Mais um Lorena, carro que participou do cenário automobilístico brasileiro nos anos 60/70 e que usou até motores Porsches, este, do piloto Freddy O'Hora com algumas características que eram usadas naquela época como as mangueiras para as entradas de ar e o vidro traseiro que, suponho eu, seja para ajudar na refrigeração interna do carro como se fosse um escape de ar porque lá dentro era muito quente.
O depoimento abaixo é do Édo, parceiro do Freddy em algumas provas e foi colhido do Blog do Rui Amaral (Histórias que Vivemos)
"O Freddy tinha um programa de TV, em Salvador, BA, e fugiu com uma moça cujo
pai não aprovava o namoro, e com a qual se casou, e teve filho. Com aquele fama
de artista, ao invés de correr ficava dando entrevistas para a mídia. Assim eu
corri 9 das 12 horas e ainda vim rodando de Interlagos até a Rua da Consolação
na Oficina Stacchini, onde fui retirado do carro sentado porque não consegui me
erguer!!! Édo"
"Nas 12 horas o Freddy arranjou uma carroceria do Lorena (Leon) e o Mauro Stachinni que tinha uma oficina entrou com a montagem do carro e eu fui convidado para pilotar. Na época havia prémio para os 6 primeiros de categoria que fizessem os melhores tempos e completassem a prova. Então, como fiz o 3º melhor tempo, ganhamos o prémio de largada, com o mesmo tempo do Furia FNM 2150 da Camionauto, pilotado pelo Jaime Silva e Ugo Galina".
As fotos são do Rogério P.D. da Luz e do Loreneiro Fernandinho Lapagesse que é o homem que está trazendo de volta este belíssimo carro.
Repare que as entradas de ar são nas laterais abaixo e com as mangueiras em cima do teto.
Um dos grandes problemas do Lorena era a falta de refrigeração interna porque não havia nenhuma entrada de ar abaixo do pára-brisa, como existem nos pumas e outros carros desta época.
Jovino, parabéns para o "nosso" blog, sempre divulgando o antigomobiloismo esportivo e seus integrantes...
ResponderExcluirRelativamente à Lorena GT #12 do Freddy e do Edo, essas tomadas de ar laterais serviam exclusivamente à refrigeração dos cabeçotes do motor, tanto a das "mangueiras" quanto às entradas laterais (duas de cada lado)... O "cockpit" realmente sempre foi problemático, tanto pela temperatura quanto pela ventilação interna, inexistente em série... O Freddy e o Edo encontraram uma solução (drástica a meu ver), abrindo por baixo o vigia... Durante a corrida, por qualquer motivo, o Edo "chutava" o parabrisa, deslocando-o, facilitando sua retirada total...
Corriam, daí para frente, com a cara para o vento...rsrsrs
Ainda bem que o Edo não sabia que estyava chutando um valiosíssimo parabrisa de uma Corvette Stingray 1966...
Abraços,
Fernando "menino custoso" Lapagesse
Reparem que na foto da Lorena #13 (foto do meio), correndo em Salvador-BA. "Eles" já haviam retirado o parabrisas (reparem a mão esquerda da pessoa de camisa branca que está junto à porta do piloto) Literalmente empunhando o teto do Lorena GT, já sem o parabrisas...rsrsrs
ResponderExcluirFernandinho, estes detalhes é que fascinam a gente de como se faziam automobilismo naquela época. Jovino
ResponderExcluirFernando e Jovino, o Fredy era uma figura rara, graças à Deus o Edo está por aqui para nos contar sobre ele!
ResponderExcluirUm abração pros três!