domingo, 2 de maio de 2010

MIL KM DE BRASILIA DE 1968...

Um material muito legal sobre os Mil Km de Brasilia de 1968 foi postado pelo meu amigo Mestre Joca algum tempo atrás. Com sua autorização, replico aqui o post, escrito por ele na primeira pessoa. Espero que gostem:

"Assim como paulistas, cariocas e gaúchos tinham as Mil Milhas Brasileiras em Interlagos, nós, humildes mortais do Planalto Central, tínhamos os Mil Quilômetros de Brasilia - ou suas anteriores versões intituladas de 12 Horas - como o momento máximo do automobilismo local. Era a oportunidade de vermos os volantes (como se dizia na época) locais e seus carros em confronto direto com o que de melhor havia no Brasil da época.

A edição de 1968 - minha segunda corrida "oficial" - se revestiu de uma especial importância pela estréia ou apresentação de alguns carros que marcariam nossa história: a estréia e primeira vitória do Bino Mark II com Luis Pereira Bueno e José Carlos Pace, a apresentação da nova versão fechada do Fitti-Porsche (vejam numa brevíssima passagem aos 31 segundos !), as BMW 2002 TI no Brasil, a brilhante participação do Fusca Cascão/Brasal de Carlão/Tito Passarinho (6o. lugar) que começaria a mudar a história dos VW nas corridas brasileiras, o Alfazoni, os patinhos feios Camber e Achcar, além da habitual legião de Alfas JK, DKW, Gordini e Berlinetas Interlagos.



Daí vem o Dú Cardim e numa especial cortesia do Blog do Luizinho me presenteia com um vídeo inédito sobre esta corrida tão especial. Aqui pode-se ver parte daquele belo e monumental circuito de rua, incluindo principalmente a reta da Esplanada dos Ministérios, o famoso Curvão - ou Bacião da Rodoviária -, as bandeiradas hilárias das diversas "autoridades" que praticamente se revezavam carro a carro, a famosa "curva dos noventa" embaixo da Rodoviária seguido do Paredão onde estampou-se o estranho Caçador de Estrelas II do Bica Votnamis/Roberto Gomez.

Finalizando, a célebre invasão de pista no final junto ao pódio e, em breves aparições atrás de Greco e seus pupilos, a figura do Sr. Ramon Von Buggenhout que já foi assunto de post no
Blog do Mestre Joca, encimada por sua inconfundível boina basca.

Outros e gloriosos tempos que tive a felicidade de presenciar no verdor de meus quinze anos. Assim como o Jovino, o Edmundo Gonzaga, e o Nasser que naquele tempo já pilotava.

Obrigado, Dú. Fui às lágrimas...

(vídeo cortesia Dú Cardim/Blog do Luizinho)

7 comentários:

  1. O negócio tá bom. Passamos de 2.000 acessos.
    Jovino

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  2. 2001 então, ora bolas.

    histórias, histórias e mais histórias, Cada um contando o seu quinhão e montando um mosaico maravilhoso daqueles tempos onde a maior malandragem era trocar gicle de carburador...ou quase isso.

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  3. Em 1968 eu tinha 12 anos e voltava a pé todos os dias do Colégio Dom Bosco para casa, na 304 Sul. Um certo dia, ao passar pelo espaço entre a 503 e 504 (era um barro só, hoje é estacionamento asfaltado) vimos, parada em frente à antiga concessionária da Willys (depois Ford) onde hoje é uma loja da Curinga dos Pneus na 503, uma carreta com três carros, o Bino Mark II e os dois Mark I. Lá fomos nós, meninos, babar diante daquelas máquinas. Lembro-me até hoje que uma das coisas que nos impressionou foi a "enorme" largura dos pneus (hoje qualquer 205 é mais largo que aqueles).
    Só fui assistir a corrida pela manhã, íamos a pé até o eixo monumental e descíamos para a rodoviária. A lembrança do Fitti Porsche passando também é inesquecível...
    Augusto Freire

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  4. Augusto,
    Quando criança, corria as oficinas da asa norte e os hoteis próximos para ver os carros que participariam dos Mil quilômetros de Brasilia, isto, na semana que antecedia o 21 de abril, data da prova.
    Criava-se uma expectativa enorme em torno das novidades que apareceriam.
    Lembro-me da largada, se não me engano, do último mil quilômetros quando os dois Furias passaram no paredão da rodoviária e desceram parte o eixão norte e faziam a tesourinha.
    Só quem viveu isto sabe do que estou falando.
    Jovino

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  5. Jovino,

    Sem querer ser chato e já sendo, nesta prova dos Mil Km de 1970 a que vc se refere, participou somente um Fúria-FNM da dupla Jaime Silva-Ugo Galia, estréia do carro.

    Abração,

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  6. Corrida nos retões de Brasília. Simplesmente uma loucura imaginar as altas velocidades alcançadas e as freadas insanas no final das retas.

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  7. Tá certo Joaquim. O alemão, as vezes, me ataca.
    Acho que em 1971 é que estreou o outro Furia.
    Jovino

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