Nos
anos 80 o automobilismo brasiliense ainda era forte e com duas categorias que
faziam sucesso, a TFL (Turismo Força Livre) e a Hot Dodge, que reuniam os
Dodges Darts.
Mas
com o decorrer dos anos e com os custos que aumentavam em função da liberação
de muitos itens de preparação dos carros, a Hot Dodge começou a dar sinais de
fim porque a quantidade de carros foram diminuindo e em 1985 foi o último ano
desta categoria tão popular em Brasília.
Mas
o pior viria a acontecer algum tempo depois: sem saber o destino que se daria
para os carros, muitos deles, já bem dilacerados pelos anos de competição, e os
combustíveis que eram caros e a não viabilização do seu uso diário por conta das
grandes cilindradas, (Dodges, Mavericks e Galáxies), e o seu consequente alto consumo de combustíveis (só
para citar os nacionais) somando-se a isto tudo a falta de conscientização da preservação da
história destes Muscles Cars nacionais, um empresário brasiliense resolveu
criar a corrida da demolição, que eram realizadas no autódromo Nelson Piquet, e
aí acabou sendo o destino de muito deles.
Na
época, o meu irmão e o seu sócio tinham uma reguladora na asa norte (Reguladora
Nippon), que acabou sendo preparadora de alguns destes carros, principalmente,
o do Luiz Cesarino, que foi piloto da Hot Dodge também, e que aparece na foto
mais abaixo.
A
preparação consistia em encher as portas do piloto e do passageiro de cimento,
retirando todos os vidros dos carros, mudando a posição do radiador para a
lateral ao lado do motor, além do santo antônio que foram usados posts de
iluminação que eram bem mais grossos do que os construídos normalmente para
competição.
Lembro
de três pilotos e que competiam no automobilismo brasiliense que participaram
destas provas: o Luiz Cesarino, que correu na Hot Dodge, o Beto Fazenda, que
foi o último campeão da Hot Dodge e recordista da pista e o Wilson Cruz que
correu na TFL.
A
última prova foi ali no gramado à direita do final da reta oposta e o vencedor
da prova foi o Wilson Cruz com um Dodge 4 portas preto. Lembro que o do Beto
Fazenda veio pintado nas cores do Exército e fazendo uma homenagem ao General
Lee.
A
pancadaria rolava solta e os pilotos engatavam a ré para atingir o seu oponente
com a sua traseira, de preferência, na sua dianteira para estourar o radiador e
assim fazer com que o carro parasse causando a sua eliminação.
Como
acontecia na época da Hot Dodge, o público enchia o autódromo, para verem as
derrapadas e saídas de pistas dos Dodges, o que acabou acontecendo também na
corrida da demolição, dando um final triste a muitos dos Muscles Cars
brasileiros.
As fotos, com exceção da última, foram retiradas da pagina do face Book dos Antigomobilistas de Brasília.
O pilot de branco à esquerda é o Luiz Cesarino, um dos participantes.
O Guincho ali é bem conhecido na asa norte e existe até hoje com motorzão do Dodge.
pretty nice blog, following :)
ResponderExcluirThank you Skylini. Jovino.
ResponderExcluirLi matérias, documentários, sobre o que aconteceu com esses carros nos anos 80... Malditos Demolicar!! Sucumbiram muitos Dodges, enfim, a maioria dos V8. Não sei onde estavam com a cabeça para fazerem isso na época, lamentável. A Chrysler, para mim, vacilou querer implantar produção aqui no Brasil. Não se pode comparar nunca com os EUA, por exemplo, onde lá são todos os carros V6, V8. Aqui não é um país desenvolvido, de primeiro mundo, então.
ResponderExcluirGostaria de rever ou lê a matéria de um acontecimento: trata-se de umas dessas competições no autódromo de Brasília. Iniciou uma confusão por parte de alguns expectadores invadiram e a matéria até foi noticiada na Globo
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