domingo, 17 de julho de 2011

GRANDE PRÊMIO DA ARGENTINA

Estamos em 1979, os Brabham não são páreo para as Ferrari e Williams. Lauda está cada vez menos motivado e vai terminar o ano com apenas quatro pontos, enquanto Piquet marca três.

As duas primeiras corridas do ano são perdidas para Piquet. Ele é atingido numa batida múltipla na largada para o GP da Argentina e quebra os dois tornozelos.

o acidente envolvem os pilotos Jody Scheckter (Ferrari 312T3), Didier Pironi (Ligier JS11-Ford), Patrick Tambay (McLaren M28-Ford), Nelson Piquet (Brabham BT49-Alfa Romeo) e Arturo Merzario (Merzario A1B-Ford) disputado na cidade de Buenos Aires.

Mesmo assim, insiste em disputar o GP do Brasil mas percebe que não terá condições de completar a corrida. Por isso, larga com pouca gasolina e dispara da 22ª para a 13ª posição em cinco voltas. Depois recolhe-se aos boxes.

Brasília - 2011.

Semana passada, como prometido, o meu amigo Davi Troncoso me convidou para me passar alguns materiais sobre automobilismo antigo que ele tem e eu fui à sua residência aqui em Brasília.

Depois de ver um bocado de fotos, selecionei as que me interessavam para usá-las no Mocambo, mas o que me acabou chamando a atenção foi um painel com alguns relógios que ele guardava com muito cuidado em sua estante, para um dia, devolver ao seu legítimo dono.

Era o Painel do Brabham Alfa Romeu acidentado no GP  da Argentina de Formula 1 de 1979.

Segundo o Davi, depois do acidente do Brabam Alfa, o Piquet o recebeu de presente e quem o trouxe para o Brasil e sem o motor,  foram o Ricardinho Nhen Nhen Nhen e o “Baixo” ou uma pessoa que trabalhava com o Amador Pedro e ele veio puxado através de uma carreta até São Paulo.

De São Paulo para Brasília, até a casa do Piquet, na QI 23 do Lago Sul, quem o trouxe foi o Ricardo Nhen Nhen Nhen e ele foi desmontado a pedido do Piquet e partes dele foram guardadas lá dentro de uma caixa.

Como vocês podem ver nas fotos abaixo, o carro foi praticamente partido ao meio, mas mesmo assim, em conversa com o Piquet no velório do Ênio Garcia quando mostrei-lhe a foto do painel, ele pretendia recuperá-lo e guardá-lo em sua residência.

Na época, Alguns relógios estavam estragados e o Davi troncoso levou o painel com os relógios (foto) para Goiânia para ser consertado e ficou lá por algum tempo, mas como o sujeito não conseguiu consertá-lo, ele o trouxe de volta para Brasília.

Tentou contato com o Piquet para devolvê-lo, mas como o Piquet já havia viajado para o exterior para dar continuidade à sua carreira de piloto de Formula 1, o Davi não conseguiu devolvê-lo e o painel ficou guardado até hoje em sua residência e hoje surgiu a oportunidade de fazê-lo e o Davi me confiou-o para entregá-lo ao Nelson, o que farei quando ele voltar de férias.
(Clique nas fotos para ampliá-las)
Detalhe do relógio com a identificação do Brabham Alfa



As fotos do que sobraram do Brabham Alfa depois do acidente em Buenos Aires.









O que restou do Cockpit

Piquet se preparando para a largada

O Brabham Alfa BT 49 de Piquet

Abaixo, um pequeno video com o acidente em que Piquet  foi envolvido em Buenos Aires

8 comentários:

  1. Começaram por aí as grandes e maiores emoções que uma geração de brasilienses foi premiada pelo grande Nelson Piquet.
    Uma história de determinação e objetividade, que deu a um jovem piloto, produzido aqui, todos os grandes méritos de uma carreira de pilotos.
    Jovem, sem recursos financeiros, numa época, que nem patrocinadores seencontrava em Brasília e ele
    com determinação e acreditando na sua capacidade, chegou ao tri.
    Estará em suas mãos, o que lhe é seu.
    Grandes lembranças de suas conquistas,Nelson, e o obrigado de uma geração, na época, carente de grandes alegrias.
    Pessoas como o Ricardo NenNenNen,e outros lembrados sempre pelo Jovino, uma grande pessoa, na arte de relembrar e unir os tempos.
    Foi por falta de oportunidade que este painel não tinha chegado até voce.
    Abraços

    Davi Troncoso

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  2. Nossa!Como ficou torcido o chassi do BT46 que era chassi antigo de 78,impressionante as imagens!!!

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  3. Comentário do Catanha encaminhado para o meu email:

    "Jovino,
    a carreta que trouxe o carro foi a minha carretinha a qual eu transportava o meu Fórmula Ford.

    Em 2007 quando fui almoçar com o Nelsinho toquei no assunto relembrando esse fato mas ele ficou triste e que não queria falar sobre o assunto, triste com a morte do Ricardo.
    Deixamos o carro na chacará da Da. Clotilde. Eu ia muito lá fazer mecânica nos meus carros. Ficava com o Alex irmão dele e o Braulinho, primo dele.
    Grandes recoradações.

    Essa carretinha foi do Paulo Guaraciaba, que o Von Negri fez para rebocar o Fitipaldi Porshe.

    O Von Negri me deu depois que o Fitiporshe soltou do engate do DODGE do Toninho Feijão. Estavamos indo correr em BH, eu e o Paulo Guaraciaba.

    O Toninho Feijão estava puxando, a 140 Km, quando quebrou o engate e o Fitiporshe saiu capotando com carretinha e tudo.

    Abç
    Catanha"

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  4. viche!!! só figura aparece por aqui.
    Entendam "figura" com todo o respeito devido ok?

    Realmente, quem tem gasosa nas veias, nem poderia ser diferente. Tem que ser "figura".

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  5. Jovino
    Nos pegou mesmo. Como disse o Regi essa foi de lascar.

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  6. Pequena correção: o carro da última foto, apesar de vermelhinho que nem os da era Alfa, já é um BT49 movido a Ford.

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  7. Eu me lembro dessa Braham Alfa lá na casa da mãe (D. Clotilde) do Nelson na CH 23... quem me mostrou foi o Edgar e o Alex... também assisti em Interlagos esse GP com pouco combustível (lebre) pessoalmente no autódromo, mas acho que o GP do Brasil foi antes do argentino onde o Nelson machucou os pés... lembro como fosse hoje! Abraços, Linhares.

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