terça-feira, 4 de outubro de 2011

MIL KM DE BRASILIA DE 1968


Um material muito legal sobre os Mil Km de Brasília de 1968 foi postado pelo meu amigo Mestre Joca algum tempo atrás. Com sua autorização, replico aqui o post, escrito por ele na primeira pessoa. Espero que gostem. Aliás, estive presente nesta prova e a assisti em sua grande parte em cima do paredão da rodoviária. Mas fiquei perambulando ali pelas redondezas, inclusive, no bacião do rodoviária:

"Assim como paulistas, cariocas e gaúchos tinham as Mil Milhas Brasileiras em Interlagos, nós, humildes mortais do Planalto Central, tínhamos os Mil Quilômetros de Brasilia - ou suas anteriores versões intituladas de 12 Horas - como o momento máximo do automobilismo local. Era a oportunidade de vermos os volantes (como se dizia na época) locais e seus carros em confronto direto com o que de melhor havia no Brasil da época.

A edição de 1968 - minha segunda corrida "oficial" - se revestiu de uma especial importância pela estréia ou apresentação de alguns carros que marcariam nossa história: a estréia e primeira vitória do Bino Mark II com Luis Pereira Bueno e José Carlos Pace, a apresentação da nova versão fechada do Fitti-Porsche (vejam numa brevíssima passagem aos 31 segundos !), as BMW 2002 TI no Brasil, a brilhante participação do Fusca Cascão/Brasal de Carlão/Tito Passarinho (6o. lugar) que começaria a mudar a história dos VW nas corridas brasileiras, o Alfazoni, os patinhos feios Camber e Achcar, além da habitual legião de Alfas JK, DKW, Gordini e Berlinetas Interlagos.



Daí vem o Dú Cardim e numa especial cortesia do Blog do Luizinho me presenteia com um vídeo inédito sobre esta corrida tão especial. Aqui pode-se ver parte daquele belo e monumental circuito de rua, incluindo principalmente a reta da Esplanada dos Ministérios, o famoso Curvão - ou Bacião da Rodoviária -, as bandeiradas hilárias das diversas "autoridades" que praticamente se revezavam carro a carro, a famosa "curva dos noventa" embaixo da Rodoviária seguido do Paredão onde estampou-se o estranho Caçador de Estrelas II do Bica Votnamis/Roberto Gomez.

Finalizando, a célebre invasão de pista no final junto ao pódio e, em breves aparições atrás de Greco e seus pupilos, a figura do Sr. Ramon Von Buggenhout que já foi assunto de post no
Blog do Mestre Joca, encimada por sua inconfundível boina basca.

Outros e gloriosos tempos que tive a felicidade de presenciar no verdor de meus quinze anos. Assim como o Jovino, o Edmundo Gonzaga, e o Nasser que naquele tempo já pilotava.

3 comentários:

  1. Saudades de um tempo maravilhoso.O Joca em seus textos sempre provoca aquela sensação da gente ter estado lá,apesar da distancia.
    Esse filminho merece uma trilha sonora.

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  2. Belair, você tem razão: acho que uma boa música daria muito mais valor ao filme. Por falar em estar lá, lembro-me como se fosse hoje desta prova. Fiquei ali em cima do paredão da rodoviária.
    Jovino

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  3. Jovino,
    Também assisti os 1000 KM alí naquele local e me recordo da entrada do Caçador de Estrelas no paredão.
    Bons tempos...
    Abs.

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