Um material muito legal sobre os Mil Km de Brasilia de 1968 foi postado pelo meu amigo Mestre Joca algum tempo atrás. Com sua autorização, replico aqui o post, escrito por ele na primeira pessoa. Espero que gostem:
"Assim como paulistas, cariocas e gaúchos tinham as Mil Milhas Brasileiras em Interlagos, nós, humildes mortais do Planalto Central, tínhamos os Mil Quilômetros de Brasilia - ou suas anteriores versões intituladas de 12 Horas - como o momento máximo do automobilismo local. Era a oportunidade de vermos os volantes (como se dizia na época) locais e seus carros em confronto direto com o que de melhor havia no Brasil da época.
A edição de 1968 - minha segunda corrida "oficial" - se revestiu de uma especial importância pela estréia ou apresentação de alguns carros que marcariam nossa história: a estréia e primeira vitória do Bino Mark II com Luis Pereira Bueno e José Carlos Pace, a apresentação da nova versão fechada do Fitti-Porsche (vejam numa brevíssima passagem aos 31 segundos !), as BMW 2002 TI no Brasil, a brilhante participação do Fusca Cascão/Brasal de Carlão/Tito Passarinho (6o. lugar) que começaria a mudar a história dos VW nas corridas brasileiras, o Alfazoni, os patinhos feios Camber e Achcar, além da habitual legião de Alfas JK, DKW, Gordini e Berlinetas Interlagos.
Daí vem o Dú Cardim e numa especial cortesia do Blog do Luizinho me presenteia com um vídeo inédito sobre esta corrida tão especial. Aqui pode-se ver parte daquele belo e monumental circuito de rua, incluindo principalmente a reta da Esplanada dos Ministérios, o famoso Curvão - ou Bacião da Rodoviária -, as bandeiradas hilárias das diversas "autoridades" que praticamente se revezavam carro a carro, a famosa "curva dos noventa" embaixo da Rodoviária seguido do Paredão onde estampou-se o estranho Caçador de Estrelas II do Bica Votnamis/Roberto Gomez.
Finalizando, a célebre invasão de pista no final junto ao pódio e, em breves aparições atrás de Greco e seus pupilos, a figura do Sr. Ramon Von Buggenhout que já foi assunto de post no
Blog do Mestre Joca, encimada por sua inconfundível boina basca.
Outros e gloriosos tempos que tive a felicidade de presenciar no verdor de meus quinze anos. Assim como o Jovino, o Edmundo Gonzaga, e o Nasser que naquele tempo já pilotava.
Obrigado, Dú. Fui às lágrimas...
(vídeo cortesia Dú Cardim/Blog do Luizinho)
O negócio tá bom. Passamos de 2.000 acessos.
ResponderExcluirJovino
2001 então, ora bolas.
ResponderExcluirhistórias, histórias e mais histórias, Cada um contando o seu quinhão e montando um mosaico maravilhoso daqueles tempos onde a maior malandragem era trocar gicle de carburador...ou quase isso.
Em 1968 eu tinha 12 anos e voltava a pé todos os dias do Colégio Dom Bosco para casa, na 304 Sul. Um certo dia, ao passar pelo espaço entre a 503 e 504 (era um barro só, hoje é estacionamento asfaltado) vimos, parada em frente à antiga concessionária da Willys (depois Ford) onde hoje é uma loja da Curinga dos Pneus na 503, uma carreta com três carros, o Bino Mark II e os dois Mark I. Lá fomos nós, meninos, babar diante daquelas máquinas. Lembro-me até hoje que uma das coisas que nos impressionou foi a "enorme" largura dos pneus (hoje qualquer 205 é mais largo que aqueles).
ResponderExcluirSó fui assistir a corrida pela manhã, íamos a pé até o eixo monumental e descíamos para a rodoviária. A lembrança do Fitti Porsche passando também é inesquecível...
Augusto Freire
Augusto,
ResponderExcluirQuando criança, corria as oficinas da asa norte e os hoteis próximos para ver os carros que participariam dos Mil quilômetros de Brasilia, isto, na semana que antecedia o 21 de abril, data da prova.
Criava-se uma expectativa enorme em torno das novidades que apareceriam.
Lembro-me da largada, se não me engano, do último mil quilômetros quando os dois Furias passaram no paredão da rodoviária e desceram parte o eixão norte e faziam a tesourinha.
Só quem viveu isto sabe do que estou falando.
Jovino
Jovino,
ResponderExcluirSem querer ser chato e já sendo, nesta prova dos Mil Km de 1970 a que vc se refere, participou somente um Fúria-FNM da dupla Jaime Silva-Ugo Galia, estréia do carro.
Abração,
Corrida nos retões de Brasília. Simplesmente uma loucura imaginar as altas velocidades alcançadas e as freadas insanas no final das retas.
ResponderExcluirTá certo Joaquim. O alemão, as vezes, me ataca.
ResponderExcluirAcho que em 1971 é que estreou o outro Furia.
Jovino