Estamos em 1979, os Brabham não são páreo para as Ferrari e Williams. Lauda está cada vez menos motivado e vai terminar o ano com apenas quatro pontos, enquanto Piquet marca três.
As duas primeiras corridas do ano são perdidas para Piquet. Ele é atingido numa batida múltipla na largada para o GP da Argentina e quebra os dois tornozelos.
o acidente envolvem os pilotos Jody Scheckter (Ferrari 312T3), Didier Pironi (Ligier JS11-Ford), Patrick Tambay (McLaren M28-Ford), Nelson Piquet (Brabham BT49-Alfa Romeo) e Arturo Merzario (Merzario A1B-Ford) disputado na cidade de Buenos Aires.
Mesmo assim, insiste em disputar o GP do Brasil mas percebe que não terá condições de completar a corrida. Por isso, larga com pouca gasolina e dispara da 22ª para a 13ª posição em cinco voltas. Depois recolhe-se aos boxes.
Brasília - 2011.
Brasília - 2011.
Semana passada, como prometido, o meu amigo Davi Troncoso me convidou para me passar alguns materiais sobre automobilismo antigo que ele tem e eu fui à sua residência aqui em Brasília.
Depois de ver um bocado de fotos, selecionei as que me interessavam para usá-las no Mocambo, mas o que me acabou chamando a atenção foi um painel com alguns relógios que ele guardava com muito cuidado em sua estante, para um dia, devolver ao seu legítimo dono.
Era o Painel do Brabham Alfa Romeu acidentado no GP da Argentina de Formula 1 de 1979.
Segundo o Davi, depois do acidente do Brabam Alfa, o Piquet o recebeu de presente e quem o trouxe para o Brasil e sem o motor, foram o Ricardinho Nhen Nhen Nhen e o “Baixo” ou uma pessoa que trabalhava com o Amador Pedro e ele veio puxado através de uma carreta até São Paulo.
De São Paulo para Brasília, até a casa do Piquet, na QI 23 do Lago Sul, quem o trouxe foi o Ricardo Nhen Nhen Nhen e ele foi desmontado a pedido do Piquet e partes dele foram guardadas lá dentro de uma caixa.
Como vocês podem ver nas fotos abaixo, o carro foi praticamente partido ao meio, mas mesmo assim, em conversa com o Piquet no velório do Ênio Garcia quando mostrei-lhe a foto do painel, ele pretendia recuperá-lo e guardá-lo em sua residência.
Na época, Alguns relógios estavam estragados e o Davi troncoso levou o painel com os relógios (foto) para Goiânia para ser consertado e ficou lá por algum tempo, mas como o sujeito não conseguiu consertá-lo, ele o trouxe de volta para Brasília.
Tentou contato com o Piquet para devolvê-lo, mas como o Piquet já havia viajado para o exterior para dar continuidade à sua carreira de piloto de Formula 1, o Davi não conseguiu devolvê-lo e o painel ficou guardado até hoje em sua residência e hoje surgiu a oportunidade de fazê-lo e o Davi me confiou-o para entregá-lo ao Nelson, o que farei quando ele voltar de férias.
(Clique nas fotos para ampliá-las)
Detalhe do relógio com a identificação do Brabham Alfa |
As fotos do que sobraram do Brabham Alfa depois do acidente em Buenos Aires.
O que restou do Cockpit |
Piquet se preparando para a largada |
O Brabham Alfa BT 49 de Piquet |
Abaixo, um pequeno video com o acidente em que Piquet foi envolvido em Buenos Aires
essa foi de lascar.
ResponderExcluirhe he
Começaram por aí as grandes e maiores emoções que uma geração de brasilienses foi premiada pelo grande Nelson Piquet.
ResponderExcluirUma história de determinação e objetividade, que deu a um jovem piloto, produzido aqui, todos os grandes méritos de uma carreira de pilotos.
Jovem, sem recursos financeiros, numa época, que nem patrocinadores seencontrava em Brasília e ele
com determinação e acreditando na sua capacidade, chegou ao tri.
Estará em suas mãos, o que lhe é seu.
Grandes lembranças de suas conquistas,Nelson, e o obrigado de uma geração, na época, carente de grandes alegrias.
Pessoas como o Ricardo NenNenNen,e outros lembrados sempre pelo Jovino, uma grande pessoa, na arte de relembrar e unir os tempos.
Foi por falta de oportunidade que este painel não tinha chegado até voce.
Abraços
Davi Troncoso
Nossa!Como ficou torcido o chassi do BT46 que era chassi antigo de 78,impressionante as imagens!!!
ResponderExcluirComentário do Catanha encaminhado para o meu email:
ResponderExcluir"Jovino,
a carreta que trouxe o carro foi a minha carretinha a qual eu transportava o meu Fórmula Ford.
Em 2007 quando fui almoçar com o Nelsinho toquei no assunto relembrando esse fato mas ele ficou triste e que não queria falar sobre o assunto, triste com a morte do Ricardo.
Deixamos o carro na chacará da Da. Clotilde. Eu ia muito lá fazer mecânica nos meus carros. Ficava com o Alex irmão dele e o Braulinho, primo dele.
Grandes recoradações.
Essa carretinha foi do Paulo Guaraciaba, que o Von Negri fez para rebocar o Fitipaldi Porshe.
O Von Negri me deu depois que o Fitiporshe soltou do engate do DODGE do Toninho Feijão. Estavamos indo correr em BH, eu e o Paulo Guaraciaba.
O Toninho Feijão estava puxando, a 140 Km, quando quebrou o engate e o Fitiporshe saiu capotando com carretinha e tudo.
Abç
Catanha"
viche!!! só figura aparece por aqui.
ResponderExcluirEntendam "figura" com todo o respeito devido ok?
Realmente, quem tem gasosa nas veias, nem poderia ser diferente. Tem que ser "figura".
Jovino
ResponderExcluirNos pegou mesmo. Como disse o Regi essa foi de lascar.
Pequena correção: o carro da última foto, apesar de vermelhinho que nem os da era Alfa, já é um BT49 movido a Ford.
ResponderExcluirEu me lembro dessa Braham Alfa lá na casa da mãe (D. Clotilde) do Nelson na CH 23... quem me mostrou foi o Edgar e o Alex... também assisti em Interlagos esse GP com pouco combustível (lebre) pessoalmente no autódromo, mas acho que o GP do Brasil foi antes do argentino onde o Nelson machucou os pés... lembro como fosse hoje! Abraços, Linhares.
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