quarta-feira, 30 de março de 2011

QUIZZZ BRASILIENSE

Esta é a fase do automobilismo brasiliense que eu mais gosto, as corridas nas ruas de Brasília.

Nos retratos abaixo, mais um piloto que disponibilizou seu acervo para o Mocambo Blog.

O piloto, correu no final da década de 60 e início de 70, é jornalista de formação e antigomobilista dos bons aqui da cidade.

Tem histórias e mais histórias dos primordios da geração primeira de jovens que chegaram em Brasília quando o point dos peguinhas era o circuito do Hotel Nacional e a casa de massas Mocambo, era o local onde eles se encontravam para papos automobilísticos e umas  birinaites até varar a noite.

Esta é uma geração que fez acontecer em Brasília.

Alguém sabe quem é ele?

(clique nas fotos para ampliar)

Quem é este piloto?
 
Na foto acima, uma escapada que ele deu com o fusquinha nos Mil quilômetro de Brasília de 69 na curva da Vale do Rio Doce. Repare que o dia está amanhecendo e a pontinha da torre de televisão aparecendo e anunciando uma bela manda para os amantes do automobilismo.

  (Fotos, acervo do....)

sábado, 26 de março de 2011

DO BAÚ DO JUAREZ CORDEIRO

Mais um piloto brasiliense que coloca o seu acervo de fotos a disposição do Mocambo blog. Juarez Cordeiro, que começou a sua carreira no kart lá pelo início da década de 70 e teve destaque em provas locais e nacionais, inclusive, sendo campeão do Campeonato Regional do Brasil Central em 1980, pilotando um Passat com provas disputadas em Brasília e Goiânia.

Na seqüência das fotos abaixo, possivelmente, de um dos Mil quilômetros de Brasília do final da década de 70, Juarez acabou dando uma rodada e o carro teve algum problema elétrico, (a chave geral desligou-se) e ele depois de tentar fazer o carro funcionar em vão, o abandonou e saiu correndo para o acostamento interno da curva da vitória.

Os carros fazem a curva quase acertando o Passat do Juarez e o bombeiro que empurra o Passat para o acostamento, também, correndo grande perigo de ser acertado pelos carros que passam ao lado dele.

Mas o interessante e que dá saudades, além desta época maravilhosa do automobilismo brasiliense, é a ponte no meio da reta das arquibancadas cobertas que fazia a ligação do público com os boxes e que foi estupidamente tirada para passar desfile de escolas de samba aqui de Brasília.

Veja o Padock sem a cobertura e com o público ficando ao relento e que só foi construída quando o Nelson Piquet arrendou o autódromo, além dos tubos de PVC interligados por cercas de arame e que serviam para "segurar" os carros no caso de saírem da pista (a nossa caixa de brita de hoje).

Outra esptupidez, pois vi carros que ao derraparam saindo da pista, ficavam presos nas referidas cercas ou currais de carros, coisa impensada nos dias de hoje.



O piloto Juarez Cordeiro com o Passat roda na entrada da curva da vitória


Ele tenta ligar o carro em vão, mas algum problema na parte elétrica (chave geral que desligou-se)e ele sai correndo para o acostamento.


Repare que os carros quase acertam o Passat no meio


Aqui, o Bombeiro empurra o Passat para o acostamento (alguém tirou a camisa amarela e a usa para sinalizar o perigo na curva, coisa impensada nos dias de hoje)

quarta-feira, 23 de março de 2011

CARROS - PASSADO E PRESENTE

As décadas de 60 e 70 foram as décadas onde quase tudo aconteceu em termos de mudança de comportamento, cultura, esportes e que mexeram com toda uma geração. A guerra do Vietnã passou a ser mostrada para a grande mídia mundial; Jimi Hendrix executava o hino nacional dos Estados Unidos nos solos chorados de sua Fender Stratocaster no festival de Woodstock; a bossa nova fazia sucesso no mundo inteiro quando "Garota de Ipanema" derrotou os até então imbatíveis Beatles nas paradas de sucesso.

Acompanhamos no Brasil os festivais de música onde Caetano Veloso introduziu a guitarra elétrica na música popular brasileira juntamente com os Mutantes e a turma da Bahia, assustando os conservadores que achavam que eles estavam desvirtuando a nossa música; as meninas ousadas passaram a usar as minis saias e depois as mídis saias deixando as molecadas com os tesões aflorados, numa época de ditadura militar, do Ato Institucional nº 5, que, em nome da ordem, prendiam, torturavam e matavam os que se opunham ao novo regime. Mas mesmo assim, éramos mais amigos uns dos outros e felizes e sabíamos disto.

Hoje, e o nosso mundo!!! Um mundo globalizado e super moderno com internet mostrando a vida de todos, "mulheres robotizadas" que enchem os corpos de substâncias químicas para ficarem "mais bonitas"; "homens metrossexuais"; axé music; pancadão, e os carros...

Como eles eram antes e hoje com toda a modernidade atual?

Clique nas fotos para ampliá-las

Vejam a variedade de design, linhas e cores dos carros: DKWs, Fusca, Alfas, Kombis, Rurais, importados ...


O estacionamento do anexo da Camara dos Deputados no passado com o STF ao fundo


Hoje, carros pretos, cinzas, escuros, sem cor e sem vida, tudo seguindo praticamente uma linha estética e iguais e com a mesma cara impostas pelos túneis de vento e deixando a beleza de lado.

O nosso mundo melhorou, piorou ou estamos ficando velhos e românticos ?

(fotos, arquivo pessoal, blog do gomes)

sábado, 19 de março de 2011

ENCONTRO MUSICAL DE VEÍCULOS ANTIGOS PROMOVIDO PELO VCC E O PUMA CLUBE DE BRASÍLIA

O Veteran Car Clube de Brasília e o Puma Clube de Brasília organizaram um encontro musical em sua sede com show da banda bluseira Ligação Direta e com a participação de diversos clubes de antigos e de motos de Brasília.
A banda Ligação Direta desfilou uma série de clássicos do Blues e do Rock and Roll, e, apesar da chuva que caiu no meio do evento, o público presente não se intimidou e entrou para dentro do galpão do museu e o rock and roll rolou à solta.

Estão todos de parabens pela organização deste encontro, o VCC de Brasília, através de seu presidente, Lipel Custódio, do William Costa, Diretor Social do Clube, do Puma Clube de Brasilia, representado pelo seu presidente Jovino Benevenuto e de todos os apaixonados por antigos que nos ajudaram na organização e divulgação deste evento.

É intenção do VCC organizar um evento deste pelo menos uma vez ao mês.

Banda Ligação Direta, Marcos Perrone, Baixo, Luis Coelho, Batera e
Leonel Niemayer, Gibson Les Paul animaram a festa

Turma da velocidade, Culé, José Carlos Catanhede, o Catanha, Nelson Piquet,
Ricardo Porto, Pedro Piquet, Jovino e Juarez Cordeiro

William Costa, Diretor Social do Vcc e organizador do encontro

O clube dos motociclistas estiveram presentes

O belíssimo cadilac do Piquet
O turma do puma colorindo o evento

A banda Ligação Direta teve que ir para dentro do galpão do museu correndo da chuva

Os puminhas começando a chegar

Lipel Custódio, Presidente do VCC, a bela motocilista e futura pumeira Tati e Luiz
                             
A turma dos pumas em peso

Alguns máquinas especiais
 
O Clube dos Mavericks, como sempre, fizeram presença no evento
                       
Um pequno vídeo da apresentação da Banda Ligação Direta dentro do galpão quando a chuva chegou e todos entraram para dentro dele e rolou a paulera bluseira, sucesso de Jonny Winter e que animou os antigomobilistas.

quinta-feira, 17 de março de 2011

FOI DADA A LARGADA PARA A FORMULA VEE BRAZIL

A primeira etapa do campeonato Paulista de Formula Vee Brazil foi realizada neste final de semana em Interlagos/SP.
Categoria de baixo custo e Desenvolvida em Piracicaba-SP, o carro foi pensado partindo-se de um chassis único e projetado em autocad e verificada a estrutura com sistemas computadorizados de cálculo de stress, sempre se tendo em mente a facilidade de construção, a manutenção praticamente irrisória e o baixissimo custo de peças.

Apesar da chuva os Formulas Vee saíram para sua primeira prova
O chassis foi projetado de maneira a que apenas se aparafuse as peças de fusca. E se compõe de gaiola com todos os apoios de motor/câmbio e para a suspensão dianteira.

Na garagem aguardando o sinal para irem para pista
A suspensão dianteira é de VW ou Brasília com freio a disco usando amortecedores originais retrabalhados, feixe de mola inferior inoperante e cambagem definida entre 0,5 e 1,0 gráu negativo. Carenagem livre, mas haverá dimensões máximas. A parte inferior lateral do carro é em chapa de alumínio e não poderá ser pintada e deverá ficar aparente, a carenagem de fibra será apenas na parte de cima. O motor é um VW Boxer 1600 à etanol, basicamente standard, taxa 12:1, cabeçotes standard, carburação dupla solex standard 32, comando da Kombi injetada.

Pela primeira vez correndo em Interlagos
O carro anda sem ventoinha e usa um radiador de óleo com as mangueiras saindo direto da carcaça, radiador livre e uso de bomba original, desde que nacionais. A bomba de gasolina será a original, podendo-se lixar o baquelite para maior vazão.

A alegria da estreia da nova categoria
Suspensão traseira é composta de amortecedores com molas que foram escolhidas entre vários modelos de motos e um de D20 com molas. Cambio VW normal com a coroa invertida, não podendo usar o cambio de cabeça para baixo, relações de fábrica, coroa e pinhão 8:31, 8:33, 8:35.

Por último, a Fórmula VEE é a maior categoria nos seguintes países: USA, Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia.

Abaixo, um pequeno video da prova.



Após a estréia em Interlagos, este é o resultado oficial e atual posição no I Campeonato Paulista de Formula Vee Brazil:

1o. - Luis (Nenê) Finotti - 22 pontos ( 2 pontos adicionais pela melhor volta e pole position)
2o. - Fernando Monis - 15 pontos
3o. - Cristiano Vianna Gameiro - 12 pontos
4o. - Ricardo Pereira - 10 pontos
5o. - Rodrigo Bello Cardozo - 8 pontos
6o. - Marco Vale - 6 pontos
7o. - Roberto Zullino - 5 pontos

A próxima etapa do campeonato de Formula Vee Brasil será no dia 17 de abril. A programação será devidamente informada pela FASP.

Esta é uma categoria que poderíamos trazer para Brasília.
Maiores detalhes acessem o Blog da Formula VEE Brazil: LINK FORMULA VEE BRAZIL

quarta-feira, 16 de março de 2011

QUIZZZZZZ BRASILIENSE

Quem é o piloto vaqueiro que, depois de voltar dos Estados Unidos onde passou uma temporada de férias e de domar as gringas no laço, voltou para o planalto central para correr na Turismo Força Livre na década de 70?


Dizem as boas liguas que ele não tirava o chapéu nem para pilotar, será?


O nosso Richard Petty candango


Tinha uma equipe dedicada que o acompanhava em todas as provas.


Nas boates do Gilberto, só dava ele. Destruidor de corações e sempre muito bem acompanhado. No retrato, ladeado por duas belas moçoilas e pelo então menino Roberto Pupo Moreno depois de uma corrida de kart.

(Fotos, acervo do !!!! Não posso dizer ainda, mas era um grande piloto e hoje só quer saber de Mini Cooper)

segunda-feira, 14 de março de 2011

KART BRASILIENSE - MOLECADAS VENCEM PROVA DE ENDURANCE

O Kartódromo do Autódromo Internacional Nelson Piquet viveu uma tarde movimentada com a realização da primeira etapa da Copa Brasília de Kart Endurance (CB-KE), contando com a presença de 35 duplas que se revezaram durante as 197 voltas e quase duas horas de duração.

Os vencedores da prova, o Kart 23, aqui pilotado pelo Eduardo (Dudu) Galbinski, filho do multicampeão José Alexandre
A dupla formada pelos jovens Lucas Porto e Eduardo Galbinski da equipe Altana Zalex, ambos de apenas 14 anos, venceram a prova de abertura surpreendendo as duplas mais experientes (os marmanjos) e favoritos para a prova.

A conquista da prova veio apenas nos 10 minutos finais da prova. A dupla largou na segunda colocação, mas, nas primeiras voltas, Eduardo perdeu várias posições e caiu para o sexto lugar, mas ao passar o kart nº 23 para o seu companheiro de equipe, o piloto Lucas Porto, Eduardo já ocupava a 4ª posição e ainda teve a punição de alguns adversários por ultrapassarem em bandeira amarela. Lucas acelerou forte e quase no final da prova fez a ultrapassagem sobre o Diogo Broka, que também foi ultrapassado no final pelo Felipe Menezes.


Faz tempo que não tinha informações sobre o campeonato de kart aqui de Brasília e fico muito feliz que, em tempos tão difíceis, onde o nosso automobilismo está entregue às moscas, os organizadores do Kartismo de Brasilia tenham conseguido um sucesso tão bom quanto este.

Parabéns a todos os envolvidos.

(fotos, Correio Brasiliense e Jornal de Brasília)

domingo, 13 de março de 2011

HOMENAGEM A LUISINHO PEREIRA BUENO EM INTERLAGOS

Ontem, sábado, as cinzas do grande Peroba foram depositadas nas curvas de Interlagos onde ele começou a sua carreira de sucesso no automobilismo brasileiro e internacional.


Familiares e vários amigos estiveram presentes para o último adeus e para homenagear este grande piloto, como Chiquinho Lameirão, Walter Hahn, Jan Balder, Anísio Campos, Bird Clemente, entre outros.







(Fotos, site do Luisinho Pereira Bueno)

quarta-feira, 9 de março de 2011

PILOTOS BRASILIENSES - ARAY XAVIER

O piloto Aray de Paula Xavier começou a correr por volta de 1972 na categoria Estreantes e Novatos no antigo autódromo improvisado no estacionamento do Estádio Pelezão e já na estréia venceu as duas baterias pilotando o fusca 1600 preparado pela Equipe Ideal, surpreendendo a todos, pois os favoritos absolutos eram os Opalas 4100 dos pilotos Marco Emilio e o do Leo Faleiros.

Clique nas fotos para ampliar

Apesar dos protestos verbais de algumas equipes, sua vitória foi confirmada, já que muitos não entendiam o porque do fusca preto nº 13 chegar na frente de carros com muito mais cilindradas e potência.

Na primeira bateria o fusca 1600 do Aray brigou toda a prova com o Opala 4100 de Evando Leuman (Leo Faleiros) e só conseguiu a ultrapassagem quando o opala deu uma escapada e caiu para a terceira posição. Daí para o final, Aray conduziu com facilidade o seus fuscão preto nº 13 para a vitória.

O resultado da primeira bateria ficou assim: Aray Xavier com o fusca nº 13 preto da Ideal, 2º chegou o Opala 4100 da Equipe Retifica Brasília, pilotado por Marco Emilio Pires, na 3ª posição o Opala 4100 de Leo Faleiros, em 4º o Fusca 1500 pilotado pelo Ricardo Teixeira Alves (o Nhen Nhen Nhen), que já começava a se destacar também e em 5º o Corcel Rino 1500 de Sidney Abrão Haje.
Na segunda bateria, o opala de Marco Emilio Pires pulou na frente sempre seguido de perto pelo Aray, que colou na sua traseira e depois de fazerem várias ultrapassagens em retardatários, Aray conseguiu recuperar a primeira posição ultrapassando o Marco Emilio e repetindo a vitória da primeira bateria.

A destacar ainda o velho protótipo Simca, que havia rodado em duas curvas, e o KG TC nº 5, que já havia batido no sábado, e logo no início da prova havia dado violenta rodada na reta oposta. Ambos não terminaram a prova. O Simca perdeu uma biela, e o KG TC envolveu-se no único acidente da prova capotando na curva de frente aos boxes, depois de bater em um dos pneus de proteção.
O resultado final ficou assim:

1º - VW 1600 nº 13 pilotado pelo Aray de Paula Xavier da Equipe Ideal
2º - Opala 4100 nº 25 pilotado pelo Marco Emilio Pires da Equipe Retifica Brasília
3º - Opala 4100 nº 11 pilotado pelo Leo Faleiros
4º - VW 1500 nº 15 pilotado pelo Ricardo Alves (Nhen Nhen Nhen) da Equipe Camber
5º - Corcel 1500 nº 7 de Sidney Abraão

Aray continuou a sua tragetória no automobilismo. Um dia, encontrou-se com o jovem kartista Nelson, e os dois começaram a correr juntos. Revezando-se, os dois foram obtendo vitórias. Piquet, mais feliz na trajetória, partiu para a Super V e deu o seu grande salto indo para a Europa. Aray, pelo contrário, sem tempo para conciliar automobilismo, familia e trabalho, (só corria por hobby), mas mesmo assim, participou da Formulas V, Stock-cars, Volks e a extinta Divisão 1.

Aray Xavier, Waltinho, Pupo Moreno, Piquet, Sergio Viana da Brasal e filhos, Ricardo Nhen Nhen Nhen ao fundo
Depois do fechamento do autódromo do Pelezão, as competições ficaram esquecidas na vida de Aray. Em 84 passou dois anos na Europa para concluir seu doutorado em Direito. Teve alguns contatos com o esporte, já que dois de seus melhores companheiros de pista no Brasil, Roberto Pupo Moreno e o próprio Piquet, faziam sucesso por lá. Assistiu algumas corridas e entusiasmou-se.

Na volta ao Brasil, começou a articular seu retorno também às pistas.
Aray testando o protótipo, ou quase protótipo no pelezão. Sentado no carro o Ricardo Nhen Nhen Nhen
Aray voltou a correr em 07 de setembro de 1986 pilotando um Voyage nº 13 da Equipe Rotor e começou a sondar patrocinadores. Conseguiu juntar algum dinheiro e passou a ter expectativas para resgatar seu lugar nos circuitos brasileiros.

Aray de opalão
Mas a estrutura da CBA, o decepcionou. Porém, como havia despendido tempo e dinheiro, resolveu aplicar mais longe em sua potencialidade.
Aray Xavier e Waltinho Ferrari da Ideal
 Mantendo contatos na Inglaterra - com Pupo Moreno - principalmente, resolveu comprar dois carros Van Diemen e partir para a Formula Ford 1600, seguindo os passos de Piquet.  
Aray com o opala nº 13, sua marca
 


Aray Xavier, Waltinho Ferrari e Walter Machado


















Continuou na busca por patrocínios. Treinou forte e mergulhou de cabeça no empreendimento. Investiu dinheiro do seu próprio bolso, e obteve apenas o patrocínio do Jornal Correio Brasiliense para divulgação de suas provas.


Sandro Ferrari, Aray Xavier, Waltinho Ferrari e Anderson Manteiga.

O campeonato Inglês de Formula Ford 1600, segundo Aray, exigiria de qualquer piloto que quisesse participar das 28 provas, pelo menos 100 mil dólares. Mas ele pretendia ajudar jovens pilotos que tivessem interessem em correr em sua equipe: com dois carros e somente ele para pilotar, com 6 mil dólares, qualquer brasileiro poderia compartilhar com ele a emoção das corridas na Europa.

Aray e o mecânico Giovani Coqueiro na garagem apertada onde funcionava a oficina e o Formula Ford 1600 em partes
O mecânico Giovani Coqueiro e Jesuan, filho do Aray com  15 anos

Aray, na Inglaterra com o seu Formula Ford 1600
E assim, em 1987, ele partiu para o sonho de correr na Europa, como faz qualquer piloto que começa no kart e tentar chegar à Formula 1, sonho maior de todos os pilotos.

Como disse o Jesuan, filho do Aray Xavier:

"Meu pai tinha recém se separado e, com a mágoa de um casamento que não deu certo, resolveu jogar tudo pro alto (trabalho etc). Lembro-me dele dizendo: agora vou voltar a fazer aquilo que sempre gostei, correr de carros!!!!! Batalhou por patrocínio em Brasília, mas não teve muito sucesso. Conseguiu apoio do Correio Brasiliense, acho que apenas para divulgação de suas corridas, e foi pra Inglaterra, na cara e na coragem, tentar a fórmula Ford. Comprou um carro usado lá em partes separadas (carenagem, motor etc) e o montou para o campeonato inglês - fazia os ajustes na própria garagem da casa que alugamos (fotos em anexo, onde aparece eu, o mecânico Geovani Coqueiro, e meu pai). Na primeira corrida, ficou em oitavo lugar. Na segunda, conseguiu a pole, mas, infelizmente, logo na largada, sofreu uma batida do cara que vinha em segundo, e capotou várias vezes. Eu o acompanhava dos boxes. Neste momento estava com o cronometro na mão e tinha a função de sinalizar na pista, volta a volta, o tempo que ele fazia...
Foi um golpe difícil, mas tenho certeza de que ele morreu feliz, fazendo o que mais gostava na vida!!!! "


Aray, depois de marcar a pole em Snetterton/Inglaterra. Ao seu lado o carro que provocou a batida fatal após ambos baterem na primeira curva após a largada
 Jesuan, lembro-me de seu pai quando ele partiu para o sonho de correr na Inglaterra com toda a gana e talento que tinha.

Fiquei sabendo, na época, que ele havia vendido um apartamento para montar a equipe lá, e, infelizmente, com pouco tempo depois e com 36 anos de idade recebemos aqui a triste notícia do acidente e de seu falecimento.

Como você mesmo disse: "morreu fazendo aquilo que mais gostava na vida" e isto, de uma certa forma, nos confortou um pouco.

Esta é apenas mais um pequena homenagem que faço para estes nossos heróis que ousaram ir em busca dos seus sonhos.

(Fotos, arquivo Jesuan Xavier, Fonte, jornais da época)

segunda-feira, 7 de março de 2011

FELIZ CARNAVAL - ROLLING STONES

Nestes dias em que os aficionados por carnaval estão se deliciando com as escolas de samba, eu, como um velho e bom roqueiro que não consigo gostar deste tipo de festa popular, me recluso no meu canto e aproveito para descansar e ouvir o velho e bom rock and roll.

Abaixo, na minha opinião, um vídeo da maior banda de rock de todos os tempos, The Rolling Stones com o sucesso "Like a Rolling Stone" (como uma prostituta) da tornê (Bridges to Babylon Tour, 1998).




(Video, reprodução You tube)

sexta-feira, 4 de março de 2011

O FIM DO AUTÓDROMO NELSON PIQUET! - II

Sobre o tema o fim do autódromo Nelson Piquet! publicado no post mais abaixo, mantivemos contato com o Presidente da Federação de Automobilismo do Distrito Federal, Sr. Napoleão Ribeiro, que assim se manifestou:


"Não tive ainda acesso ao texto completo na matéria aprovada pela Assembléia Distrital, mas pelo que pude apurar, o que ocorreu foi a autorização para transferência da área do complexo desportivo Presidente Médici, para a Terracap.

O referido complexo compreende o Estádio de Futebol(Mané Garrincha), o autódromo, o ginásio Nilson Nelson, a piscina, enfim, toda a área que vem desde o estacionamento do estádio até a via que separa o complexo do Palácio do Buriti, incluindo o autódromo.

A mudança era necessária para viabilização da construção do novo estádio e, em princípio não altera em nada o funcionamento do autódromo.

Uma das emendas aprovada ao texto original estabelece que a Terracap só poderá no futuro, alienar aquele patrimônio caso a Câmara Legislativa aprove um projeto com autorização específica.

Por outro lado, o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal, muito comentado PDOT, que deverá ser revisto por um colegiado a ser designado pelo Sr. Governador, não prevê outra destinação para a área do autódromo, o que impossibilita a mudança de sua destinação.

Por outro lado, a área é tombada e com isso torna-se complicada a mudança da sua destinação.

Entretanto, tanto a FADF, a FMDF e a CBA estão atentas aos fatos e, caso seja adotada alguma medida que prejudique o interesse do automobilismo e do motociclismo, serão tomadas as medidas necessárias à preservação dos mesmos.

Napoleão"

quarta-feira, 2 de março de 2011

O FIM DO AUTÓDROMO NELSON PIQUET!

A notícia é grave, e foi divulgada pelo Rodrigo Mattar, em seu blog A Mil por Hora.

Rodrigo é o jornalista de F1 da SporTV, ou seja, a TV Globo.

Ele divulgou isso hoje. Vejam no link http://sportv.globo.com/platb/amilporhora/2011/03/02/

Por Rodrigo Mattar

"Categoria Automobilismo Nacional

O amigo Dú Cardim, sempre atento e alerta, embora não tenha sido, creio eu, praticante do escotismo, mandou link via twitter atentando para um importante detalhe: a situação do terreno do Autódromo Nelson Piquet, de Brasília.

De acordo com a matéria do site Superesportes, a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou nesta terça-feira um projeto de lei de autoria do governo que autoriza a reversão de posse da área onde se construiu o Estádio Mané Garrincha e do Autódromo Nelson Piquet da GDF para a Terracap. Foram 21 votos a favor e somente um contra, da deputada distrital Liliana Roriz, do PRTB.

De acordo com a proposta aprovada, ficará por conta da Terracap a construção do complexo esportivo previsto para o local, conforme recomendação da FIFA (grifo meu). A Terracap só poderá alienar o patrimônio futuramente caso a Câmara Legislativa aprove o projeto com a devida autorização.

Muito bem. Não sei se sou burro, tolo ou coisa parecida, mas isto me cheira ao fim de mais uma praça automobilística no país. E não estamos falando de um circuito qualquer: inagurado em 1974, o traçado planaltino é um dos mais velozes e mais exigentes do país.

E assim caminhamos para o fundo do poço. Não bastasse o kartódromo de Lauro de Freitas ser demolido para dar lugar a um Centro de Treinamento de Judô; não bastasse o que já fizeram com o Autódromo de Jacarepaguá; e agora, mais essa?

Espero que alguém de Brasília se manifeste e venha aqui dizer que o blogueiro está errado e que não, que o Autódromo não está ameaçado.

Mas do jeito que as coisas vão no automobilismo nacional, nada mais me surpreende. Nem o fim da pista de Brasília e muito provavelmente do esporte na região Centro-Oeste do país, que tantos nomes de vulto revelou não só em quatro como também em duas rodas."
(Fonte, site a Mil por hora)