segunda-feira, 10 de outubro de 2011

REMINISCÊNCIAS BRASILIENSES - WAGNER ROSSI

O Post sobre a foto que o Wagner Rossi me mandou ainda continua repercutindo muito bem e ele acaba de me mandar um pequeno relato da época em que corria.

É isto que eu quero, que pilotos e ex pilotos que participaram do cenário automobilístico antigo, contem as suas histórias, corridas, bastidores, coisas que os expectadores nunca ficaram sabendo.

WAGNER ROSSI E CATANHA - "UM BOCAL DO TANQUE DE COMBUSTÍVEL 4 VEZES MAIOR DO QUE O ORIGINAL".

"Muito legal essa idéia do Quizz!

Não vou perdoar o Catanha por ter me esquecido nessa corrida assim como ele também não vai me perdoar por eu ter esquecido dele. E ele tava lá!!!!

Falando em Catanha, amigo queridíssimo e que a gente adora, foi daqueles que a gente nunca vai esquecer! Esse Super 8 da corrida em Brasília, foi se não me engano a primeira ou segunda etapa do Brasileiro de Turismo de '79 (poderia até se dizer que era a Stock Car da época). Todos estavam lá como Paulão por exemplo. Eu nunca tinha andado de Opala 4.100 na minha vida e aí acabei comprando esse do nosso amigo Tonicão Peixoto. Comprei pra correr essa prova em Brasília. Como estava muito em cima da corrida, decidi apelar para o meu mestre dos 6 cilindros, Zé Catanha, e fomos ali pro lado de Águas Claras que na época tinha uns bons retões. Zé me deu uns toques e depois de uma hora de treinamento me soltou solo praquela tourada que foi essa corrida de Brasília. Cheguei a andar em oitavo mas acabei em décimo por conta de uma atravessada na curva do desespero e consequentemente uma visita na grama. 
  

Wagner Rossi nos bastidores da Stock de 79 em Brasília

Outro fato engraçado dessa corrida (que foi a minha única de Opala) é que eu fui de casa andando no carro de corrida pro autódromo pro primeiro dia de treino. Aí saí muito atrasado (morava na QI 05) e isso era umas 8 da manhã, quando cheguei na curva em frente ao Gilberto pra pegar a ponte mais antiga, passei da freada e pra não bater numa senhorinha acabei rodando e ao mesmo tempo fazendo um escândalo por conta do barulho que os pneus cinturatos CN36 faziam quando se arrastavam. Acordei o Lago inteiro! 

O Opalão nº 4 do Wagner Rossi

Depois te mando umas fotos dos 1.000 Km de Brasília de 1981 que acho bacana também recordar pra se somar com tantos outros títulos e feitos desses aventureiros maravilhosos do nosso Planalto. Nesse ano, 1981, o Ruyther Pacheco e eu fizemos dupla no Fiat da Eldorado e ganhamos na classe até 1.600cc e ficamos em quarto na geral. Foi um feito pra gente e pra Fiat na época! Tudo isso graças as loucuras do nosso Tio Patinhas Tulio Tamanini que inventou  um bocal do tanque de combustivel 4 vezes maior do que o original e com isso a gente tinha uma autonomia incrível parando menos que os outros. E tudo isso dentro do regulamento, ou seja, o Tulio descobriu que o tanque tinha que ser o original mas não se falava nada do tamanho do bocal no regulamento. Pra mim o bocal faz parte do tanque mas a idéia na época colou e a gente se deu bem! Cabia mais gasolina no bocal do que no tanque inteiro. Só de Brasília mesmo pra vir essas loucuras!

Tem muita coisa linda dessa época e que os nossos amigos poderiam aproveitar esse seu Blog maravilhoso pra irem postando! É reviver em capítulos uma época dourada e que só pode voltar se for na memória!"

Mais uma vez, muito obrigado ao Wagner Rossi.

2 comentários:

  1. Muito Legal as histórias do Wagner!
    Catanha e Wagner, duas "figuras" maravilhosas, orgulho dos brasilienses.

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  2. Zé, estas histórias dos bastidores do automobilismo é que fazem muito sucesso e o bocal enorme foi uma artimanha entre tantas que existem. O Neidiel Roure, dizem que ele usou um tanque duplo em uma prova dos Mil quilômetros de Brasília e nunca parava. Mas depois a direção da prova descubriu e ele foi punido, inclusive, segundo o Penta, ele andou com o carro fora do regulamento e quando terminou a prova ele injetou óleo diretamente no carburador através de algum conduíte e assim simulada na última volta que o carro havia fundido o motor e assim se livrava da vistoria técnica. Não sei se é lenda ou verdade.
    Jovino

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