Mas antes, um pouco da minha história com os DKWs:
Se existe um carrinho que eu sou literalmente apaixonado, este carro é o DKW, que nos idos dos anos 70 eu aprendi a dirigir.
O meu pai, Sr. Antônio, que Deus o tenha, tinha uma reluzente Vemaguete 63 "Saia e Blusa" (vermelha e branca) e saía todo dia para trabalhar a bordo de uma "Rural Oficial" toda preta com o logotipo do DNER na porta e deixava a Vemaguete guardada no estacionamento da SQN 312, quadra que moramos no início dos anos 70.
Eu ficava fascinado com o pipocar do motorzinho 2 tempos fumacento, tão diferente do roncar dos outros motores que equipavam os demais carros.
Aqui, a segunda Vemaguet que o meu pai comprou estacionada na 312 norte, isto lá por volta de 68 ou 69 |
Até que um dia criei coragem e resolvi “roubar” a Vemaguete e dar umas voltas pela quadra.
Era tão fascinado por carros, que de tanto ver o meu pai dirigir já tinha ideia de como debleiar, passar as marchas e dar as primeiras voltinhas pela quadra onde morávamos, época em que as grandes bandas de rock começaram a fazer muito sucesso e ao som de Rolling Stones, Led Zepellin, entre outras bandas, o rock e os carros entraram de vez na minha vida.
Depois de algum tempo, já bem prático, já começava a dar umas aceleradas mais fortes, mas não tinha coragem de sair com a Vemaguete para fora da quadra, pois os "homi" ficavam de olho para prender a gente.
Com o decorrer do tempo o meu pai resolveu deixar eu dirigi-la ao seu lado quando íamos para a chácara na parte da estrada de terra perto de Unaí/MG.
A Pracinha foi a última Vemaguete que ele comprou. No detalhe da esquerda para a direita, Eu, as minhas irmãs Marcia e Graça, os meus irmãos Marcio e o Luiz em cima do teto. |
Também aprendi de tanto vê-lo mexer no motorzinho a consertá-lo quando ele não queria pegar.
O seu distribuidor, com os seus 3 platinados enchia de água quando chovia e eu não conseguia fazê-lo pegar, mas era só tirar a tampa do distribuidor, dar uma lixadinha nos 3 platinados e o motorzinho logo pegava e eu me deliciava.
O meu amigo Augusto Freire, também, um apaixonado pelos DKWs, foi ao "9º Blue Clould", evento realizado em Poços de Caldas, MG, e diz que foi o maior encontro de DKWs já realizado no Brasil, com um recorde absoluto de 95 carros participantes.
Fico feliz que o evento tenha alcançado o sucesso que todos esperavam.
Abaixo, o relato é deste rapaz aí da foto, o Augusto Freire, com uma lata de Castrol R na mão, mais fotos e um filme:
Como dizia o Luiz Braidatto, amigo do Flodoaldo Arouca, o Volante 13, que pilotou a carreteira Mickey Mouse no final da década de 60 quando do seu sepultamento: "Eu deixei (no túmulo) uma lata de Castrol R, que para nós era como se fosse "perfume francês, um produto que fazia parte integrante de nossas vidas".
"Caro Jovino, tudo bom ?
Como você sabe, estivemos em Poços de Caldas para o 9º Blue Cloud, realizado de 18 a 21 de agosto.
Esse foi o maior evento de DKW já realizado no Brasil, conseguindo reunir 95 carros, sendo 93 DKWs, 1 Wartburg e 1 Trabant. Recorde de inscrições também, 115.
Brasília mais uma vez teve ótima representatividade, com 12 carros, 8 na cegonha, 3 foram rodando e 1 a reboque do motor home do Jorge Paulo.
Estou anexando algumas fotos e um link para um vídeo que mostra a largada da carreata que fizemos pela cidade.
Os participantes de Brasília foram os seguintes:
- Arcélio - Fissore 1967
- Augusto - Belcar 1966
- Davi Troncoso - Candango 1961 / Wartburg 1961
- Joana Teles / Leo Cajueiro (Família Amador) - Belcar 1967
- João Rodrigues - Vemaguet 1961
- Jorge Paulo - Belcar 1964
- Mattos - Vemaguet 1967
- Pedro Augusto - Vemaguet 1967
- Rafael Linhares - Vemaguet 1966
- Raul Perillo - Pracinha 1965
- Renato Malcotti - GT Malzoni 1966
Além desses, também prestigiaram o evento o Anelito e o irmão do Pedro Augusto, o Robson Souza e Marcelo Pereira.
O pessoal que foi rodando (Mattos, Davi, Rafael Linhares e Jorge Paulo) tem ótimas histórias para contar, o Wartburg foi quebrando daqui até lá, 21 vezes. Segundo o Davi, que não perdeu o bom humor em momento algum, foram "21 lições de mecânica ao ar livre". Até apelidaram o carro de Bethoven (cada parada, um conSerto, com S mesmo...).
O meu amigo Davi e o seu Wartburg numa das tantas enguiçadas dele pela estrada. Isto é que é paixão movida a dois tempos e compactuo com os amigos aí: carro foi feito para colocar na estrada. |
Ia me esquecendo: esteve presente no evento o Malzoni II, um dos primeiros, construído em chapa de aço. O carro foi totalmente restaurado e levado ao evento pelo Kiko Malzoni, filho do Rino.
O trabalho de organização do evento foi muito bem feito e esteve a cargo dos amigos Ayrton Amaral, de Botucatu, Elizeu Daniel, de Limeira, Raimundo Orru, de São João da Boa Vista e Flávio Coral, de Espírito Santo do Pinhal.
Um abraço
Augusto Freire"
Carreta na estrada com os fumacentos |
Somente jipes Candangos |
Belos carros e mais belos carros. |
Vemaguetes, Pumas Dkws, GTs malzonis |
O Belcar do Augusto Freire |
Tudo isto na belíssima Poços de Caldas |
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Abaixo, um filme com a carreata com os fumacentos pela cidade de Poços de Caldas. Fumaça e pipoca combinam? Aqui sim.
Mais um filme com todos os DKWs participantes do evento.
(Videos, You Tube, Fotos Augusto Freire)
Sou o André Lara ex-piloto Bi-campeão de mil milhas na categoria com a BMW M3 Schnnitzer amigo de um tal de Marcios Benevenuto um companheiro de cerveja, oque você é desse cara.OBS não tenho nada a ver com o André Lara Resende. Abração.
ResponderExcluirDiga André,
ResponderExcluirO Marcio é meu irmão e mora aí em São Paulo.
Pois é, o marcio é apaixonado como eu por automobilismo e carros antigos e que bom que vocês se conhecem.
Em outubro estaremos realizando o 8º Encontro Nacional de Pumas aqui em Brasília e vê se dá um jeito de vir com ele para Brasília. Será uma ótima festa.
Jovino
Jovino
ResponderExcluirBacana essas histórias, fotos e filmes. Gostei muito também do Kiko Malzoni ter restaurado o Malzoni que foi de chapa. E que barulhinho gostoso, não é?