).


O duelo, citado acima, das feras Pedro Victor Delamare e Luiz Pereira Bueno, o Peroba.
Saudade não mata, mas mexe muito com a gente.

(fotos, reprodução Internet)

domingo, 16 de setembro de 2012

JÔ ENTREVISTA PIQUET EM 92 DEPOIS DO ACIDENTE EM INDY

Esta é a melhor entrevista do Piquet que eu vi até hoje.

A entrevista foi concedida para o Programa do Jô em 1992 quando ele ainda estava se recuperando do terrível acidente que sofrera em Indianápolis, e ele fala de sua recuperação, inclusive, mostrando algumas fotos dos pés acidentados. Fala também da Autotrac (Sistema de comunicação, telemetria e rastreamento de frotas) que ele estava montando no Brasil), além de muitas outras coisas, por exemplo: quando corrida na F1, segundo ele, existiam dois times, um para corridas e outro para os testes e os testes eram muito mais perigosos do que as próprias corridas, pois eles percorriam mais de 25.000 Km testando no limite dos carros, muitas vezes, a semana inteira e com peças usadas, enquanto que nas provas eles percorriam em torno de 8.000 km durante o ano.

Enfim, mais de 26 minutos de uma entrevista muito bem humorada com um apresentador que dispensa referência na arte de conduzir o entrevistado.





sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O MESTRE DO BLUES, B.B. KING AND ...

Eu adoro Blues

BB King - "The thrill is gone"
Guitar legends
Sevilla, Spain 1991




E a Lucile veio do céu...

O que acontece quando se encontram os maiores tocadores de Blues do Planeta? Muito Blues, é claro,  com Eric Clapton, BB King e George Benson -

"Rock me Baby"

Um ótimo final de semaqna para vocês.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

TÚNEL DO TEMPO - PROVAS DOS ANOS 60 -

Dois videos mostrando, para quem ainda não conhece, como era o automobilismo brasileiro no final dos anos 60. Sidney Cardoso importou o primeiro Ford GT 40, a lendária máquina que venceu as 24 horas de Lemans por três vezes seguidas impondo uma derrota que ficou marcada para sempre para a Ferrari. No video abaixo, encaminhado pelo próprio Sidney, mostra a sua primeira corrida no Brasil pela 4ª Etapa do Campeonato Carioca de Automobilismo em 1969. Autódromo do Rio de Janeiro.

No próprio video descreve os pilotos e personagens da prova.


2ª Etapa do Campeonato Carioca de Automobilismo de 27/07/1969 no Autódromo do Rio de Janeiro. Pilotos: Márcio De Paoli, Sidney Cardoso, Mário Olivetti, José Moraes Neto, Fernando Pereira. Carros: Lola T70, Alfa GTA, Lorena Porsche 2000cc, VW 1600 "Patinho Feio.

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

DO BAÚ DO FERNANDO RAMOS I - COPA CORSA REGIONAL

Lembro-me desta Copa Corsa quando a Chevrolet quis promover os Corsinhas, se não me falha a memória, com a mecanização 1.4 litros em diversas regiões brasileiras.

Aqui em Brasília, as concessionárias Chevrolet, como a CCA, a Jorlan, e acredito também, a SMAFF, cada uma delas patrocinavam uma quantidade X de carros.

E deu muito certo por algum tempo. Mais de 30 carros largavam para corridas aqui em Brasília e em Goiânia.

Depois eles fariam uma Copa Nacional reunindo os melhores de cada Estado e foi um grande sucesso enquanto existiu aqui em Brasília, e o autódromo estava movimentado como nunca.

Época em que o público prestigiavam o nosso automobilismo local.

Veja como era o Padock do autódromo Nelson Piquet. Não havia a cobertura dele ainda. Isto foi feito quando Nelson Piquet arrendou o autódromo.
Vejam que interessante: do lado esquerdo era onde ficavam os abafados apartamentos que os pilotos e mecânicos usavam e existiam várias "pontinhas" para se atravessar até onde ficavam as equipes com suas tendas. Depois da reforma do autódromo, estes apartamentos foram encobertos por terra, tornando-se uma área só e bem maior.
Este era um dirigente do nosso automobilismo. Seria o Dioni Rodrigues. Alí do lado de boné branco está o Jorge, que trabalhou por muito tempo na FADF.

 O autódromo literalmente cheio e os corsinhas preparando-se para a largada.

Estou encucado com esta curva. Seria a curva 1!!! Mas tem tanto mato que me parece o final da reta do autódromo de Goiânia. Mas acho que é Brasília mesmo.

Naquela época, que não é tão distante assim, havia até a banda do Corpo de Bombeiro e da PM que tocavam o Hino Nacional Brasileiro antes das provas. Ato de civismo que não existe mais.


Veja a área ao lado das arquibancadas cobertas. Ali havia um grande espaço todo verde. Com a reforma feita pelo Piquet, foi aumentada a área de escape.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

DIONÍSIO DELLA PENNA, O COQUEIRO, NOS DEIXOU


Esta é uma pequena homenagem que o Mocambo Blog faz para um dos mais queridos e respeitados mecânicos da primeira geração que habitou Brasília nos primordios dos anos sessenta, quando afloravam a juventude que veio para a recém inaugurada capital federal e que eram carentes de lazer, fazendo das largas avenidas da cidade, um local para praticar os primeiros peguinhas,  e o mestre Coqueiro, fazia o "veneno"  dos muitos DKWs, Gordinis 1093, Berlinetas, Simcas, Fuscas e tantas outras máquinas que desciam o circuito do Hotel Nacional, que outrora, fora o local onde a juventude brasiliense aprontavam das suas antes de irem para as boates e os barzinhos da moda para tomar umas e outras e contarem vantagens.

E O BELO RELATO DE CARLINHOS PONTUAL

"Por razões outras além de envenenar a vemaguet normalista do meu velho para os pegas regados a conhaque dreher nas madrugadas congelantes do Hotel Nacional,  eu ia muito à oficina do Coqueiro e à do Gastone, quase sempre na companhia do Luizinho Federal e do Pimentel, para buscar aculturação, pura aculturação, enquanto, claro, fazia hora para assinar o ponto no Bar do Porto. Giovani e Plínio ainda mijavam nas calças quando aprendi, por exemplo, que o Coqueiro, na condição de Dionísio, era o deus do vinho, filho do próprio Zeus com a mortal Sêmele, e que tocava sete instrumentos nas alegres bacanais das colheitas gregas (com o Cesinha de vez em quando fazendo solo na gaita). Aprendi com os dois (o Coqueiro e o Gastone) a curtir ópera (ópera!), que antes odiava, exercitando o ouvido com a bela ária da Musetta de La Boheme na surrada vitrola telefunken do Gastone com agulha de diamante. E, enfim, é dessa mesma vitrola do Gastone na nossa longínqua 114 que me vem a marca musical da figura divina do Coqueiro, e da sua saudade,  representada por uma música que colocavam às vezes no final da tarde e que cantavam juntos, abraçados,  como se realmente houvesse uma Marilu na vida de ambos. Era quando até o sisudo Waldir Lomazzi, o mosqueteiro mais novo, olhava disfarçadamente pro teto e entrava no ritmo, imaginando que ninguém estivesse notando.
Consegui localizar na Internet a gravação original da música do Mario Lanza a que me referi, que ora repasso aos amigos do inesquecível Coqueiro.
Abraços !
Carlinhos Pontual"



Além de grande mecânico, Coqueiro também era um grande músico. Veja o vídeo abaixo, a turminha dele reunida. Coqueiro está à esquerda com o seu Bandolin e Waldir Lomazzi (que participou da construção do Elgar GT 104),  à sua direita com o outro Bandolim. Eles executam "Murmurar da Cachoeira" um belo chorinho que marcou a vida deles.


 Esta, segundo o Ricardo, o músico do violão de sete cordas, foi a última apresentação do Coqueiro e com o vocal do Waldir Lomazzi. Muito legal este vídeo.  

O SONHO BRASILEIRO NA FORMULA 1 NO SALÃO NEGRO DO CONGRESSO NACIONAL

As fotos abaixo, com exceção da primeira, são do arquivo pessoal do meu amigo Fernandinho "Lorena" Lapagesse.
Lançamento do Copersucar Fittipaldi no Salão Negro do Congresso Nacional.
As crianças que aparecem nas fotos são os seus filhos, Ana Cristina e Luiz Paulo, como prova de que o "virus da ferrugem" já estava contaminando novas gerações.
"Depois de 356 dias de trabalho, desde a reunião na casa de Wilsinho, em 25 de outubro de 1973, o primeiro carro de Fórmula 1 brasileiro foi apresentado em grande estilo no Salão Negro do Congresso Nacional, com a presença do então presidente Ernesto Geisel. Wilson Fittipaldi Júnior partiu do nada e conseguiu vender seu sonho a um patrocinador por dois milhões de cruzeiros (atuais 3,063 milhões de reais) para começar a tornar realidade o primeiro carro brasileiro de Fórmula 1.


Na pré-história do computador, 18 pessoas trabalharam em regime de tempo integral para cumprir o cronograma de 10 meses. Gastaram 108 quilos de papel vegetal em 4.000 desenhos de suspensão traseira, 140 da dianteira, 280 do chassi monocoque e milhares de plantas de peças avulsas.

Aqueles que achavam que o carro brasileiro seria uma simples cópia disfarçada de algum protótipo daquele ano, ou uma mistura dos Fórmula 1 da época, surpreenderam-se ao deparar com um F-1 moderno, no mínimo diferente da mesmice existente. Se ia dar certo, era uma questão de testes, muitos testes, para concorrer com os europeus.

O Fitti FD-01 surpreendeu na apresentação. Era um carro sem dúvida bonito, muito mais aerodinâmico que qualquer outro da categoria e com grandes inovações no sistema de refrigeração. O radiador, não exposto, reduzia a área de atrito contra o vento, e as tomadas de ar, embutidas na carroceria, contribuíam para dar mais penetração aerodinâmica ao novo modelo".

SEUS RESULTADOS

"Aos que teimam em lembrar da Copersucar, depois Fittipaldi, como um capítulo risível da história da F-1, alguns números são esclarecedores. Na temporada de 1980, por exemplo, o time brasileiro terminou o campeonato com 11 pontos, em oitavo lugar. A Ferrari ficou em décimo, com oito. Dois anos antes, a equipe ficou na frente de McLaren, Williams, Renault e Arrows no Mundial de Construtores. E Emerson Fittipaldi, que juntou-se à Copersucar em 1976, marcou um ponto a menos que Gilles Villeneuve, da Ferrari.
Nas oito temporadas que disputou, a Copersucar-Fittipaldi acumulou 44 pontos em 104 GPs. Foram três pódios, o mais comemorado deles em 1978, um segundo lugar de Emerson no Rio. Nenhuma vitória, mas dezenove presenças nos pontos, numa época em que apenas os seis primeiros marcavam.
Para comparar: a Jaguar encerrou suas atividades em 2004 com 49 pontos e dois pódios em 85 GPs. Era a equipe oficial da Ford. A Prost somou 35 pontos em 83 corridas, também com três pódios. A Sauber, em 206 largadas, conseguiu apenas seis pódios. Pelos padrões vigentes, pois, a Copersucar-Fittipaldi, hoje, se mantivesse o mesmo desempenho de sua época, estaria ranqueada facilmente entre as chamadas equipes intermediárias.
Nos seus oito anos de vida, a Copersucar-Fittipaldi teve na sua folha de pagamento, além do bicampeão Emerson, o projetista Adrian Newey, hoje na Red Bull e com passagens na Williams e McLaren, Keke Rosberg, que seria campeão pela Williams em 1982, Harvey Postlethwaite, projetista que depois trabalhou na Ferrari e na Tyrrell, e Jo Ramirez, uma espécie de faz-tudo que teve papel importante na logística da McLaren nos anos 80 e 90".


O Presidente Ernesto Geisel ao lado de Wilsinho Fittipaldi
 Luiz Paulo, filho do Fernando Lapagesse


 Ana Cristina e Luiz Paulo

domingo, 2 de setembro de 2012

REGULARIDADE E TRACK DAY DE CARROS ANTIGOS

O autódromo Nelson Piquet recebeu os antigomobilistas para mais uma etapa da Copa de Regularidade e Track Day de Carros Antigos realizado neste domingo.

As mais variadas marcas de carros antigos como Fuscas, Pumas, Dodges, Opalas, DKWs, Gurgel, Maverick, Karmann Ghia TC, Caravans, Corcel e até um belíssimo Camaro, entre tantos outros numa bela manhã de muito sol.

Abaixo, algumas fotos e filmes deste evento que teve o apoio do VCC de Brasília com a organização da FADF.

 As máquinas saindo para o início da prova

 Velhos e bons tempos me fez lembrar este Dodjão
  O puminha do Paulo que andou na Regularidade chegando na segunda colocação
 O Belo Camaro do Renato
Os dois já duelaram no passado

 

 O Mavecão do Marcão


 A dupla mais famosa do Track Day de Brasília, As penélopes Charmosas Pola e Magda da Equipe Speed Bola and Magda.
 O belo Caravan do Roberto Costa
  Speed Pola e Magda acelerando na frente do Caravam

 O Karmann Ghia TC do Felipe
 O jovem Mattos, representante dos fumacentos
Veja o video abaixo com os carros entrando na pista.