O Post sobre a foto que o Wagner Rossi me mandou ainda continua repercutindo muito bem e ele acaba de me mandar um pequeno relato da época em que corria.
É isto que eu quero, que pilotos e ex pilotos que participaram do cenário automobilístico antigo, contem as suas histórias, corridas, bastidores, coisas que os expectadores nunca ficaram sabendo.
WAGNER ROSSI E CATANHA - "UM BOCAL DO TANQUE DE COMBUSTÍVEL 4 VEZES MAIOR DO QUE O ORIGINAL".
"Muito legal essa idéia do Quizz!
Não vou perdoar o Catanha por ter me esquecido nessa corrida assim como ele também não vai me perdoar por eu ter esquecido dele. E ele tava lá!!!!
Falando em Catanha, amigo queridíssimo e que a gente adora, foi daqueles que a gente nunca vai esquecer! Esse Super 8 da corrida em Brasília, foi se não me engano a primeira ou segunda etapa do Brasileiro de Turismo de '79 (poderia até se dizer que era a Stock Car da época). Todos estavam lá como Paulão por exemplo. Eu nunca tinha andado de Opala 4.100 na minha vida e aí acabei comprando esse do nosso amigo Tonicão Peixoto. Comprei pra correr essa prova em Brasília. Como estava muito em cima da corrida, decidi apelar para o meu mestre dos 6 cilindros, Zé Catanha, e fomos ali pro lado de Águas Claras que na época tinha uns bons retões. Zé me deu uns toques e depois de uma hora de treinamento me soltou solo praquela tourada que foi essa corrida de Brasília. Cheguei a andar em oitavo mas acabei em décimo por conta de uma atravessada na curva do desespero e consequentemente uma visita na grama.
Wagner Rossi nos bastidores da Stock de 79 em Brasília |
Outro fato engraçado dessa corrida (que foi a minha única de Opala) é que eu fui de casa andando no carro de corrida pro autódromo pro primeiro dia de treino. Aí saí muito atrasado (morava na QI 05) e isso era umas 8 da manhã, quando cheguei na curva em frente ao Gilberto pra pegar a ponte mais antiga, passei da freada e pra não bater numa senhorinha acabei rodando e ao mesmo tempo fazendo um escândalo por conta do barulho que os pneus cinturatos CN36 faziam quando se arrastavam. Acordei o Lago inteiro!
O Opalão nº 4 do Wagner Rossi |
Depois te mando umas fotos dos 1.000 Km de Brasília de 1981 que acho bacana também recordar pra se somar com tantos outros títulos e feitos desses aventureiros maravilhosos do nosso Planalto. Nesse ano, 1981, o Ruyther Pacheco e eu fizemos dupla no Fiat da Eldorado e ganhamos na classe até 1.600cc e ficamos em quarto na geral. Foi um feito pra gente e pra Fiat na época! Tudo isso graças as loucuras do nosso Tio Patinhas Tulio Tamanini que inventou um bocal do tanque de combustivel 4 vezes maior do que o original e com isso a gente tinha uma autonomia incrível parando menos que os outros. E tudo isso dentro do regulamento, ou seja, o Tulio descobriu que o tanque tinha que ser o original mas não se falava nada do tamanho do bocal no regulamento. Pra mim o bocal faz parte do tanque mas a idéia na época colou e a gente se deu bem! Cabia mais gasolina no bocal do que no tanque inteiro. Só de Brasília mesmo pra vir essas loucuras!
Tem muita coisa linda dessa época e que os nossos amigos poderiam aproveitar esse seu Blog maravilhoso pra irem postando! É reviver em capítulos uma época dourada e que só pode voltar se for na memória!"
Mais uma vez, muito obrigado ao Wagner Rossi.
Mais uma vez, muito obrigado ao Wagner Rossi.
Muito Legal as histórias do Wagner!
ResponderExcluirCatanha e Wagner, duas "figuras" maravilhosas, orgulho dos brasilienses.
Zé, estas histórias dos bastidores do automobilismo é que fazem muito sucesso e o bocal enorme foi uma artimanha entre tantas que existem. O Neidiel Roure, dizem que ele usou um tanque duplo em uma prova dos Mil quilômetros de Brasília e nunca parava. Mas depois a direção da prova descubriu e ele foi punido, inclusive, segundo o Penta, ele andou com o carro fora do regulamento e quando terminou a prova ele injetou óleo diretamente no carburador através de algum conduíte e assim simulada na última volta que o carro havia fundido o motor e assim se livrava da vistoria técnica. Não sei se é lenda ou verdade.
ResponderExcluirJovino