quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

TRAGÉDIA EM PETRÓPOLIS - O CAPACETE DE SERGIO CARDOSO

Meio dia de sábado do dia 20 de julho de 1968. Quando foi iniciada a prova de classificação das Três Horas de Velocidade de Petrópolis, os pilotos da cidade, acostumados com o circuito, que naquele ano foi invertido, andavam muito rápidos. Aluisio Renato acelerava forte e passava todo mundo com sua alfa GTA, quando perdeu o controle na curva da catedral. Bateu no meio-fio, subiu e chocou-se contra uma árvore e um poste. O piloto deitou-se no banco rapidamente, e, por pouco, não foi degolado. Escapou com ferimentos leves no braço esquerdo.
 
 
Depois chegou a vez de Sergio Cardoso. Largou às 13h45 pilotando a Alfa TI e ao iniciar a segunda volta entrou forte na curva da rua Floriano Peixoto. O carro desgovernou-se, foi de encontro a um paredão, bateu num poste, atropelou o meio- fio, subiu e atingiu outro poste, voando metro e meio acima do nível da rua. Sergio foi retirado das ferragens e durante dez horas lutou contra a morte no hospital. Por três vezes seu coração parou. Com traumatismo escefalocraniano, esmagamento no tórax e vários cortes no corpo, Sergio não resistiu. Morreu no domingo por volta de 2 horas da manhã. 
 
 Veja como ficou a Alfa TI de Sergio Cardoso após o acidente em Petrópolis
 
Pois bem, esta foi uma tragédia que marcou a história do automobilismo brasileiro e como consequência foram encerradas as atividades automobilísticas de ruas no Brasil.
 
Visitando o meu amigo Fernandinho Lapagesse lá na praiana Saquarema andei vasculhando a sua fábrica de carros de fibras e depósitos onde ele executa a construção de alguns carros que fizeram história no Brasil, como Puma  Tubarão, Lorena, Puma GTE, Puma DKW, Ford Cobra e tantos outros.
 
Mas o que eu fiquei curioso foi quando entrei no seu escritório e me deparei com os capacetes abaixo.
 
Incrivelmente, este capacete vermelho fez parte desta tragédia em Petrópolis, pois foi o capacete usado por Sergio Cardoso, uma das vítimas daquele dia fatídico quando pilotava a sua Alfa TI e guardado até hoje pelo seu irmão Sidney Cardoso, que aparece também ao lado, o seu capacete azul e branco.
 
A história, mesmo trágica, sendo preservada de uma era romântica para o nosso automobilismo e que tanta falta nos faz hoje quando vemos o rumo do nosso automobilismo.
 

Repare como ficou o capacete após o acidente
A curuginha, sua marca 
 A parte interna do capacete após o acidente
 e o capacete de Sidney Cardoso, seu irmão.

4 comentários:

  1. GOSTARIA DE SABER MAIS SOBRE O PILOTO SERGIO CARDOSO, SOU JORNALISTA E NÃO SEI NADA SOBRE A SUA VIDA, MEU EMAIL SUSANIANNACE@GMAIL COM

    ResponderExcluir
  2. Tava lá. Foi muito triste. Duas mortes.pena

    ResponderExcluir
  3. Se não me engano o piloto Sérgio Cardoso era filho do dono do Colégio Arte e instrução. Ele na época namorava a minha prima Lais Lima.

    ResponderExcluir
  4. O interessante que eu estudei junto com o Sidney, irmão do Sergio, no Arte e Instrução, cheguei cheguei ir na casa dele na Geremário Dantas, que depois virou uma clínica, Renaud Lambert, onde até nasceu a minha filha caçula, quando eu me deparei com o retrato do piloto de Petrópolis, fatalmente acidentado.

    ResponderExcluir