Esta é mais uma cena clássica do cinema e que compôs o meu perfil do mês. Mas é do cinema brasileiro.
Para mim é um dos maiores clássicos do cinema brasileiro e um dos ou o melhor filme já feito por brasileiros.
Na cena da morte da cadela Baleia o cineasta NPS utiliza uma câmera subjetiva focalizando Baleia em agonia e intercalando planos em que preás começam a se espalhar sobre a paisagem seca durante horas esperando que baleia adormecesse. A cena ficou tão perfeita que jerou uma polêmica e os organizadores do Festival de Cannes desconfiaram que os diretores do filme tivessem sacrificada a cadela Baleia.
Então o cineasta NPS mandou que trouxessem Baleia para Cannes e assim eles se surpreenderam e puderam constatar que Baleia estava viva e muito bem, tornando-se atração do festival.
Prêmio do OCIC e prêmio dos Cinemas de Arte em Cannes, 1964 e indicado a Palma de Ouro.
- Melhor Filme na Resenha de Cinema de Gênova, 1965.
- Melhor Filme na Resenha de Cinema de Gênova, 1965.
- Único filme brasileiro indicado pelo British Film Institute, como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca.
Que filme é este, o diretor e os seus atores e que importância este filme tem para a história do cinema brasileiro?
Um bom final de semana para todos.
A cadela Baleia e o menino
Nunca um filme retratou tão fielmente a miséria, a seca e a fome. Os retirantes em busca de um lugar ao sol. Ao sol!!!
Atualizando em 09/10/2011:
O filme é "Vidas Secas", baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos.
RESUMO DO FILME:
Vidas Secas é história de uma família de retirantes, Fabiano, Sinha Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia, que, pressionados pela seca, atravessam o sertão em busca de meios de sobrevivência. Adaptação duplamente fiel ao livro de Graciliano Ramos, fiel à história e fiel à maneira de contar a história, o filme de Nelson Pereira dos Santos traduz o estilo do escritor sobretudo na composição da imagem e no tom da fotografia, intencionalmente super exposta, feita quase só de branco, de uma luz que agride como o sol do sertão. Muitas vezes premiado em festivais internacionais (entre eles prêmio do OCIC e prêmio dos Cinemas de Arte em Cannes, 1964; melhor filme na Resenha de Cinema de Gênova, 1965), Vidas Secas tem Atila Iório no papel de Fabiano, Maria Ribeiro como Sinhá Vitória, Orlando Macedo como o Soldado Amarelo e Jofre Soares como o fazendeiro. Ainda no elenco, os meninos Gilvan e Genivaldo e a cachorra Baleia.
O elenco:
- Átila Iório .... Fabiano
- Genivaldo Lima
- Gilvan Lima
- Orlando Macedo .... soldado amarelo
- Maria Ribeiro .... Sinha Vitória
- Jofre Soares .... fazendeiro
- Pedro Santos
- Maria Rosa
- José Leite
- Antônio Soares
- Clóvis Ramos
- Gilvan Leite
- Inácio Costa
- Oscar Souza
- Vanutério Maia
- Arnaldo Chagas
- Gileno Sampaio
- Manoel Ordônio
- Moacir Costa
- Walter Mointeiro
Arrá! Dirigido pelo grande Nelson Pereira dos Santos, que também dirigiu belos filmes urbanos abordando o Rio de Janeiro. O que temos aqui é Vidas Secas.
ResponderExcluirComentário do Georges encaminhado para o meu email:
ResponderExcluir"Dileto Jovino,
Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos.
O nome da cachorrinha é Baleia.
Parabéns mais uma vez pelo inestimável trabalho de manter esse blog.
Abraço"
Apesar de minha "fraqueza" no cinema nacional,admiro profundamente essas raridades e porque não dizer obra- prima do cinema nacional. Concordo com sua opnião más fico com o belissímo O PAGADOR DE PROMESSAS. Um forte abraço amigo.
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