Acabo de receber mensagem do Roberto Nasser de que na semana que vem "um oficial de justiça já requereu força policial para remover o conteúdo do museu e se apossar do prédio nesta semana".
A mensagem dele está mais abaixo:
"camaradas,
a proposta do ministério dos transportes em fechar o museu do automóvel e aproveitar suas boas instalações para abrigar, como justifica "o arquivo morto de órgão extinto ", toma corpo. fui avisado que um oficial de justiça já requereu força policial para remover o conteúdo do museu e se apossar do prédio nesta semana.
tenho tomado as providencias jurídicas e políticas em âmbito local e federal para evitar tal violência. recuso-me a imaginar a maior biblioteca especializada do país, ou automóveis que são únicos no mundo, jogados ao tempo, condenados ao fim num depósito público. infelizmente isto se trata de ordem judicial, optando fechar um equipamento socialmente útil pra guardar papéis que estão no rio de janeiro - onde o ministério dos transportes tem muitos imóveis. politicamente insensível, o ministério quer fechar um equipamento turístico cultural, operacional, sem custos para o governo, no período em que as obras do pac para a copa empacam. o ministério que não explica suas contas, que não cumpre suas metas, que vive nas páginas policiais, ataca a cultura.
para lembrar, o museu é mantido por uma fundação subordinada ao ministério público; tem operação e contas aprovadas; é de utilidade pública federal; e é inscrito no sistema nacional de museus de ministério da cultura. o do transportes cobra o prédio, reformado, ampliado, cuidado, que a secretaria de patrimônio da união diz ser dela - e este órgão, se quisesse ou tivesse compromisso com a cidade, teria cedido espaço ao m.t., pois tem, acredite, um prédio público em oferta para aluguel no mesmo sgon onde está o museu e onde o ministério quer a área.
não consigo imaginar o orgulho, por ações e omissões, de todas as autoridades envolvidas neste processo, em ter que explicar a vizinhos, amigos, parentes, filhos, netos, o orgulho de ter fechado um museu, único no país com a coragem e o nacionalismo de focar a preservação da história da indústria automobilística brasileira. não consigo enxergar a vantagem que colherão em suas carreiras, com a nódoa a ser sempre lembrada. mas nada tenho a ver com as entranhas destes personagens. minha preocupação hoje é, em primeiro lugar, salvar o acervo, onde se encontra a mais refinada coleção dos veículos demonstradores de nosso saber, alguns em exemplar único no mundo. se o governo, pelo executivo e judiciário, acham o museu dispensável ante a necessidade de guardar o precioso arquivo morto, agindo para o seu fechamento, pode-se até fechá-lo, provando que cultura é apenas discurso e teoria. mas o acervo deve ser preservado. alguns dos veículos são tombados pela àrea cultural governo de são paulo.
antigomobilistas sérios, preocupados com a ameaça ao acervo e a perda para a capital federal, querem fazer um ato de protesto, reunindo a mídia para expor a preocupação da sociedade ante tal sentença e suas consequencias. a movimentada virginia bellanti, autora da bem sucedida proposta do "abraço ao museu" iniciou coordenar o ato, pedindo que todos os inconformados com a ameaça, que convoquem amigos, familiares, que usem as redes sociais para divulgar esta ameaça, e seus contatos com a mídia para que a divulgação do protesto possa sensibilizar as autoridades envolvidas, criando tempo para estudo de outras possibilidades.
você sabe quanto este museu me custa em interesse, tempo, dedicação, interesse. emoção e moedas. sabe de sua importancia para a cidade, o orgulho dos brasilienses que trazem surpreendidos visitantes a conhecer sua arrumação e acervo. é uma idéia viável, aprovada pelas quase 120 mil pessoas que o visitaram. é uma referencia para a cidade, um serviço para os internados do sarah kubitschek, bem vindos às instalações com cuidados de mobilidade; aos alunos da rede pública, de todos os órgãos assistenciais do gdf, aposentados do gdf, crianças, todos convidados às visitas. para a universidade de brasília, com quem o museu tem convenios nas áreas de engenharia mecânica, oferecendo seus veículos e sua biblioteca para aperfeiçoamento acadêmico.
em suma, não é uma coleção privada, mas um museu, montado como tal, aberto e útil à sociedade. e esta sociedade deve dizer que prefere museu em vez de depósito de arquivo morto.
é a hora da verdade. assuma, mobilize, apareça. a cidade e o futuro ser-lhe-ão gratos e eu, particularmente agradecido.
com saudações antigomobilísticas, o
roberto nasser, curador"
a proposta do ministério dos transportes em fechar o museu do automóvel e aproveitar suas boas instalações para abrigar, como justifica "o arquivo morto de órgão extinto ", toma corpo. fui avisado que um oficial de justiça já requereu força policial para remover o conteúdo do museu e se apossar do prédio nesta semana.
tenho tomado as providencias jurídicas e políticas em âmbito local e federal para evitar tal violência. recuso-me a imaginar a maior biblioteca especializada do país, ou automóveis que são únicos no mundo, jogados ao tempo, condenados ao fim num depósito público. infelizmente isto se trata de ordem judicial, optando fechar um equipamento socialmente útil pra guardar papéis que estão no rio de janeiro - onde o ministério dos transportes tem muitos imóveis. politicamente insensível, o ministério quer fechar um equipamento turístico cultural, operacional, sem custos para o governo, no período em que as obras do pac para a copa empacam. o ministério que não explica suas contas, que não cumpre suas metas, que vive nas páginas policiais, ataca a cultura.
para lembrar, o museu é mantido por uma fundação subordinada ao ministério público; tem operação e contas aprovadas; é de utilidade pública federal; e é inscrito no sistema nacional de museus de ministério da cultura. o do transportes cobra o prédio, reformado, ampliado, cuidado, que a secretaria de patrimônio da união diz ser dela - e este órgão, se quisesse ou tivesse compromisso com a cidade, teria cedido espaço ao m.t., pois tem, acredite, um prédio público em oferta para aluguel no mesmo sgon onde está o museu e onde o ministério quer a área.
não consigo imaginar o orgulho, por ações e omissões, de todas as autoridades envolvidas neste processo, em ter que explicar a vizinhos, amigos, parentes, filhos, netos, o orgulho de ter fechado um museu, único no país com a coragem e o nacionalismo de focar a preservação da história da indústria automobilística brasileira. não consigo enxergar a vantagem que colherão em suas carreiras, com a nódoa a ser sempre lembrada. mas nada tenho a ver com as entranhas destes personagens. minha preocupação hoje é, em primeiro lugar, salvar o acervo, onde se encontra a mais refinada coleção dos veículos demonstradores de nosso saber, alguns em exemplar único no mundo. se o governo, pelo executivo e judiciário, acham o museu dispensável ante a necessidade de guardar o precioso arquivo morto, agindo para o seu fechamento, pode-se até fechá-lo, provando que cultura é apenas discurso e teoria. mas o acervo deve ser preservado. alguns dos veículos são tombados pela àrea cultural governo de são paulo.
antigomobilistas sérios, preocupados com a ameaça ao acervo e a perda para a capital federal, querem fazer um ato de protesto, reunindo a mídia para expor a preocupação da sociedade ante tal sentença e suas consequencias. a movimentada virginia bellanti, autora da bem sucedida proposta do "abraço ao museu" iniciou coordenar o ato, pedindo que todos os inconformados com a ameaça, que convoquem amigos, familiares, que usem as redes sociais para divulgar esta ameaça, e seus contatos com a mídia para que a divulgação do protesto possa sensibilizar as autoridades envolvidas, criando tempo para estudo de outras possibilidades.
você sabe quanto este museu me custa em interesse, tempo, dedicação, interesse. emoção e moedas. sabe de sua importancia para a cidade, o orgulho dos brasilienses que trazem surpreendidos visitantes a conhecer sua arrumação e acervo. é uma idéia viável, aprovada pelas quase 120 mil pessoas que o visitaram. é uma referencia para a cidade, um serviço para os internados do sarah kubitschek, bem vindos às instalações com cuidados de mobilidade; aos alunos da rede pública, de todos os órgãos assistenciais do gdf, aposentados do gdf, crianças, todos convidados às visitas. para a universidade de brasília, com quem o museu tem convenios nas áreas de engenharia mecânica, oferecendo seus veículos e sua biblioteca para aperfeiçoamento acadêmico.
em suma, não é uma coleção privada, mas um museu, montado como tal, aberto e útil à sociedade. e esta sociedade deve dizer que prefere museu em vez de depósito de arquivo morto.
é a hora da verdade. assuma, mobilize, apareça. a cidade e o futuro ser-lhe-ão gratos e eu, particularmente agradecido.
com saudações antigomobilísticas, o
roberto nasser, curador"
os contatos da virginia:
(61) 9985.9535 e 8595.1401
virginia.bellanti@gmail.com
FUNDAÇÃO MEMÓRIA DOS TRANSPORTES
SGON – Quadra 01 – nº 205 CEP 70610 – 610 Brasília-DF, Brasil
Telefone: 55 – (61) 3225 – 3000 Fax: 55 – (61) 3225 – 5511
www.museudoautomovel.org.br / curador@museudoautomovel.org.br
FUNDAÇÃO MEMÓRIA DOS TRANSPORTES
SGON – Quadra 01 – nº 205 CEP 70610 – 610 Brasília-DF, Brasil
Telefone: 55 – (61) 3225 – 3000 Fax: 55 – (61) 3225 – 5511
www.museudoautomovel.org.br / curador@museudoautomovel.org.br
Jovino copiei e publiquei a carta do Nasser em meu blog, devido à urgência não esperei um permissão sua, mas coloquei os créditos. A comunidade antigomobilista não está se mexendo diante dos fatos? Forte abraço.
ResponderExcluirMauricio,
ResponderExcluirFicamos sabendo ontem à tarde. A comunidade está se mexendo, me parece que se pretende juntar um monte de carros antigos lá no museu, mas temos que receber um comunicado do Nasser para sabermos o que fazer. Tá difícil a situação do museu e não sabemos quando e a que horas a ordem de despejo será executada e isto é complicado, pois não podemos ficar no museu estacionados lá.
Jovino
Jovino e Nasser.
ResponderExcluirO que esperar além de convocarmos a mídia, os antigomobilistas brasileiros, para uma manifestação pública contra os retrocessos culturais, esportivos aviltando a memória do automobilismo brasileiro?
Conversei com o Nasser em outubro último e ele já demonstrava essa enorme preocupação.
Não poderemos concordar com essa posição de braços cruzados...
Esse é um Museu que expõe raras peças produzidas pela indústria automobilística brasileira.
Acompanharei e acionarei meus filhos, caso eu, pessoalmente, não possa estar presente ás manifestações.
Abraços e nossa solidariedade.
Já compartilhei a notícia pelo FB.
Jovino
ResponderExcluirEste país está virando o país dos absurdos!
É isso aí. Procurem fazer movimentos para que esse descalabro não aconteça.
Conte com minha solidariedade.
Jovino
ResponderExcluirEnquanto isso em outra parte do planeta tem gente se preocupando em manter o patrimônio cultural.
Veja isso:
http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/ben_kacyra_ancient_wonders_captured_in_3d.html
Sidney,
ResponderExcluirBrasília já perdeu, talvez, o melhor e maior museu sobre rodas (motos e bicicletas) o "Museu Rodas do Tempo" que tinha mais de 200 itens, contando a história da roda até os dias de hoje. O Augusto, dono do Museu, recebeu incentivos da cidade goiana de Pirenópolis e se mudou para lá.
Infelizmente, esta é uma questão política, e quando dependemos deles...
O que os diversos clubes podem fazer é se unirem, como fizemos da outra vez quando reunimos mais de 60 antigos em frente ao museu do Nasser e fizemos um abraço simbólico ao museu e recorrer à justiça, o que já vem rolando a mais de 2 anos.
Jovino
Jovino, estou postando uma reportagem sobre o museu, e colocarei o comunicado do Nasser junto. Vamos Salvar o Museu!
ResponderExcluirAbraços.